“Que
as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista!
Nela os proletários nada têm a perder a não
ser os seus grilhões.
Têm muito a ganhar!
Proletários de todos os países, uni-vos!”
(Marx e Engels)
Foi ontem, 28 de abril...
O que setores de nossa sociedade incrustados no poder (de vender-se pelo poder do Capital), em executivos e
legislativos vários (centralmente o Federal) chamaram de “atos isolados”, “Manifestação
pífia” e “atos de vagabundos” foi, à bem da verdade, um movimento forte,
grandioso e que deu recado claro ao Congresso e ao Governo (que olham apenas para
o movimento que fazem entre eles e o chamam de “unidade nacional”)
A imprensa, claro, cumprindo com seu
papel medíocre de fazer a propagando do governo no noticiário nacional
(inclusive a propaganda da Previdência que o Governo foi proibido de fazer, por
omitir informações claras que apontam que não há déficit). Afirma que a greve
ocorreu nas capitais e, assim, deixa um ar de “apenas” nas Capitais.
Ela se espalhou profundamente nos
interiores. Só aqui, neste picadeiro, soubemos de atos grandiosos em Castanhal
(estávamos lá), Feira de Santana/BA, Caruaru/PE, Santarém/PA, Marabá/PA, Cascavel/PR,
Cubatão/SP, Governador Valadares/MG...
Castanhal/PA |
Onde tinha uma Universidade Pública, um
Instituto Federal Público, os atos aconteceram...
Em granes Capitais, como São Paulo,
foram em vários lugares...
Ontem, assistir ao JN (aff, “tem” que
assistir), e a coberturazinha meia pataca, passaram em Salvador. Foram dois
atos grandiosos e de longa duração e apenas disseram que “os ônibus não
funcionaram”. Recife, então? Um mundarel de gente nas Ruas centrais...
Recife/PE |
Isso pra não dizer da patética matéria
sobre “Nós mesmos” que o JN fez, sobre a cobertura que deram ao dia de ontem.
Um “Ta vendo como não escondemos os atos contra o governo?”...
E o que dizer dos comentários sobre ser
ato pífio (Ministro da Justiça) e de vagabundos (um bando de idiotas de Estado
e de redes sociais)?
– Ah, como eu gostaria que alguém visse
me dizer isso: “És um vagabundo”.
– A gente não tem essa sorte,
Strovézio...
A greve teve o transporte público
parado, com alta adesão... Motoristas e Cobradores se perguntavam: “Vão me
deixar dirigir um ônibus com 65, 70, 75 anos de idade? Ou vão garantir que
nossos postes de trabalho, substituídos pela tecnologia, garantam nossos
empregos como cobradores?”.
Escolas públicas e, também, as escolas
privadas pararam... e muitas o fizeram por adesão À greve geral. Se ficaram, os
professores, em casa (não gosto muito desta “ação grevista”), é preciso
reconhecer que também se torna ato em favor da greve geral.
Bancos, todos sabemos... pararam. Pena
que não conseguem impedir que internet e caixas eletrônicos também pudessem
parar.
O Serviço Público, claro (e claro que há
aqueles que são contra a greve mas não fazem nada em defesa de sua
instituição... a não ser permitir que os interesses privados continuem vingando
sobre ela). Dos Correios e dos Auditores da Justiça, que chegavam aos atos em
Castanhal em baixo de forte e longo aplauso dos demais estudantes e
trabalhadores já presentes (como foi em Castanhal).
E a CNBB... A Confederação Nacional dos
Bispos do Brasil... Convocaram seus fiéis à Greve Geral. Cristãos vagabundos da
gota!
Até os Sindicatos Pelegos, que fazem do
governo sombra (como Força Sindical) foram...
Em alguns locais, o Comércio também
parou. Em outros não... Mas, o que dizer desta manifestação, de quem não pode
parar?
Pífios?
Vagabundos?
Porque cruzam os braços, em um dia de
Greve Nacional, Geral... porque escolhem um dia que não será “maquiado” pelo 1º
de maio – queriam greve em um feriado????? – para fazer um ato forte e
presente? Porque mobilizam um ato a um Governo e um Congresso que opera o
assalto tosco aos direitos mais essenciais da Classe Trabalhadora? Porque
denunciam um Congresso que está levando, a toque de caixa, mais de 50 projetos
que lascam com os/as trabalhadores/as e presenteiam o Capital com todo tipo de “anistia”?
Por isso e muito mais ainda nos chamam
de vagabundos?
Mas, ainda faltou o essencial (e estamos
em busca de notícias, matérias, artigos sobre isso): o que o Capital perdeu com
as paralizações de hoje? Quanto deixaram de “acumular”?
Um exemplo:
Notícias de hoje anunciam uma possível
greve de roteiristas de seriados nos EUA. E a matéria não esconde: a última
greve de roteiristas no centro do imperialismo mundial, em 2007/2008 mobilizou
cerca de 12 mil roteiristas e geral um impacto cofres da Indústria do
Entretenimento de mais de 2 Bilhões de dólares. Se acontecer, a partir de 2 de
maio, será que nosso jornalismo tupiniquim irá noticiar?
A chamada é Ridícula... deveria ser "Como afeta os grandes grupos do Cinema Americano?" |
E aqui, em nossas terras? Ônibus, Metrô,
Trem e Barcas parados... só isso... quanto deixou de “entulhar” nos bolsos de
nossos empresários do transporte “público”?
– Russo!
– Diga lá, Strovézio...
– Já há uma forte movimentação com os
trabalhadores de Cemitérios...
Pois bom...
Ao final do dia de ontem, plenamente
satisfeito com o belo e forte ato que participei em Castanhal/PA (com um
protagonismo da juventude de arrepiar) e testemunhando inúmeros camaradas
Brasil afora registrando os atos em que estavam (inclusive os respondidos com a
velha e conhecida violência policial), lembrei-me de uma canção, escrita em
meus tempos pernambucanos... aliás, uma das minhas preferidas: “O Menino e o
Palhaço”.
“[...]
Ainda vou fingir minha derrota/
Minha esperança será também mentira/
E quando menos esperarem,/
em seu vultuoso poder e vaidade,/
os pegarei por trás como um fantasma,/
e me porei a rir, a cantar e a chorar sem
tristeza.
O palhaço ri...
O louco ri...
Quem chorava ri...”
Como não gravamos esta saudosa canção, que cantemos "El pueblo, Unido, jamás será vencido... Pois está em tempo de cantar com mais força... mais força... mais força...
Por mais Greves Gerais!
Por mais Lutas!
Por nenhum passo atrás...
Venham Todos!
Venham Todas!
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
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Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira