Aqui é o local onde o picadeiro tem realidade e fantasia.
Os artistas são personagens e pessoas reais.
A música perpassa nossa história e nosso povo.
É onde sempre nos encontramos...
Vida Longa!
Aparentemente,
esta frase é deste escritor português do século XIX e fico pensando se ele
fosse destes nossos tempos, quão certamente isso seria dito por ele.
Acho,
particularmente, que existem duas boas possibilidades de convivência humana com
os demais animais, principalmente com os cães.
A
primeira, seria a estupida tentativa do homem querer ensinar aos cães seus
valores: o poder, a força, o egoísmo, a violência etc. Assim, compartilho da
ideia de que não existem cães violentos, mas ensinamentos humanos sobre a
violência.
A segunda,
é quando aceitamos os ensinamentos que os cães nos dão e aprendemos a conviver
coletivamente. Para os cães, a matilha. Para nós, como somos (homens e
mulheres), o que aprendemos a chamar de solidariedade, comunidade e até
comunismo.
Hércules
foi meu tutor neste sentido.
Hércules
já se chamou Hércules quando nasceu e, mesmo quando era menor do que a Janis
(que se despediu da gente no início do ano) já era “maior” do que a Janis.
Se eu
pudesse dizer às pessoas que não conheciam o Hércules e eu dissesse “Ele é o
maior cara que eu conheço”, seria – a despeito de meu respeito à sua condição
de cão – um dos caras mais sensacionais que conheci.
Em
tempos de morada em Brasília, tinha também uma gatinha que morava comigo e havia
um histórico de convivência que ia do “pega-pega” a bons cochilos um ao lado do
outro (relação, claro, que também envolvia a Janis Joplin e a Kaia).
Kaia, Hércules, a gata no meu colo, e Janis Joplin (Brasília, 2008)
Num
destes dias de cochilos (e Hércules já “deste” tamanhão, com seus 1 a 2 anos de
idade), ele estava deitado tranquilamente quando a gatinha que morava com a
gente resolveu se aproximar dele, lentamente.
Subiu em
seu corpo, deu uma “arrumada” no dorso de Hércules, e foi se acomodando
lentamente sobre ele. Hércules, apenas olhou o movimento e a acomodação, respirou
profundamente e voltou a dormir.
E assim,
seguimos longos 10 anos e meio de convivência.
Partiu
esta noite. Uma certa sensação de tristeza da minha parte, pois ele partiu só.
“Que
as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista!
Nela os proletários nada têm a perder a não
ser os seus grilhões.
Têm muito a ganhar!
Proletários de todos os países, uni-vos!”
(Marx e Engels)
Foi ontem, 28 de abril...
O que setores de nossa sociedade incrustados no poder (de vender-se pelo poder do Capital), em executivos e
legislativos vários (centralmente o Federal) chamaram de “atos isolados”, “Manifestação
pífia” e “atos de vagabundos” foi, à bem da verdade, um movimento forte,
grandioso e que deu recado claro ao Congresso e ao Governo (que olham apenas para
o movimento que fazem entre eles e o chamam de “unidade nacional”)
A imprensa, claro, cumprindo com seu
papel medíocre de fazer a propagando do governo no noticiário nacional
(inclusive a propaganda da Previdência que o Governo foi proibido de fazer, por
omitir informações claras que apontam que não há déficit). Afirma que a greve
ocorreu nas capitais e, assim, deixa um ar de “apenas” nas Capitais.
Ela se espalhou profundamente nos
interiores. Só aqui, neste picadeiro, soubemos de atos grandiosos em Castanhal
(estávamos lá), Feira de Santana/BA, Caruaru/PE, Santarém/PA, Marabá/PA, Cascavel/PR,
Cubatão/SP, Governador Valadares/MG...
Castanhal/PA
Onde tinha uma Universidade Pública, um
Instituto Federal Público, os atos aconteceram...
Em granes Capitais, como São Paulo,
foram em vários lugares...
Ontem, assistir ao JN (aff, “tem” que
assistir), e a coberturazinha meia pataca, passaram em Salvador. Foram dois
atos grandiosos e de longa duração e apenas disseram que “os ônibus não
funcionaram”. Recife, então? Um mundarel de gente nas Ruas centrais...
Recife/PE
Isso pra não dizer da patética matéria
sobre “Nós mesmos” que o JN fez, sobre a cobertura que deram ao dia de ontem.
