“Por suerte tengo guitarra
y também
tengo mi voz,
también
tengo siete Hermanos
fuera
del que se engrilló.
Todos
revolucionários
com el
favor de mi Dios.
Si...
Sí”
(La
Carta – Violeta Parra)
Este
ano, como nosso picadeiro testemunhou e registrou, foi realmente intenso
e difícil. E em quase todos os campos, em quase todas as esferas humanas e
sociais. E não nos espantemos, o que vem pela frente será mais desafiador, com
mais lutas incansáveis mas necessárias.
Mas, não
caberia a este picadeiro de terra batida, deixar de lembrar também, que 2016
foi um ano de muitas coisas interessantes.
Sempre
somos agraciados com a chegada de alguns/algumas pequenos/as. Assim foi com
Maria Luiza, Gustavo, Luisa, Débora,
Enzo, Paulo Henrique, Vitor, Luiz Fernando, a duplinha de gêmeas Gaby e Bia,
Morena e Bella Liah. E os/as celebramos tanto quanto celebramos aos que
partiram este ano, mesmo que partindo: Fidel – El Comandante, Muhanmad Ali,
Marga Rothe e Naná Vasconcelos. Celebramos para nunca nos esquecermos, dentre outros, por quem continuamos nossa luta...
Tivemos
a juventude, este ano... brava lutadora e que não arredou o pé nas suas lutas.
Mais ainda, continuou avançando e as ocupações, nesta parte final deste
estúpido ano, mostraram que ela não está pra brincadeira. E é inarrável e inquantificável registrar o quanto que este picadeiro de terra batida e lona furada de circo aprendeu com ela.
Testemunhamos
também, mais próximo a nós, duas turmas de professores de Educação Física se
formando. A Turma Professora Renata Vivi e a Turma Professor Euzébio Oliveira
e, claro, não deixamos de registrar nossa saudação e, nela, as lições que
sempre entendemos serem necessárias.
Foram mais de 13 mil visitas ao nosso picadeiro de terra batida e lona furada de circo este ano e, cá pra nós, estamos muito felizes com isso... Mesmo que, nestas, um mísero e idiota patrulhamento ideológico tenha se manifestado. Também continuam sendo bem vindos, pois sempre aceitamos o contraditório (no bom debate) e, mais ainda, nada como ajudar a estes pobres desavisados do mundo e da vida.
Foram mais de 13 mil visitas ao nosso picadeiro de terra batida e lona furada de circo este ano e, cá pra nós, estamos muito felizes com isso... Mesmo que, nestas, um mísero e idiota patrulhamento ideológico tenha se manifestado. Também continuam sendo bem vindos, pois sempre aceitamos o contraditório (no bom debate) e, mais ainda, nada como ajudar a estes pobres desavisados do mundo e da vida.
E, meio
que para brindar este também celebrativo ano de Luta e seus Lutadores e
Lutadoras do Povo, celebramos a música, este elemento da criatividade humana (e
muito capturada pelo capital) e que brinda nossos ouvidos com melodia e
esperança.
E este
picadeiro de terra batida e lona furada de circo – que também em sua história,
caminha pela Música, com nossas canções, nossas letras e as histórias por trás
delas – iniciou neste ano o mote “Escutei por aí...”. E curtimos muito as
nossas primeiras experiências.
Aliás,
muito ainda passaremos por aqui, de coisas novas ou “não tão novas”, que só
conhecemos agora ou recentemente. Falamos de Francisco - El Hombre, Dom La Nena
e Liniker. Por aí, só coisa bacana. E, garantimos, falamos muito menos do que
gostaríamos de falar.
E já que
estamos em nossa última viagem de 2016, optamos por Música. Sei lá, meio que
para celebrar. E festa sem música? Não dá...
A Música
sempre é um perfeito instrumento de criação e de celebração. Com a música eu
mesmo aprendi a organizar as ideias e as notas, mesmo quando incompreendidas. E
também aprendi a celebrar as pessoas que estão neste picadeiro, mesmo as que
não saibam.
Em
tempos em que até ficamos embasbacados com as vozes escondidas mundo afora e que
perpassam os palcos de programas de talentos a serem reveladas – e entrarem num
disputado espaço de “pop star’s” – até mesmo a música pode ser um espaço de
disputa histórica, ideológica, de concepção de homem, de mundo, de relações
sociais.
Essas
vozes, entretanto, existem muito além destes programas, e com trabalhos tão ou muito
mais consolidados do que os artistas celebrados pelos nossos estúpidos meios de
comunicação que os reúne para “festas da virada”...
– Essa
parte é sempre difícil, Russo (Strovézio).
– Diga
lá, meu nobre e musical palhaço...
– Porque
sempre corremos o risco de cair no tal “gosto é gosto, cada um tem o seu” ou
sermos levados a não respeitar o fato destes artistas trabalharem muito.
– Oras,
claro que não... sabemos que trabalham muito... Mas, também precisamos
reconhecer, num diálogo de crítica e autocrítica, pra quem, pra que, em defesa
de que, contra o que, contra quem trabalham muito, mesmo que eles mesmos não
saibam.
– Não
saibam... hummmmm... como é que tu diz mesmo, Russo?
– Pois bom.
Desde
pequeno, sempre pude conhecer alguns trabalhos da nossa fantástica cultura
musical Latino-americana. É de pequeno que escutava o magnífico “Raices de
América” e canções como “Guantanamera” e “La Carta” ou a voz de La Negra
Mercedes Sosa.
E, com o
tempo, fui percebendo que o Chile de Violeta Parra, a Argentina de La Negra e a
América Latina reunido em Raíces de América era muito mais do que me deixavam
conhecer. E, portanto, precisava conhecer.
Conheci
um espetacular “latino-progressivo-popular” - ou sei lá como denomina-lo - Los
Jaivas, e sua mistura de ritmos populares chilenos e rock progressivo:
Conheci
Quilapayun e no espetáculo “Cantata de Santa Maria de Iquique” percebemos que
há, nesta música latina, a história de seu povo. E como é importante sabermos e
cantarmos a história de nosso povo. Como a fantástica “Plegaria de un labrador”
(de Victor Jara, também chileno):
Conheci
Inti-Illimani, que com o próprio Quilapayun, nos apresentava “El Pueblo Unido”
e “Canción del Poder Popular”.
E, conhecendo-o este pouco, sei que há muito
mais ainda por conhecer.
Em um
ano tão difícil, e a necessidade de nos prepararmos para o que vem pela frente,
pessimistas na análise, mas otimistas na ação, há que lembramos sempre, e com
música (por que não?), que...
“De pie, cantar
Que
vamos triunfar.
Avanzan
ya
Banderas
de unidad
Y tú
vendrás
Marchando junto a mí
Y así
verás
Tu canto
y tu bandera florescer
Da Luz
De un rojo
amanhecer
Anuncia
ya
La vida
que vendrá
[...]
El Pueblo
unido, jamás será vencido”
Não esperamos por 2017! Iremos ao seu encontro, com força e determinação. Sabendo que estamos com centenas, milhares de camaradas ao nosso lado, assim como estamos ao lado de centenas, milhares de camaradas...
Não apenas por nós... mas por toda a humanidade!
Te liga, 2017! Nós estamos chegando... 2016 não nos derrotou!
Venham Todos!
Venham Todas!
Não apenas por nós... mas por toda a humanidade!
Te liga, 2017! Nós estamos chegando... 2016 não nos derrotou!
Venham Todos!
Venham Todas!
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira