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VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

domingo, 6 de setembro de 2015

Uma pequena Luz... por Lais Cunha

Não é de hoje...
É todo dia...
A Pororoca está extinta... conseguiram (o bicho-homem) extinguir a pororoca...
O latifúndio avança e a floresta diminui. O Governo Federal tem uma Kátia Abreu na Agricultura e uma oposição (que é uma boa “situação” para a mesma) Boi na Câmara Federal...
Belo Monte, então???? Só a hidrelétrica de Teles Pires na Floresta Amazônica (divisa  de Mato Grosso com Pará) já tem vegetação apodrecendo e a fauna condenada e o aumento da emissão de gás metano... Energia limpa pra dedéu (conferir no blog de nosso digníssimo Leonardo Sakamoto: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/07/31/amazonia-apodrece-em-lago-de-nova-hidreletrica-brasileira/)
Em regiões diferentes do Brasil, principalmente em áreas ainda remotas da Floresta Amazônica e do Mato Grosso do Sul, o extermínio de comunidades indígenas acontece, inclusive, com a presença da Força Nacional...a maior parte das vezes, ao lado dos latifundiários, que conseguiram reescrever seus como como "homens do agronegócio".
Bom... No meio disso tudo, a filha (Laís Cunha) de uma sempre frequentadora de nossa lona furada me envia um texto, pedindo que possamos também divulgar. Resolvemos, em nome de uma longa amizade, divulgar em nosso picadeiro...



     Registramos, de partida: temos opiniões bem divergentes sobre Belo Monte...  Bem divergentes, mesmo... Mas, como neste espaço, o debate diferente, divergente e até antagônico – desde que franco e fraterno – é sempre muito bem vindo...

Venham Todos!
Venham Todas!
                                               
Uma pequena luz (por Laís Cunha)

Conhecido por ter como fonte primária de energia as hidroelétricas, o Brasil é considerado por muitos como um país com fontes de energias limpas, mas será que tem tantas energias renováveis assim?
Neste ano foram investidos bilhões em termoelétricas (http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/05/empresa-espanhola-instalara-duas-termeletricas-no-brasil.html) graças ao atraso de Belo Monte e a seca.
Ivo Pugnaloni, especialista em energia e engenheiro elétrico, afirma que “o nível baixo dos reservatórios e o pequeno investimento em novas usinas hidrelétricas têm obrigado o país a recorrer às usinas movidas a gás ou óleo diesel, gastando R$ 2,3 bilhões ao mês com essas usinas térmicas – uma despesa paga pelos consumidores em suas contas de luz”.
As usinas termoelétricas causam prejuízo ao meio-ambiente e aos consumidores: utilizando fontes como carvão, gás natural ou óleo diesel, emitem mais CO2 para a atmosfera e aumentam a pegada de carbono do país, além das chuvas ácidas que são causadas pela queima de combustíveis fósseis.
No caso das termoelétricas movidas à energia nuclear, o problema é o lixo atômico e o fato de que, graças ao aquecimento da água, há diminuição do oxigênio local, causando dano aos peixes e plantas próximos à usina.
Para os consumidores há a clara desvantagem com relação ao preço, que será maior, e para os conscientes que se preocupam com sua pegada de carbono, essa irá ter um aumento considerável, isso sem contar que o seu peixe pode estar contaminado pela radiação.
Já no caso da hidroelétrica de Belo Monte há o ponto de vista negativo e o positivo: Francisco Del Moral Hernandez, professor da USP formado em engenharia pela Unicamp, diz que a construção da grande hidroelétrica só irá trazer prejuízos, tanto ambientais (pela área que ocupa) quanto financeiros, pois segundo ele uma grande quantia de dinheiro está sendo usada e trará pouco retorno.
Do ponto de vista de Lucas Schapira, estudante de engenharia da Unicamp, a construção da usina está sendo ótima, tanto do ponto de vista financeiro quanto ambiental, afinal ele diz que a demanda por energia é crescente, e sem a usina será impossível para o Brasil suprir suas futuras necessidades energéticas, e não há outra forma rápida e limpa de energia que produza tanto quanto Belo Monte. Com relação ao meio ambiente e propriedade indígena, a área foi diminuída e antes que ocorresse a inundação os animais foram transferidos para um local com o mesmo habitat, plantas foram recolhidas, e a área indígena, ele diz, foi contornada, de forma que não houvesse dano para os índios.
Apesar de todos os problemas, a pátria verde e amarela detém o sétimo lugar no ranking dos países que mais investem em energias renováveis, e, de acordo com o relatório Tendências Globais em Investimentos em Energias Renováveis (PNUMA), em 2014 o valor investido aumentou em 93% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 7,6 bilhões.
O Brasil também está na lista dos países com políticas relacionadas a energia sustentável e metas energéticas limpas, como mostra a imagem abaixo:


O que eu quero dizer com tudo isso? O Brasil é um país repleto de potenciais energéticos renováveis, possui políticas boas para energia, mas ainda existem diversas maneiras de melhorar, como por exemplo deixar de investir em termoelétricas.
O que os cidadãos podem fazer para ajudar? Ficar de olho onde os políticos estão investindo o dinheiro público por meios de portais do governo, como o site da Câmara, em que é possível haver os projetos dos deputados, transformar a própria casa, desde mudanças pequenas como não deixar aparelhos elétricos ligados o dia todo a  mudanças grandes como colocar painéis solares.
Um país lindo e rico por natureza como o nosso pode fazer diferença criando uma pequena luz de energias renováveis em um mundo escuro de energias fósseis.

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