Um “Ta vendo como não escondemos os atos contra o governo?”...
E o que dizer dos comentários sobre ser
ato pífio (Ministro da Justiça) e de vagabundos (um bando de idiotas de Estado
e de redes sociais)?
– Ah, como eu gostaria que alguém visse
me dizer isso: “És um vagabundo”.
– A gente não tem essa sorte,
Strovézio...
A greve teve o transporte público
parado, com alta adesão... Motoristas e Cobradores se perguntavam: “Vão me
deixar dirigir um ônibus com 65, 70, 75 anos de idade? Ou vão garantir que
nossos postes de trabalho, substituídos pela tecnologia, garantam nossos
empregos como cobradores?”.
Escolas públicas e, também, as escolas
privadas pararam... e muitas o fizeram por adesão À greve geral. Se ficaram, os
professores, em casa (não gosto muito desta “ação grevista”), é preciso
reconhecer que também se torna ato em favor da greve geral.
Bancos, todos sabemos... pararam. Pena
que não conseguem impedir que internet e caixas eletrônicos também pudessem
parar.
O Serviço Público, claro (e claro que há
aqueles que são contra a greve mas não fazem nada em defesa de sua
instituição... a não ser permitir que os interesses privados continuem vingando
sobre ela). Dos Correios e dos Auditores da Justiça, que chegavam aos atos em
Castanhal em baixo de forte e longo aplauso dos demais estudantes e
trabalhadores já presentes (como foi em Castanhal).
E a CNBB... A Confederação Nacional dos
Bispos do Brasil... Convocaram seus fiéis à Greve Geral. Cristãos vagabundos da
gota!
Até os Sindicatos Pelegos, que fazem do
governo sombra (como Força Sindical) foram...
Em alguns locais, o Comércio também
parou. Em outros não... Mas, o que dizer desta manifestação, de quem não pode
parar?
Pífios?
Vagabundos?
Porque cruzam os braços, em um dia de
Greve Nacional, Geral... porque escolhem um dia que não será “maquiado” pelo 1º
de maio – queriam greve em um feriado????? – para fazer um ato forte e
presente? Porque mobilizam um ato a um Governo e um Congresso que opera o
assalto tosco aos direitos mais essenciais da Classe Trabalhadora? Porque
denunciam um Congresso que está levando, a toque de caixa, mais de 50 projetos
que lascam com os/as trabalhadores/as e presenteiam o Capital com todo tipo de “anistia”?
Por isso e muito mais ainda nos chamam
de vagabundos?
Mas, ainda faltou o essencial (e estamos
em busca de notícias, matérias, artigos sobre isso): o que o Capital perdeu com
as paralizações de hoje? Quanto deixaram de “acumular”?
Um exemplo:
Notícias de hoje anunciam uma possível
greve de roteiristas de seriados nos EUA. E a matéria não esconde: a última
greve de roteiristas no centro do imperialismo mundial, em 2007/2008 mobilizou
cerca de 12 mil roteiristas e geral um impacto cofres da Indústria do
Entretenimento de mais de 2 Bilhões de dólares. Se acontecer, a partir de 2 de
maio, será que nosso jornalismo tupiniquim irá noticiar?
A chamada é Ridícula... deveria ser "Como afeta os grandes grupos do Cinema Americano?"
E aqui, em nossas terras? Ônibus, Metrô,
Trem e Barcas parados... só isso... quanto deixou de “entulhar” nos bolsos de
nossos empresários do transporte “público”?
– Russo!
– Diga lá, Strovézio...
– Já há uma forte movimentação com os
trabalhadores de Cemitérios...
Pois bom...
Ao final do dia de ontem, plenamente
satisfeito com o belo e forte ato que participei em Castanhal/PA (com um
protagonismo da juventude de arrepiar) e testemunhando inúmeros camaradas
Brasil afora registrando os atos em que estavam (inclusive os respondidos com a
velha e conhecida violência policial), lembrei-me de uma canção, escrita em
meus tempos pernambucanos... aliás, uma das minhas preferidas: “O Menino e o
Palhaço”.
“[...]
Ainda vou fingir minha derrota/
Minha esperança será também mentira/
E quando menos esperarem,/
em seu vultuoso poder e vaidade,/
os pegarei por trás como um fantasma,/
e me porei a rir, a cantar e a chorar sem
tristeza.
