“A
guerra, que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É
o tipo perfeito do erro da filosofia.
A
guerra, como tudo humano, quer alterar.
Mas
a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E
alterar depressa.
Mas
a guerra inflige a morte.
E
a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tenho
por consequência a morte
A
guerra prova que é falsa.
Sendo
falsa, prova que é falso
Todo
o querer-alterar”
(Alberto Caiero/Fernando
Pessoa
Poemas Inconjuntos)
Há alguns anos,
nosso Picadeiro de terra batida e lona furada assim registrou o 1º de setembro:
“Na história da
humanidade, o 1º de setembro é marcado pela invasão Hitleriana com tanques de
guerra até os dentes pela fronteira polonesa e, desta invasão, o mundo
testemunhou um dos períodos mais sangrentos da história moderna: a Segunda
Grande Guerra!
Hoje, como herança
geopolítica deste conflito, a ONU ainda tem como membros do Conselho de
Segurança os mesmos vencedores daquele conflito, ainda que a realidade política
mundial tenha sido alterada profundamente...
Qualquer
semelhança com o que hoje, no Brasil, alguns ousam celebrar com o “Dia do
Profissional de Educação Física” não passam tão distante daquele fato de 1939.
Ainda que não
estejamos falando de “Guerra Mundial”, falamos do assalto violento à luta por
uma educação de qualidade, por uma formação comprometida com a transformação social,
por uma educação física libertadora.
Por trás desta
data, temos a expressão da opressão, da coerção e da coação, ações idênticas as
que o movimento nazista (seguido por Mussolini) empregava contra povos judeus,
tchecos, poloneses, austríacos e disseminavam pelo oriente e América Latina.
Não existe (ainda que
alguns queiram) mais ou menos opressão, mais ou menos coação, mais ou menos
coerção... são todas elas violência. Foi assim na II Grande Guerra, é assim com
o Conselho Federal de Educação Física e seus regionais, o Sistema CONFEF/CREF.
Não defender, no
olhar à história da humanidade, os princípios do nazismo é, igualmente, não
defender os princípios deste sistema, expressão explícita da coisificação do
homem e (da manifestação defesa em colocar) “trabalhador/a contra trabalhador/a”.
A lição é a mesma:
aprendemos com a História, passada e presente, o preço de nossa ilusão,
ignorância e, principalmente, de nossas próprias correntes!”
Naquele não tão
distante ano de 2010, mantínhamos a nossa posição de estarmos ao lado da Classe
Trabalhadora e dos/as Trabalhadores da Educação Física (PROFESSORES/AS) e,
portanto, na trincheira oposta ao Sistema CONFEF/CREF.
– Dá pra parar com
esses termos de baixo calão??? (Palhaço).
– Perdoe-me,
Strovézio... mas para expor minha posição, tenho que citar o inimigo.
Houve, à época,
alguns “protestos”, centrados, precisamente, à minha analogia acerca do 1º de
setembro entre o início da Segunda Guerra Mundial e o Dia do Profissional de
Educação Física... e, claro, as ofensas a este humilde apresentador.
De qualquer
maneira, mantemos firmes e mais claras ainda nossa posição: nossa luta contra
os CONFEF/CREF é nossa luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras das
práticas corporais, é nossa defesa aos Professores (que somos) e Professoras de
Educação Física...
E não
recuaremos... nosso direito a cambalhotas, equilíbrio, lançamento, saltos,
força e nossas várias outras práticas corporais continuará.
Sim... o Dia do Profissional de Educação Física é uma farsa... Nós somos PRO-FES-SO-RES! E celebramos o dia 15 de outubro...
Venham Todos!
Venham Todas!
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