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sábado, 6 de agosto de 2016

Discurso de Formatura: Turma Professora Renata Vivi


“Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores.
 Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores.
 Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores.
 To regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores.

 Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho.
 Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho.
 Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho.
 Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho.

 Estou podando meu jardim
 Estou cuidando bem de mim.”
(Meu Jardim – Vander Lee)



Boa noite a todos e a todas.
Minhas saudações.
Na pessoa da Professora Renata Vivi, homenageada da turma com seu nome, saúdo a todos e todas as demais pessoas presentes na mesa. Na pessoa da Alana, oradora da Turma, cumprimento a todos os agora Professores e Professoras de Educação Física, seus paraninfos, parentes e amigos/as.
Cá estamos, agora Professores de Educação Física, a Turma 2012.1 da Universidade Federal do Pará (UFPA/Castanhal). A turma Professora Renata Vivi. E eu cumprimento minha querida Renata Vivi, mesmo com as nossas divergências, com carinho e honra, por entender que se trata de uma homenagem justa e também carinhosa.
Hoje, 5 de agosto, é um dia para celebrarmos e, em cada um e cada uma dos agora, companheiros e companheiras de trabalho, uma data a mais nas particulares histórias de vocês, assim como na minha.
Ainda que as palavras que utilizo para saudá-los me traga uma tristeza. Não a toa trouxe a canção “Meu Jardim”, de Vander Lee. Ele nos deixou hoje pela manhã. Sua obra é tão magnífica que encontrar uma letra de uma de suas canções se tornou uma tarefa longa, haja vista o tamanho de sua obra, mas simples, haja vista a vastidão de suas canções. E, penso, se encaixa perfeitamente tanto na saudação de Alana, quanto nas palavras emocionadas de Renata. Vida Longa, Vander Lee.
Estou neste espaço (uma casa pública, aparentemente do povo – a Câmara Municipal de Castanhal) e neste momento (a celebração coletiva de novos professores de Educação Física) também honrado com a homenagem prestada a minha pessoa. Reitero, aqui e em público, o eterno segundo de espanto e alegria que senti quando recebi a notícia desta homenagem. Essas palavras, à bem da verdade, seriam ditas independente desta. Impossível passar pela vida de vocês sem, em momento tão importante, deixar algumas palavras, reflexões, e principalmente esperanças.
Inicialmente, não gostaria de reconhecer neste espaço público que agora estamos, muita coisa importante, que tomassem por demais minhas palavras. Confesso que até busquei informações sobre o que anda, esta “casa do povo”, fazendo ultimamente. E percebam: não encontrei nada. Absolutamente nada (a publicação mais recente é a resenha da sessão de 6 de fevereiro... de 2013)... Se já temos uma certa cultura de não acompanhar a vida parlamentar de nossa cidade, Estado e País, esta casa, parece contribuir para que esta cultura se perpetue.
Em ano de eleições, não consultem o facebook, apenas.
Assim, vendo vocês nesta casa (reflexo das Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais Brasil afora e do Congresso Nacional Brasileiro, em sua estúpida e superficial representação – com raríssimas exceções, à esquerda e à direita) as primeiras impressões que me causam é: vocês só podem ser “bem vindos” a esta casa como expressão de hipocrisia da mesma. Ou, no máximo, como mera formalidade anfitriã. Mas não tivemos anfitrião neste dia.
Como disse na minha saudação, vocês agora, oficial e legalmente, são Professores e não vi (no site oficial e até em perfil de facebook – é, eu tentei até lá) nada que diga a população desta cidade qual papel esta casa vem desempenhando para melhorar, minimamente, a vida de seu povo. Se considerarmos uma particularidade das nossas possibilidades de intervenção – a Educação Pública – a pergunta que parece ficar sem resposta (numa casa que, à bem da verdade, funciona sempre ao interesse da elite endinheirada desta cidade) é: o que esta casa e seus “representantes do povo” vem fazendo em defesa da Educação Pública? Em defesa dos Professores que estão na Escola? O que priorizam? Seria o Plano de Cargo e Carreira dos Professores? E os demais trabalhadores da Educação? Seria, talvez, a luta pela garantia do piso salarial nacional de Professores da Educação Básica (que, no Congresso, está sendo seriamente ameaçado, assim como todos os recursos públicas voltados à Saúde e Educação Pública)?
Como disse: esta casa é mero reflexo do que vem se transformando os legislativos Brasil afora, com a particular atenção ao que estamos conhecendo como “Escola Sem Partido”, uma excreção sem tamanho e que sequer sabemos se já ronda esta casa. Falo da Escola Sem Partido com uma angústia que, inclusive, chega aos bancos da Universidade, haja vista professores que formaram vocês ainda não terem opinião sobre isso ou até brincarem com a ideia.
Vamos pensar:
Imaginem, vocês, prezados e prezadas professores e professoras de Educação Física, se confrontarem com o discurso, acerca da prática de vocês, de “descobrirem um Neymar na Escola”? Porque, infelizmente, ainda é o que escutamos – dentre outros equívocos, alguns até justificáveis – acerca do nosso trabalho.
Pois bom: este ídolo do futebol brasileiro e internacional (que na verdade é um novo “fonema” para Ronaldo, Ronaldinho, Robinho e por aí vai), que sempre tem destaque em entrevistas coletivas e nestas destaca tudo o que conseguiu e tem ainda muito jovem, este ídolo de nossas crianças e adolescentes, que estão na escola e se espelham nele, não concluiu o Ensino Médio.
Claro, uma primeira lição que deixo aqui é: por favor, se encontrarem um “Neymar”, façam o melhor por ele e não deixe ele interromper os estudos.
Mas, neste caso, à Luz dos princípios desta estúpida Escola Sem Partido, não interromper os seus estudos poderá enquadrá-los, puni-los, serem afastados de suas atividades docentes, em favor de uma possível carreira como jogador de futebol e ídolo de milhares de crianças e jovens não ser impedida por um professor ou professora irresponsável com sua formação. Agir daquela maneira poderá ser interpretado como “assédio ideológico”, pois estariam vocês indo ao encontro (conflituosamente) dos interesses do Mercado.
E quantos dos professores que vocês tiveram e conviveram durante este período de formação disseram exatamente isso: que vocês precisam estar prontos para entrar no mercado, adequar-se a ele? Pois bom: isso significa, no final ao cabo, ir contra os princípios atuais de uma sociedade “de mercado livre e democrático” e, portanto, estariam ideologizando este “futuro Neymar”, contra a sua vontade e de sua família, de ser jogador de futebol.


Vamos mais longe...
Pensem comigo: imaginem vocês falando nas suas aulas sobre quantos atletas (não apenas no futebol) deixam de estudar para tentar seguir carreira num espaço absurdamente desigual no Esporte brasileiro. Imaginem-se debatendo a desigual e desproporcional participação da mulher em todos os âmbitos do Esporte brasileiro (de atletas a gestores) e o apoio dado à atleta feminina, bem como o ainda presente machismo e assédio a que é submetida. Imaginem-se debatendo com seus alunos o que é o “Bom Senso Futebol Clube” e o que significa atletas de grandes clubes, sentando no gramado, ou cruzando os braços ou trocando passes sem desenvolver a partida durante um minuto assim que a partida inicia e as Redes de TV (que compram direitos de transmissão e, pasmemos, de não transmissão também) atrasam a transmissão das partidas para, justamente, não ter que explicar à população, ao telespectador, ao “bem, amigos!” o que isso significa. Imaginem-se, até mesmo, problematizando a desigual cobertura que se dá ao Esporte Paraolímpico, só para ficar neste evento que hoje inaugurou mais uma edição de Jogos Olímpicos.
Se ficarmos apenas nestas ideias, já dá “uma par de dezena de anos” de prisão por “Crime de Manifestação Partidária” nas Escolas, seja lá o nome que venha a ser dado a isso, caso passe.
É interessante pensar nisso tudo justamente hoje, 5 de agosto, haja vista ser o dia em que novos Professores e Professoras de Educação Física estão sendo apresentados à sociedade, à população brasileira, e, também, testemunhamos a abertura da 31ª edição dos Jogos Olímpicos da era moderna. E aqui no Brasil... o primeiro fato, claro, me é infinitamente mais importante e valioso.
Dos Jogos Olímpicos: apenas mais alusões ao nosso papel de “detectores de talentos esportivos”, numa insistente postura de nos afastarem de nosso lugar e tempo: somos Professores.
Sabem, vocês, que estou entre os professores desta Universidade que não celebra, sequer comemora nada neste evento. Prefiro manter-me solidário – dentre outras e inúmeras questões – às centenas de famílias de diferentes bairros do Rio expulsas, removidas (e, lembremos, removemos corpos, lixo e entulho) de suas casas e comunidades com o único intuito e propósito de garantir as obras do Parque Olímpico no Rio de Janeiro, quer os esportivos, quer os de “mobilidade urbana” (seletiva, sabemos).
Várias famílias acordando e constatando que a porta de suas casas fora marcada, em tinta grosseira, com números e letras que indicavam: “será demolida”. Famílias que recebiam “Ordem de despejo” com data para o dia anterior ao que recebiam a tal ordem. Tratores, caminhões e a Força de Segurança Pública (e aqui o meu registro de respeito e admiração aos Servidores da Segurança Pública que aqui estão se formando) fortemente armada para garantir que nada interrompesse o sólido caminho para a consolidação do Brasil entre as 10 maiores potências olímpicas mundiais somada aos agentes da especulação imobiliária destas localidades a celebrarem a exponencial valorização destas áreas, adquiridas a preço de banana e com as benesses do Estado.
Vale a pena? Menos de 400 atletas brasileiros (sem tirar o mérito de que muitos deles sacrificam muitas coisas em suas vidas – outros, nem tanto, já que já sabem arrotar tudo o que conseguiram com o esporte: festas, carros, jatinhos) valem mais do que centenas de famílias, suas casas, suas comunidades, sua história, amigos, escola, celebrações, relações sociais?
A melhor marca olímpica, em termos de medalhas, vale tudo isso?
Reparem, meus caros camaradas de profissão: não digo aqui nada diferente do que sempre lhes disse em sala de aula. A vocês e aos seus colegas de outras turmas, que já se formaram ou ainda estão caminhando nesta direção. E se parece um discurso “entristecedor”, acho que é melhor eu já contestar este sentimento, antes que crie raízes fortes em vossos corações.
Minhas palavras são de ENCORAJAMENTO. Afinal, se a análise é pessimista, a ação sempre será otimista (de Gramsci, um italiano comunista).
E se, ainda assim, o 5 de agosto insistir em ser lembrado também pela sua alusão aos Jogos Olímpicos, não tem problema. Mantemo-nos nele e lembremo-nos de 5 de agosto de 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, Alemanha. A última edição deste evento esportivo antes da deflagração da II Guerra Mundial.
A Alemanha, já sob os auspícios da hegemonia política nazista, se preparava para tentar provar ao mundo a supremacia da raça ariana e nada como o Esporte (sempre ele) para ajudar nesta demonstração.
Lembremo-nos de Jesse Owens, atleta olímpico afro americano que venceu suas provas no Atletismo.
Na bibliografia de Jesse, para que não nos esqueçamos, está a seguinte declaração: “Não foi Hitler que me ignorou, quem o fez foi Franklin Delano Roosevelt (presidente dos Estados Unidos naquele período). O presidente sequer me mandou um telegrama”. Nenhuma alusão a Hitler, aqui... mas que são poucas as histórias de resistência humana, social, trabalhadora que conseguimos recordar e registrar na nossa formação no campo da Educação Física, ainda que tenha a ver com a nossa área.
O que iremos dizer, por exemplo, a nossos alunos, sobre a história dos Jogos Olímpicos ou do Atletismo, sobre outros tantos Jesse Owens? Ou então, o que diremos a nossos alunos sobre outros afro-americanos, Tommie Smith e John Carlos, que subiram ao pódio com ouro e bronze na prova de 200 metros e, após o hino de seu país, com as luvas negras, ergueram os punhos e saudaram simbolicamente os PANTERAS NEGRAS. Eles perderam a medalha e foram expulsos dos Jogos Olímpicos (Cidade do México, 1968)...
E Diogo Silva, atleta de Taekwondo que também repetiu o gesto nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.? O que diremos aos nossos alunos?

Diogo Silva

Quantos temas teríamos que dizer “não existem, não interessam, não são importantes” sobre esses atos de atletas olímpicos, um deles em um 5 de agosto... Também o dia de hoje.
Mais um motivo para, a depender do que virá adiante (Escola Sem Partido), sermos afastados de nossas atividades docentes como Professores de Educação Física.
Meus caros Professores. Minhas queridas Professoras...
Insisto: são palavras de encorajamento. Só enfrentamos o que escolhemos quando conhecemos a fundo o que escolhemos. E, lhes garanto, essas palavras não chegam nem perto do que necessitamos saber para enfrentarmos, com coragem, o que temos pela frente (sim, temos, vocês, Eu, outros que comigo dividem essas reflexões, que passaram pela formação de vocês, que estão na Escola Pública, nas Academias, no trabalho com o Esporte e em outros espaços de atividade docente). Mas, ao mesmo tempo, essas palavras seguem o curso da expressão mais bacana dos Saltimbancos (os quatro bichos – o jumento, o cão, a galinha e a gata – que enfrentam seus patrões e buscam uma vida melhor para todos): “Ao meu lado há um amigo que é preciso proteger! Todos juntos somos fortes, não há nada a temer!”

–  Aproveitando o ensejo: Fora Temer! (Strovézio).