O palhaço ri...
O louco ri...
Quem chorava ri...”
Como não gravamos esta saudosa canção, que cantemos "El pueblo, Unido, jamás será vencido... Pois está em tempo de cantar com mais força... mais força... mais força...
Quem escreveu isso e permitiu que essas
palavras caminhassem em nosso picadeiro de terra batida e lona furada de circo
foi um camarada da Bahia, que conheci no dia-a-dia dos estudos pelas terras
soteropolitanas.
Tito nasceu mulher... percebeu-se e tornou-se
homem.
E estas (não todas) palavras de Tito não foram
escritas para o 8 de março... são escritas para e por todos os dias...
Mulheres...
Mulheres Brancas ou Negras...
Mulheres Brancas ou Negras Pobres...
Mulheres Brancas ou Negras Pobres
Analfabetas...
São Mulheres...
Mulheres...
Mulheres que não eram mulheres...
tornaram-se...
Mulheres que eram mulheres... tornaram-se
homens...
Mulheres que continuam mulheres...
Mais homens do que os homens...
Mais homens-mulheres... e que outros homens
temem (pela violência) tanto quanto...
Nosso picadeiro de terra batida e lona furada
de circo sempre se faz presente no 8 de março. E sempre opta por também expor a
vigilância ao machista que está lá dentro, escondido da/na gente.
E Tito, nosso camarada Tito, nos inspirou para,
por mais um ano, continuarmos a celebrar as mulheres que amam e que lutam.
Celebrar as mulheres que não cedem seus sonhos
às vontades alheias ao seu lugar feminino.
Celebrar as mulheres Lutadoras do Povo, claro!
E continuarmos vigilantes... e quando a
vigilância falhar, cobrar mais vigilância.
Vigilante ao tapa e ao silêncio...
Vigilante ao empurrão e ao silêncio...
Vigilante ao medo e ao silêncio...
Vigilante à vergonha e ao silêncio...
Vigilante à desumanização... e ao silêncio à
nossa muitas vezes seletiva humanização.
E que a Emancipação Humana seja, verdadeiramente,
nosso grande momento histórico para, nas palavras de Clara Zetkin, celebrarmos
a luta, ombro a ombro, que estabelecemos contra a sociedade capitalista.
E que a Emancipação Humana seja, profundamente,
e em marcha, como as primeiras (e que foram o berço da Revolução Russa de 1917)
convocadas por Aleksandra Kollontai, por “Pão e Paz”.
E que a Emancipação Humana seja, historicamente
a luz, a flor, o povo e seu canto dizendo “Presente” à primavera que chega,
mesmo que tardia.
– Russo! Hey, Russo!
– Diga lá, nossa nobre Bailarina da Alegria
Arrancada do Futuro!
– E hoje é aniversário de Tito!
– Só podia ser...
Viva, Viva Tito! Vida Longa!
Viva, Viva, às Mulheres!
Venham Todos!
Venham Todas!
PS.: publicamos este texto em tempos os quais a Anistia
Internacional publica relatório destacando que o Brasil é um dos piores países
da América Latina para se nascer menina... imagina quando as meninas e os
meninos tornam-se mulheres...
que está por chegar o tempo feliz de nossa
liberdade,
o tempo em que seremos todos irmãos,
o tempo em que seremos todos iguais”
(Leva da Revolta dos Búzios)
Foto Praça da Piedade
Salve,
Salve... com o atrasinho de um picadeiro de terra batida e lona furada de Circo
que estava arrumando a casa... Nossa Pequena Maria Isis...
Nossos
artistas a recebem com alegria
– O
Orientador também, hehehehe (Strovézio).
– Pois
é, Strovézio... E a Patrícia sobreviveu!!!!
Chegas
como Maria Ísis... que nome maravilhoso, forte, profundo recebestes de seus
pais, nossa querida Patrícia e Oswaldo.
Maria,
soberana, Ìsis, nascida de ti mesma. É duplamente mãe, nascimento, expressão
maternal da vida.
Diz a
história da humanidade que, à bem da verdade, éramos uma sociedade matriarcal.
Eram as mães (e ainda são, na verdade) as principais referências da vida, dos
ensinamentos, do cuidado da vida em comunidade. Afinal, é a mãe que sempre
vemos primeiro, não é?
Chegas
em 8 de novembro.
E chegas
em tempos bastante estranhos, pequena Maria Ísis. E para tempos estranhos,
lições sempre são importantes e necessárias.
E, para
inaugurar nossos “inxirimentos ao pé de ouvido” de 2017 – em que pese nosso
pequeno atraso hehehe – falaremos sobre estas lições e, como tais, servem para
você apropriar-se delas ao longo de sua vida, com a sabedoria que seu nome lhe
proporciona.
Há uma
verdade sobre as datas históricas: elas ainda nos são ensinadas pela “contação”
de seus vencedores. Mas nem sempre os vencedores merecem, verdadeiramente, o
respeito pelos seus feitos.
A
História é construída pelos homens, já dizia um velho barbudo que veste
vermelho e que, um dia, você também irá conhecer sua história. Assim espero...
Mas,
estamos num tempo em que é bem mais possível confrontar a história contada
pelos poderosos com a história contada pelos seus lutadores, do que foi em
tempos passados.
O dia em
que nascestes, Pequena Maria Isa, é um dia para sempre lembrarmos que, mesmo
tombando, houve homens que lutaram por liberdade neste país, e não são aqueles
que, em grande parte, estarão nos seus livros escolares de história.
Em 8 de
novembro de 1799 foram enforcados na Praça da Piedade, em Salvador, quatro
homens: o soldado Lucas Dantas do Amorim Torres, o também soldado Luís Gonzaga
das Virgens, o aprendiz de alfaiate Manuel Faustino dos Santos Lira, e o mestre
alfaiate João de Deus Nascimento, além do médico, político e filósofo baiano,
Cipriano Barata (um liberal, ainda que defensor da independência brasileira...
este, não foi condenado).
Eram
tempos em que a população pobre muito sofria (talvez tanto quanto hoje), em que
sua esperança era assaltada pela necessidade de viver um dia após o outro e a
captura, prisão e morte de lideres revolucionários sempre tinha o teor de “servir
de lição”, para que outras lideranças não mais surgissem...
Seus
crimes?
O Cartaz
abaixo nos ajuda a entender... ou não entender:
Foi a
chamada Conjuração Baiana (que não se encerrou naquele ano, resistiu durante
décadas adiante), também conhecida como Revolta dos Alfaiates e, mais
recentemente, batizada “Revolta dos Búzios” e seus nomes estão cravados no “Livro
de Aço dos Heróis Nacionais”, localizado no “Panteão da Pátria e da Liberdade
Tancredo Neves”, em Brasília.
A
história, principalmente a história dos Lutadores do Povo, sempre nos ensinou
que disciplina e prudência são sempre necessárias.
Saber
com quem contamos e com quem não contamos vai muito além da simples amizade,
mas segue o curso de nos perguntarmos: “lutamos pelas mesmas coisas?”.
Aqui,
Pequena Maria Isis, uma importantíssima lição: precisamos sempre estarmos ao
lado das pessoas que lutam pelos mesmos sonhos os quais nós lutamos. E se estes
sonhos servem para todos e todas, principalmente daqueles que realmente
precisam da solidariedade de nossos sonhos, então, mais ainda vale a pena tê-los
do nosso lado.
Não é,
verdadeiramente, um dos exercícios mais fáceis.
Ah!,
pequena Maria Isis... este picadeiro de terra batida, seus artistas e seu
público vigiam o tempo todo os próprios sonhos e, principalmente, procuramos
aprender e compreender os sonhos dos outros.
Mas, que
sejam sempre sonhos de Liberdade...
E por
falar em Lutadores do Povo, minha pequena Maria Isis, deixe-me apresentar um
grande Educador: Antonio Gramsci.
Um grande
filósofo e jornalista do início do século passado, sendo um dos fundadores do
Partido Comunista Italiano. Tem gente, hoje em dia (um povo que gosta de bater
panela e usar camisa da seleção brasileira pra protestar contra a corrupção...
não toda a corrupção, claro) que tem um medo arretado de sua história e legado.
Nem vale a pena comentar muito aqui.
O fato
principal deste dia, é que foi em 8 de novembro de 1926 que Gramsci foi preso
pela polícia fascista de Mussolini, sendo libertado sob condicional 8 anos
depois, com a saúde bastante debilitada.
