RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

1º de Setembro... da farsa à “estupidez”




Não iríamos falar muito hoje. Já o fizemos, e bem (humildemente) em anos anteriores.
Afinal, neste nosso picadeiro de terra batida e lona furada, nossos artistas estão muito além do que este pseudo “Dia do Profissional de Educação Física” tenta representar.
Nossos Palhaços, Strovézio e Cia, saltam, rodopiam, dão “cambalhota” e ensinam tudo isso para os presentes e futuros palhaços destes e de outros circos e não se curvam aos ditames do sistema confef/cref, que defende que este ensinar é prerrogativa da Educação Física.
O Homem Mais Fortemente Apaixonado pela Humanidade do mundo, ensina força e amor em sua Academia de Luta e Ginástica. E não dá a mínima para este sistema.
Nossos Equilibristas da Paciência, experts em biomecânica e filosofia, não privatizam uma vírgula sequer dos conhecimentos construídos (por eles e pela história da humanidade) desta relação de áreas aparentemente tão distintas.
E as Bailarinas da Alegria Arrancada do Futuro? Sintetizam a Dança em suas imensuráveis expressões e as democratizam em arte e ensinamento.


– Russo...

– Diga, minha leve e bailante Bailarina...
– Hoje é o Dia da Bailarina e do Bailarino...




          Isso tudo e um tanto mais para este humilde circo nunca foi uma dúvida. Somos, todos e todas aqui, PROFESSORES e PROFESSORAS. Nosso dia – por seu significado e suas lutas – sempre será o dia 15 de outubro.
Em 1º de setembro, nos permitimos celebrar os aniversários deste dia, alguns, inclusive, bravos/as Lutadores/as do Povo!
Mas, claro, não estamos numa redoma de vidro ideológico. Atento estamos aos movimentos deste dia. E dos muitos movimentos (e caros – como os comerciais de TV e as “pontas” em novelas), um nos chamou a atenção.
De um “renomado” docente de ensino superior da Universidade Federal do Pará (e da Educação Física), em um grupo de professores vinculados aos espaços zapzapianos, a primeira imagem celebrativa:



É... seria exagero comentar o que é uma foto de pessoas brancas – apenas pessoas brancas – com alteres, garrafinha d’água, uma bola e uma “balança”...
– Mas Russo, a balança não fica no chão? Tipo pra gente “subir nela” e conferir o peso? (Strovézio)
– Sim...
– E este novo jeito de se pesar, segurando a balança?
– Pensei em perguntar aos nossos Equilibristas da Paciência...
– TAMBÉM NÃO ENTENDEMOS! (Os Equilibristas)...
– Tá “serto” então... (Strovézio).

Em síntese: uma área que vem se manifestando no campo da produção e sistematização do conhecimento, com avanços científicos de toda ordem, ser resumida a uma imagem que sequer consegue dizer “para além” da representação do senso comum (e da característica do povo brasileiro) já era merecedora de um ensurdecedor “Não tinha foto melhor?”.
Mas a coisa piora:



I – Educador(es) Físico(s)?

Diríamos, sem medo de arriscar, que até os mais sérios professores do campo da Educação Física que estão ao lado da tese que sustenta a existência ou necessidade de uma regulamentação (sob ás rédeas do tal confef/cref) não se identificam com o termo.
Tentar imaginar que concepção de formação profissional está por trás e sustentando esta caracterização do trabalhador/professor de Educação Física, é um exercício doloroso.
É claro que existe uma concepção.
Complicado é ver um docente de ensino superior (que, portanto, a vivencia em sua prática docente) defender esta concepção.
Mas tem mais...

II – “Às vezes somos [...] Babá”...

Estamos aqui, todos nós neste picadeiro, quebrando a cabeça pra localizar em que parte de nossa formação incorporamos os elementos, conteúdos, conhecimentos necessários ao exercício babá-profissional de Educação Física.

– Talvez o nobre docente possa ajudar, Russo... “gestão de cuidados de pequenos”? (Strovézio).
– Talvez, Strovézio...

Claro, nenhuma desqualificação da importância do trabalho de uma Babá. Aliás, muito pelo contrário. É justamente por entendermos que não se trata de trabalho menor, desqualificado, que a manifestação de “as vezes babá” é de uma injúria profissional sem tamanho.
Isso, claro, pra não falar da desqualificação do trabalho docente, central e fundante de nossa área.
Pior é que tem mais...

III – “Pode ser que até não ganhemos muito em dinheiro”.

Típico de uma instituição que defende a área, mas não os seus trabalhadores. Expressão clara de que nem é esta, mesmo, a intenção.
Pior é que, ainda que “não ganhemos muito dinheiro”, os professores vinculados/inscritos no sistema sempre serão cobrados a pagarem suas dívidas para com o conselho, para poderem continuar trabalhando.
Movimento interessante: não lutamos (porque nem lhes cabe) por melhores condições de trabalho e salário, mas continuaremos a cobrar de vocês para que continuem trabalhando sem melhores condições de trabalho e salário...
É o tango-do-brano-maluco!

E, por fim, a coroação...

IV – A morte a língua portuguesa em três míseros parágrafos...

... e por um docente de ensino superior.
Basta um destaque apenas (porque foram mais):

“Mas ganhamos muito quando nossos alunos retribui esse esforço que temos”.

(Obs.: evidentemente, enquanto escrevemos, o word grifa o trecho, indicando o crime gramatical).

– Tá “serto”! (Todo o circo)

Não é só Fora temer!
É Fora CONFEF/CREF!

Venham Todos!

Venham Todas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira