Jogos Infantis - Pieter Bruegel |
“O Homem ama,
porque o amor é a essência
da sua alma.
Por isso não pode
deixar de amar.”
(Leon Tolstói)
Salve,
Salve, Salve, nosso querido e Pequeno Lutador do Povo, Raul... o pequeno
combatente que segue o conselho dos lobos, segundo a raiz etimológica de seu
nome.
– Tá ‘bem no
Youtube” de conselheiro, o moleque, hein? (Palhaço)
– “Bem no
Youtube”??? Como assim, Strovézio?
– Bem na
foto... bem no vídeo... bem no Youtube... Sacou?
– Ah! Tá...
Saquei... É, Strovézio... Lobos, na real, são a melhor expressão do coletivo...
Todos juntos, somos fortes!
Filho castanhalense
de Joyce e William, cá está, aconchegado não apenas no colo de sua família,
mas, te garanto, no calor de muitos e muitas amigos/as, companheiros/as,
camaradas. E, é certo, desde cedo irás aprender com esse mundão de gente perto
de ti o valor da amizade, tanto quanto da luta; do coletivo, tanto quanto do
sonho e da esperança.
Nosso
Picadeiro de Lona Furada e Terra Batida está celebrando sua chegada e as lições
que ela nos traz, quase que nos revigorando das imagens das últimas semanas...
É incrível como somos surpreendidos por lições em dias de celebração.
Chegas
em 9 de setembro... e agora passa a fazer parte da história deste dia. História
que traz curiosidades que dizem respeito de onde, quando, no meio de quem estás
chegando...
Em
que pese o Brasil sofrer de certa “cacatombe” sobre ser ou não ser um país e um
povo latino – afinal, estamos na América Latina – é um 9 de setembro no Uruguai
(e que tem a ver com a independência da Argentina) que, para este pequeno Circo,
nos dá uma bela lição de luta.
Eram
tempos em que a Inglaterra tentava (e, cá pra nós, teve sucesso) ampliar seus
tentáculos econômicos no sul da América Latina. Fazia isso por Montevidéu,
Buenos Aires e Santiago. Mas a que se tornaria capital argentina era, à bem da
verdade, o grande centro de especulação material e financeira inglesa.
Entre
1806 e 1807, milhares de soldados ingleses tentaram ocupar Buenos Aires sob o
comando de um tal General Whitelocke e, segundo registros históricos, mesmos
armados até os dentes, foram humilhados por pessoas comuns desta cidade.
Segundo relato oficial do General das tropas inglesas, assim se resumiu o
fracasso daquela ofensiva colonizadora:
“A índole do fogo a que estiveram expostas
as tropas foi extremamente violenta. Metralha nas esquinas de cada rua, fogo de
mosquetes, granadas de mão, ladrilhos e pedras lançadas do alto de todas as
casas. Cada morador com seus negros defendia moradia e cada uma delas em si
mesma uma fortaleza. Não exageramos ao dizer que todos os varões de Buenos
Aires se empenharam na sua defesa”... (http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2008/07/02/000.htm)
–
Deixa eu ver se entendi! Os caras vão armados até os dentes, invadir terra
alheia e reclamam a seus superiores a incapacidade de vencer, porque o povo
local resistiu? (Palhaço)
–
É... mais ou menos isso, Strovézio...
Foi,
portanto, em um 9 de setembro (1807) que essa tropa, já derrotada e humilhada
em sua tentativa de ocupação de Buenos Aires, teve que se retirar de
Montevidéu, onde estava acampada para suas campanhas de guerra, com o General
Whitelocke à frente.
Perceba como a
vitória de um povo (argentino) foi importante para a vitória de outro povo
irmão (uruguaio)... Esta, certamente, uma boa lição.
Bom, pequeno
Raul, isso talvez não seja pra ti compreender agora. Mas, a história irá te
ensinar que a Luta do Homem contra o poder é a luta da memória contra o
esquecimento...
Lutar
pelos seus colegas, companheiros, camaradas é lição para vida toda. E lição de
todos/as... e, mais ainda, não é lutar pelo direito a vida humana, apenas, mas
lutar por toda forma de vida ao nosso redor. Sem toda ela, não há vida em uma
parte dela.
E
tem tanta gente bacana em 9 de setembro, “chegado ou partido”.
Leon
Tolstói, que o saúda no início de nosso papo, nasceu em 9
de setembro. Assim que ficares fera nas letras, coloque-o em suas prioridades.
E brinque muuuuuuito... se possível, todas as brincadeiras que estão ali na
tela de Pieter Bruegel, que se despediu em um 9 de setembro.
E como
a música é um chão mais firme deste que vos fala ao pé de ouvido, busquei nela
algo para “em-cantar” nosso papo.
Duas
cantoras, em especial, nasceram e uma canção foi lançada (oficialmente) em 9 de
setembro.
Nascia neste
dia, Ana Carolina, em...
– Hei... não diz o ano, para não entregar a idade! Kkkkkkkk
(Palhaço)
– Tá bom, Strovézio...
Em
“Todo Sentimento”, encontramos as primeiras palavras para saudá-lo:
“Todo sentimento
Precisa de um passado
pra existir
O amor não:
Ele cria como por
encanto
Um passado que nos cerca,
ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a
fio
com alguém que a pouco era quase um estranho,
ele supre a falta de lembranças por uma espécie de
mágica...”
E
nascia, também neste dia, Maria Rita, com a qual trago uma canção que ela canta
maravilhosamente com Gilberto Gil, “Amor até o fim”:
“O amor é como a rosa do jardim
A gente cuira, a gente
olha
A gente deixa o sol
bater
Pra crescer, pra
crescer!
... até o fim da minha
vida eu vou te amar”...
E,
com essas duas fantásticas expressões de nossa música (em que pese, vez aqui,
outra ali, desafinarem em outros temas), destaco o muito do que nossos artistas
e nosso estimado público (nele, seus pais) queremos te dizer.
O
Amor que recebes precisa crescer. E precisa crescer como esperança em tempos de
desesperança. Se é verdade que o amor não precisa de passado (e, por hora,
achamos que sim), precisa de futuro... por isso, queremos ver você crescer, e
crescer... e, se em forma de flor, cá está nosso picadeiro e aqueles que por
aqui passam para ajudar a regá-lo. De amor e de sonhos.
E,
por falar em sonho, lembramos da canção mundialmente conhecida que foi lançada
em um 9 de setembro, composta por um dos caras mais iluminados do rock mundial:
Imagine / arte de Pablo Stanley |
“Imagine todas as
pessoas
partilhando todo o
mundo.
Você pode dizer que sou
um sonhador
Mas eu não sou o único.
Espero que um dia você
junte-se a nós
E o mundo viverá como
um só”
(Imagine
– John Lennon).
É
isso, meu caro Pequeno Lutador do Povo, Raul...
–
Opa! Parô! Parô! Parô!... não dá pra deixar de dizer a frase
mântrica-musical-métrica-consubstancial do rock’n’oll brasileiro mais
importante da nossa história para uma figura tão ilustre que nos agracia com
sua chegada! (Palhaço)
–
Como assim, Strovésio? Que frase é essa?
–
TOCA RAUUUUUUUUULLLLLLL!!!!!!!!
Vida
Longa, Pequeno Raul!
Venham
Todos!
Venham
Todas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira