“Diga-me
com quem andas
E eu te direi quem és...”
(Ditado popular)
– mas se
andas com todo mundo, que anda com todo mundo e contigo, mas dizem que não
anda, às vezes não anda pra não verem vocês juntos, mas se juntos estivessem
não seria incoerente, em que pese ser incoerente dizerem que não andam
juntos... então, dá pra dizer quem todo mundo é... ou não (Strovézio).
– É, meu
caro palhaço... como diríamos e dizemos vez em quando...
– ... é
o tango do branco maluco! (Strovézio)
Pois
bom...
Estamos
às vésperas das eleições municipais... quase 6 mil municípios a escolher
seus/suas prefeitos/as e vereadores/as.
Isso
tudo em um ano bastante complicado, complexo, estranho... Mas que dá o tom da
coerência e dos absurdos que se farão testemunhar no próximo domingo. Ao nosso
perceber, parece-me que mais absurdos do que coerência.
Este
picadeiro de terra batida e lona furada de circo vai falar apenas de Castanhal.
Mas entende que é perfeitamente comparável a quase todas as demais eleições
municipais, de tal maneira que, mesmo que a quantidade de candidatos a prefeito
seja diferente.
Castanhal
tem mais de 300 candidatos a vereador e cerca de 120 mil eleitores. Isso daria
uma média de 400 votos para cada candidato. Claro, haverá candidatos com um quantitativo
pífio destes votos, e isso não será por força de uma “campanha fraca” ou “falta
de propostas concretas”.
Isso se
dará por uma questão que está, de maneira tosca e abominável, se perpetuando no
país e em nossos legislativos: o FEUDO
ELEITORAL PARLAMENTAR!
Estão na
exceção os candidatos às Câmaras Legislativas que tem “PROGRAMAS” de fato, o
que chamamos de candidatos com programas. até porque, os Partidos (que deveriam ser os "faróis" programáticos) também não tem mais Programa. Até a imagem abaixo parece perder o sentido:
Candidato
com blá-blá-blá de “pela educação”, “pela saúde”, “pela juventude”. Pela comunidade
A (mas não as comunidades vizinhas).
Talvez
exprimam até aquela “síndrome do tiririca”: não sabe o que se faz na Câmara
Municipal, mas vai dizer depois de eleito.
E, por
cá, são mais de 300 candidatos.
Acontecerá
o que se repetirá em muitos e muitos outros Legislativos Municipais: os mesmos
ou “os filhos” dos mesmos, netos dos mesmos, “cria” dos mesmos, numa mistura
tosca de “renovação com tradição”.
A
Consequência? A mesma política de balcão, de troca de cargos, de favor aqui e
ali para que o executivo eleito possa (aff, vai doer digitar isso) trabalhar e
o legislativo fingir de legisla, fiscaliza, combate a corrupção e o escambal.
Ah! Mas
ainda tem os candidatos a prefeito...
Seus Partidos:
PSDB, PPS e PMDB...
Três
candidatos que ficam trocando farpas, que apresentam projetos mirabolantes (mas
não dizem – nunca o dizem – como serão realizados, executados, mantidos e coisa
e tal), a cidade será perfeita ao final de quatro anos... assim como seria
(deveria, iria) ao final de quatro anos... atrás.
Seus
partidos demonstraram nestes últimos meses o que pior do mais escárnio poderia
se esperar de uma legenda política: não aceita derrota nas urnas (PSDB), adora
a fisiologia na política brasileira (PMDB), não é expressão de mínima confiança
(de novo o PMDB), saiu de um partido para formar outro, querendo proibir o
partido anterior de continuar existindo (PPS). E um pouco disso tudo misturado.
Sobre os
acontecimentos recentes no governo federal, apoiaram e foram protagonistas o
golpe parlamentar mais escroto da história deste país.
E
continuam mancomunados com as suas consequências.
Vão
fazer e acontecer no município?
Qual a
posição destes três candidatos sobre a PEC 241 que congela recursos por 20
anos? O que vão fazer, se os recursos não existirão, e diminuirão ano a ano,
COM O APOIO DE SEUS PARTIDOS no Congresso Federal?
E sobre
o PL 257, que impede a realização de concursos? Como irão “melhorar” os
serviços públicos? As escolas? Os Hospitais e afins?
Qual a
posição deles sobre a Reformulação do Ensino Médio (mesmo que seja pouca a
incidência do Município nesta modalidade de ensino)?
O que
pensam sobre a Reforma da Previdência? Que, aliás, o Governo Federal e a Câmara
estão acordando não colocar na pauta agora, para não ser tiro no pé de
candidatos e base nestas eleições?
Nestas
eleições, em Castanhal (lembrando que não tem segundo turno, como boa parte do
país)?
O atual
prefeito, Paulo Titan, quer continuar... ao que parece (até agora), há chances
desta tragédia acontecer.
O
candidato tucano Milton Campos – ex-vice-prefeito de Paulo Titan, que nas
eleições passadas dizia claramente “Aprendi a fazer política com Paulo Titan”
(com sorrisinho, ”joinha” com o polegar e tudo) – rachou com o mentor e sai de “oposição”.
– Péra
aí, que confundiu tudo, Russo!!! (Strovézio).
– Qual a
bronca, meu politizado palhaço?
– O
Prefeito sai candidato... ele tinha um vice... mas o vice deixou de ser vice e
agora é da oposição... mas, mesmo sendo oposição, aprendeu a fazer política com
o opositor que ainda é governo...
– Isso,
Strovézio.
– Então,
candidatou-se pra fazer a mesma coisa?
Tipo isso.
Pois
bom...
Vão
dizer que tem uma alternativa: Pedro Coelho.
É o
candidato do PPS e, portanto, faz parte do mesmo balaio político dos outros dois
partidos.
É filho
de político de outra geração em Castanhal. Portanto, uma “renovação com
tradição” e coisa e tal. Não renova nada.
E, até
onde nos consta, se silencia – como a dupla “lé contra cré” acima – sobre os
mesmos temas os quais deveriam estar na pauta de hoje.
Ou seja.
Não dá pra dizer qual a diferença.
Destes três, deixamos público: VOTO NULO!
Da nossa
parte, um alento de esperança para a Câmara municipal, e que tem o nosso voto.
Sinval - PSOL - 50.050 |
Em
tempos tão difíceis, eleições com tão pouca esperança.
Sempre
reconsiderando as exceções... Por onde for, que sejam vitoriosas exceções.
Venham
Todos!
Venham Todas!
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Marcelo "Russo" Ferreira