Não é de hoje...
É todo dia...
A Pororoca está extinta... conseguiram (o
bicho-homem) extinguir a pororoca...
O latifúndio avança e
a floresta diminui. O Governo Federal tem uma Kátia Abreu na Agricultura e uma
oposição (que é uma boa “situação” para a mesma) Boi na Câmara Federal...
Belo Monte, então???? Só a hidrelétrica de Teles Pires na Floresta Amazônica (divisa de Mato Grosso com Pará) já tem vegetação apodrecendo e a fauna condenada e o aumento da emissão de gás metano... Energia limpa pra dedéu (conferir no blog de nosso digníssimo Leonardo Sakamoto: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/07/31/amazonia-apodrece-em-lago-de-nova-hidreletrica-brasileira/)
Em regiões diferentes do Brasil, principalmente em áreas ainda remotas da Floresta Amazônica e do Mato Grosso do Sul, o extermínio de comunidades indígenas acontece, inclusive, com a presença da Força Nacional...a maior parte das vezes, ao lado dos latifundiários, que conseguiram reescrever seus como como "homens do agronegócio".
Bom... No meio disso tudo, a filha (Laís Cunha) de uma sempre frequentadora de nossa lona furada me envia um texto, pedindo que possamos também divulgar. Resolvemos, em nome de uma longa amizade, divulgar em nosso picadeiro...
Bom... No meio disso tudo, a filha (Laís Cunha) de uma sempre frequentadora de nossa lona furada me envia um texto, pedindo que possamos também divulgar. Resolvemos, em nome de uma longa amizade, divulgar em nosso picadeiro...
Registramos, de partida: temos opiniões bem divergentes sobre Belo Monte... Bem divergentes, mesmo... Mas, como neste espaço, o debate diferente, divergente e até antagônico – desde que franco e fraterno – é sempre muito bem vindo...
Venham Todos!
Venham Todas!
Uma
pequena luz (por Laís Cunha)
Conhecido por ter como fonte primária de
energia as hidroelétricas, o Brasil é considerado por muitos como um país com
fontes de energias limpas, mas será que tem tantas energias renováveis assim?
Neste ano foram investidos bilhões em
termoelétricas (http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/05/empresa-espanhola-instalara-duas-termeletricas-no-brasil.html)
graças ao atraso de Belo Monte e a seca.
Ivo Pugnaloni, especialista em energia e
engenheiro elétrico, afirma que “o nível baixo dos reservatórios e o pequeno
investimento em novas usinas hidrelétricas têm obrigado o país a recorrer às
usinas movidas a gás ou óleo diesel, gastando R$ 2,3 bilhões ao mês com essas
usinas térmicas – uma despesa paga pelos consumidores em suas contas de luz”.
As usinas termoelétricas causam prejuízo ao
meio-ambiente e aos consumidores: utilizando fontes como carvão, gás natural ou
óleo diesel, emitem mais CO2 para a atmosfera e aumentam a pegada de carbono do
país, além das chuvas ácidas que são causadas pela queima de combustíveis
fósseis.
No caso das termoelétricas movidas à energia nuclear,
o problema é o lixo atômico e o fato de que, graças ao aquecimento da água, há
diminuição do oxigênio local, causando dano aos peixes e plantas próximos à
usina.
Para os consumidores há a clara desvantagem com
relação ao preço, que será maior, e para os conscientes que se preocupam com
sua pegada de carbono, essa irá ter um aumento considerável, isso sem contar
que o seu peixe pode estar contaminado pela radiação.
Já no caso da hidroelétrica de Belo Monte há o
ponto de vista negativo e o positivo: Francisco Del Moral Hernandez, professor
da USP formado em engenharia pela Unicamp, diz que a construção da grande
hidroelétrica só irá trazer prejuízos, tanto ambientais (pela área que ocupa)
quanto financeiros, pois segundo ele uma grande quantia de dinheiro está sendo
usada e trará pouco retorno.
Do ponto de vista de Lucas Schapira, estudante
de engenharia da Unicamp, a construção da usina está sendo ótima, tanto do
ponto de vista financeiro quanto ambiental, afinal ele diz que a demanda por
energia é crescente, e sem a usina será impossível para o Brasil suprir suas
futuras necessidades energéticas, e não há outra forma rápida e limpa de
energia que produza tanto quanto Belo Monte. Com relação ao meio ambiente e propriedade
indígena, a área foi diminuída e antes que ocorresse a inundação os animais
foram transferidos para um local com o mesmo habitat, plantas foram recolhidas,
e a área indígena, ele diz, foi contornada, de forma que não houvesse dano para
os índios.
Apesar de todos os problemas, a pátria verde e
amarela detém o sétimo lugar no ranking dos países que mais investem em
energias renováveis, e, de acordo com o relatório Tendências Globais em
Investimentos em Energias Renováveis (PNUMA), em 2014 o valor investido
aumentou em 93% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 7,6 bilhões.
O Brasil também está na lista dos países com
políticas relacionadas a energia sustentável e metas energéticas limpas, como
mostra a imagem abaixo:
O que eu quero dizer com tudo isso? O Brasil é
um país repleto de potenciais energéticos renováveis, possui políticas boas
para energia, mas ainda existem diversas maneiras de melhorar, como por exemplo
deixar de investir em termoelétricas.
O que os cidadãos podem fazer para ajudar?
Ficar de olho onde os políticos estão investindo o dinheiro público por meios
de portais do governo, como o site da Câmara, em que é possível haver os
projetos dos deputados, transformar a própria casa, desde mudanças pequenas
como não deixar aparelhos elétricos ligados o dia todo a mudanças grandes como colocar painéis
solares.
Um país lindo e rico por natureza como o nosso
pode fazer diferença criando uma pequena luz de energias renováveis em um mundo
escuro de energias fósseis.
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Marcelo "Russo" Ferreira