Olha aí o Strovézio. Sempre tão quietinho em Discursos de Formatura.
É curioso como esta data traz, em si, essas poucas particularidades que, diferente da aparência – que nos regalaria com obviedades olímpicas, talvez – tem muito mais a colocar-nos desafios do que meras associações pontuais.
Hoje é 5 de agosto... e gostaria de presenteá-los com dois nomes importantes da história da humanidade e que tem, neste dia, relações intrínsecas com vocês.
Em 5 de agosto de 1962, o então militante Nelson Mandela (que tornou-se presidente da África do Sul após intenso enfrentamento contra o Apartheid) era preso. E é preciso lembrar: Mandela foi presidente e mesmo depois de deixar a presidência de seu país, ainda constava na lista de “perigoso terrorista” dos EUA (saí da lista apenas em 2008).
Uma frase a ele atribuída parece-me bem interessante, e importante para este dia, considerando-o inclusive como um momento de congratulação de toda uma pequena história de quatro anos e meio de estudos, formação – alguns e algumas aqui, também de militância – e amizade: “Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável”.
Parece-me uma grande lição, de quem lutou acima até de nossa compreensão pela paz em seu país.
Entendo, meus caros e minhas prezadas Professores e Professoras, que o bom coração tem, de um lado, uma boa dose de subjetividade e uma grande porção de Amor à Humanidade. Sabendo, vocês, quem eu sou, o que acredito, em que e em quem eu acredito (eu... um comunista, ateu – formado no cristianismo – militante e professor), quando falo de Amor a Humanidade, falo da necessidade de outro projeto de sociedade em que não haja mais o mínimo resquício da exploração do homem pelo próprio homem, quer material, quer cultural, quer pedagógica.
E um bom coração com uma boa cabeça, à mim, implica numa necessária e imprescindível disciplina: os estudos continuam. E para tanto, recorro a um último grande nome que tem a ver com este 5 de agosto: Friederich Engels, companheiro inseparável de Karl Marx e que representam a angústia de temor daqueles que insistem no insano projeto de Escola Sem Partido.
Engels era um pesquisador, filósofo, artista disciplinado. E ambos produziram uma obra durante mais de 40 anos e para compreendermos esta obra, não basta (como até mesmo a Academia/Universidade o faz) nos prendermos aos “chavões” e às experiências práticas a elas associadas. Precisamos estuda-los e estudar com afinco tudo o mais que necessitamos estudar.
Diria Engels, em uma de suas principais obras (Anti-Düring):



“Efetuar esse ato de libertação do mundo é a vocação histórica do proletariado moderno. Investigar suas condições históricas e, desse modo, sua própria natureza, levando à consciência da classe hoje oprimida, mas chamada à ação, as condições e a natureza de sua ação é a tarefa de expressão teórica do movimento proletariado, a saber, o socialismo científico.”



Amor à Humanidade e Disciplina nos Estudos. Para mim, elementos necessários aos meus convites finais. E, reconheço, me farei repetitivo... e assim continuarei em tempos futuros:
Convido-os a serem Revolucionários. E serem Revolucionários significa, também, a capacidade de amarmos os que não conhecemos e nos solidarizarmos com eles, não com o que representa as suas angústias. Por isso, para mim, 5 de agosto de 2016 representará, pontualmente, a apresentação de novos Professores e Professoras de Educação Física à nossa sociedade, mesmo que esta festa seja bem mais singela (mas infinitamente mais humana e verdadeira) do que aquela que, agora, está acontecendo no Rio de Janeiro.
E convido-os a retornarem a esta casa (mesmo que fiquemos em trincheiras diferentes). E sobretudo, revolucionariamente, convido-os a voltarem a esta Universidade para que possamos, sem recuar um passo sequer, pintá-la de Negra, Campesina, Operária... Pintá-la de Indígena, de Mulher e de Povo.
E se essas palavras parecerem um pouco idealistas demais, olhemos a nossa volta e respondamos do fundo e ao fundo do nosso coração: todos os que mereceriam estar aqui hoje, estão? Todos?
Em 1845, Engels diria em relação à luta dos Trabalhadores contra as condições que enfrentavam de trabalho e de vida e que, mais de 170 anos depois, parece-me inquestionavelmente atual e expressivo do dia de hoje:
“Para a frente no caminho que vos engajastes! Muitas dificuldades vos aguardam; continuai firmes, não vos deixeis desencorajar; o vosso êxito é certo e cada passo à frente, neste caminho que tendes a percorrer, servirá à nossa causa comum, a causa da humanidade”.

Isso começa, também hoje.
Isso começa, também, aqui.

Vida Longa à Turma Renata Viva de Professores e Professoras de Educação Física da UFPA/Castanhal
Vida Longa!

E Música para a Turma Renata Vivi!
Meu Jardim...


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