RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os golpes após o Golpe no golpe... A Justiça.


“Deixe-me dizê-lo, sob o risco de parecer ridículo,
 que o verdadeiro revolucionário
 é guiado por grandes sentimentos de amor.
 É impossível imaginar um autêntico revolucionário
 sem esta qualidade (...)
 É preciso lutar todos os dias
 para que este amor à humanidade
 se transforme em fatos concretos,
 em atos, que sirvam de exemplo e mobilizem”
 (Ernesto Che Guevara
 - El Socialismo y el hombre em Cuba, 1988)

Não vamos fazer o preâmbulo muito longo, como o exposto em nossas reflexões sobre o Ministério da Educação. A Justiça, é pauta complexa nestes tempos de “golpes do Golpe nos antigos golpes” à classe trabalhadora.

– Opa! Opa! Péraí! