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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A violência aos olhos de quem...?





Para quem é de fora, mas de regiões que já conviveram com esse ato de "toma-te e desconto-te", a síntese (parece-me) pode ser a seguinte:
Um policial, afastado (até onde oficializaram, por problemas de saúde, mas também estava sobre investigação, dentre outras coisas, por assassinato) sofre emboscada e morre assassinado.
Deste policial - meio que é assim, segredo de justiça e tals - pouco a Coorporação fala... ou pode falar...
Em seguida, as notícias dão conta de informar que "encapuzados" começam a andar pelos bairros... pobres... sem Políticas Públicas e tals, matando jovens: negros, pobres... nenhuma, reafirmo, NENHUMA notícia (até agora ou por onde pesquisei) afirma que não tinha a ver com o primeiro ato.
Caos nas redes sociais... vale o velho ditado (dito, agora, por um ateu): "confie em Deus sobre todas as coisas, mas não deixe o burrico na chuva, que ele vai gripar"... as pessoas ficam em casa.
Daí, no Jornal Liberal (o falta de opção jornalística a gente tem, aff!) recebe um telefonema de uma moradora do Guamá: "A polícia está passando aqui na Perimetral mandando todo mundo fechar portas e janelas". E o Comandante da PM, ao vivo, "Tá tudo bem, tudo tranquilo, não tem nada de anormal"...

Que pode ser de acerto de contas a queima de arquivo o lance do Cabo morto, claro que pode (ou seja, de uma ponta a outra, antagônica). Se ele era bom rapaz na comunidade, que todo mundo gostava dele... ok, não quero entrar no mérito. Afinal, eu li Batismo de Sangue de Frei Beto (quem quer entender, leia... vale a pena).

Mas, o que mais me impressiona é essas bandas daqui. Quer dizer, me impressiona menos (depois do que assisti, li, dialoguei etc. sobre as eleições): jovens, professores ou quase lá, com a tese mantrática de Bolsonaro e Cia sobre "Bandido bom é bandido morto" ou "Direitos Humanos para Humanos Direitos"...

Como andamos a testemunhar, desde 2013, discursos fascistas nas ruas e nas redes e muitos dos que tenho "próximos" de minhas convivências (parte significativa, a juventude) celebrando tudo isso, é realmente preocupante o caminho que estamos a construir para a humanidade.

Cético??? Sem chance!
Como diria uma das palavras de ordem do MST (que, para muitos, encaixa-se no grupo de "bandido bom é..." - claro que não por aqui): "Cansados? Não...! Na luta do Povo? Ninguém se cansa!"...


Adoraria ler a opinião de nosso público por aqui...

Vida Longa!

Marcelo “Russo” Ferreira