De seu
período na prisão, uma obra grandiosa que vale a pena muito ser adquirida e
lida com profundidade: são as “Cartas do Cárcere” e “Cadernos do Cárcere”.
Dentre inúmeros temas importantes, um que aproxima este “papeador inxirido em
ouvidos infantis” e sua mãe, que é a formação o Intelectual Orgânico.
Mas há
uma expressão (que tem variações) de Gramsci que vale para nossas lições por
este picadeiro: “pessimista na análise, otimista na ação”.
A vida
da gente, principalmente aquela que a gente divide com um montão de gente
querida, sempre nos colocará diante de provações, de desafios e até mesmo de “desânimos”...
uma coisa de “jogar a toalha”...
Por mais
que tudo lhe diga: “joguem a toalha, aceitem a derrota”, e, mais ainda, por
mais que tudo leve a crer que é isso mesmo, que nada lhes diz para seres
otimista, faça do otimismo a ação.
Essa é,
realmente, uma grande lição que Gramsci, preso e doente, nos deixou.
E tem a
Música. Ah!, a Música, pequena Maria Isis.
Gente
bacana tem no 8 de novembro sua chegada ou sua partida. Daqui, destas terras
que te recebes, temos o Cantor e Compositor Nilson Chaves, de longa e, algumas
vezes, contraditória estrada.
Mas, cá
pra nós, adoramos este papo ao pé de ouvido, porque sempre descobrimos coisas
legais, músicos que não conhecíamos e mais daqueles que já conhecíamos.
Mas,
desta vez, você foi além...
Pois foi
em um 8 de novembro de 1887 que o alemão imigrante nos EUA Emile Berliner patenteou
o Gramofone... Um objeto estranho, com uma placa redonda e uma agulha enorme
que tinha acoplada uma corneta que, com o tempo, foi ganhando um designe mais “cult”
e tals...
Bom... para
nós, hoje em dia (e talvez para a sua geração), fica até difícil pensar em uma
tecnologia que servisse apenas para tocar música, já que nossos aparelhos eletrônicos
fazem de tudo. Mas lembre-se que tudo, em particular as tecnologias, tem um
começo e o som que escutamos hoje não necessariamente iniciou-se com um
Gramofone... Mas ele foi de uma ajuda essencial para que a sociedade pudesse
escutar música em casa...
– Mas,
Russo... tem o porém, né? (Strovézio).
– Diz
aí, meu musicante palhaço!
– A tal “Indústria
Cultural” que, hoje em dia... bom... hoje em dia...
– É...
não é fácil.
Pois bom... De
qualquer maneira, pequena Maria Isis, deixe a música fazer parte de sua vida...
Cante, Dança, assobie, bata latas...
Você
pode, por exemplo, reproduzir “November Woods” (algo como “Floresta de Novembro”
ou “Madeiras de Novembro”... como o mês de seu aniversário), composição
clássica de Arnold Bax (Século XIX – nascido em 8 de novembro).
Mas, se,
digamos assim, procurares alguma inspiração musical mais forte, umas ideias de
ritmo e melodias e tals, deixamos uma sugestão que tem a ver exatamente com 8
de novembro. Afinal, foi neste dia, lá pelas bandas de 1971, que o
MA-RA-VI-LHO-SO Led Zepelin lançou seu Disco (lembra da história do Gramofone,
hein?) Led Zepellin IV e canções maravilhosas como “Black Dog”, “Rock and Roll”,
a melodiosa “Going to Califórnia” e uma das mais conhecidas obras do Rock’n’roll
mundial: Stairway to Heaven”, ou para nossos ouvidos portugueses “Escadaria
para o Paraíso”...
Deixamos
uma versão ao vivo de presente pra ti... Esta é de 1975,
É isso,
Pequena Maria Isis...
Com
história de Lutadores do Povo e alguma música, a recebemos com a alegria que
este picadeiro de terra batida e lona furada de circo sempre recebe os Pequenos
e Pequenas Lutadores e Lutadoras do Povo...
Porque
acreditamos profundamente no amor a humanidade e este só se torna possível na
luta.
Seja bem
vinda, Pequena Maria Isis.
A ti,
nosso sempre forte e caloroso Vida Longa!
Sempre
Vida Longa, Maria Isis!
Quadro de Victor Borsov-Musatov
pintor russo de fins do século XIX (Menino com o cachorro)