Nosso Espaço, nosso picadeiro, nosso público é heterogêneo... Nós reconhecemos isso!
Principalmente entre nosso estimado público, sabemos que há aqueles e aquelas que discordam de nossos sonhos, de nossa ousadia e, principalmente, de nossa posição de Luta da Memória contra o Esquecimento. Há até aqueles e aquelas que discordam existir Luta!
É verdade que nunca testemunhamos, aqui, manifestações destes e destas. Coisas da humanidade.
Mas é verdade, também, que nossa opção é clara: seremos sempre aprendizes dos Lutadores e Lutadoras do Povo... inquestionável e incondicionalmente.
Pois é assim que entendemos o real significado de nossa Lona e de nosso Picadeiro: naõ sermos meramente "pão e circo", a não ser que o Pão seja fruto de nosso trabalho e o Circo de nossa celebração. E por isso seguimos sempre lutando aqui e em outros tempos e lugares.
Já havíamos nos posicionado: Nós apoiamos a Greve nas Universidades! E, por isso mesmo, democratizamos aqui o Manifesto à População, escrito e publicado pelo Andes - Sindicato Nacional.
"A defesa do
ensino público, gratuito e de qualidade expressa uma exigência da população
brasileira, que há tempos clama por serviços públicos de qualidade e é também
parte essencial da história dos movimentos sociais ligados à educação. Vale
lembrar que educação, saúde, segurança, transporte, entre outros, são direitos
de todos e dever do Estado.
Nas últimas
semanas, professores, técnico-administrativos e estudantes das Instituições
Federais de Ensino voltaram às ruas para cobrar dos governantes que cumpram seu
papel e dediquem atenção, de fato, às reais demandas sociais.
Os
trabalhadores da educação federal e estudantes estão em greve, porque estão
conscientes de que é imprescindível lutar em defesa das Instituições Federais
de Ensino. As negociações com o governo não avançam. No entanto, crescem a
degradação das condições de trabalho, ensino e a deterioração da infraestrutura
oferecida nas universidades, institutos e centros tecnológicos federais.
Os
professores, técnicos e estudantes defendem sim uma expansão, desde que exista
qualidade. Não adianta criar novas instituições sem oferecer as condições
satisfatórias para que elas funcionem.
A realidade
vivenciada pelos professores, técnicos e estudantes é muito diferente do que
divulga a propaganda oficial do governo federal. A cada começo de ano fica mais
evidente a precariedade de várias instituições federais de ensino,
principalmente naquelas em que ocorreu a expansão via Reuni.
Faltam salas
de aula, laboratórios, restaurantes estudantis, bibliotecas, banheiros,
saneamento básico e em alguns lugares até papel higiênico. Ninguém deveria ser
submetido a trabalhar, a ensinar e aprender num ambiente assim.
Além disso, é
necessário também oferecer um plano de carreira, que valorize os professores e
técnicos e os incentivem a dedicar suas vidas a essas instituições, à
construção do conhecimento, aos projetos de pesquisa e de extensão. Só assim, é
possível oferecer educação com a qualidade que a população brasileira merece.
No entanto, o
governo federal vira as costas para os argumentos e propostas dos servidores
públicos e usa seguidamente o discurso da crise financeira internacional como
justificativa para não atender às reivindicações que são apresentadas pelos
movimentos sociais em defesa da educação.
Não faltam
recursos, o que falta é vontade política dos governantes. A verdadeira crise
brasileira não é a crise financeira, mas sim ausência de políticas públicas que
atendam as necessidades da população.
Priorizar a
destinação dos recursos públicos na lógica do setor empresarial financeirizado,
como o governo tem feito, causa impactos cada vez mais negativos nos serviços
públicos.
Os
professores, técnicos e estudantes estão nas ruas para dar um novo rumo ao
ensino federal e, para isso, conclamam
toda a população a fazer de 2012 um marco na história da educação brasileira.
ENTIDADES NACIONAIS
DA EDUCAÇÃO FEDERAL
ANDES-SN/ FASUBRA/
SINASEFE"
Venham Todos!
Venham Todas!
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira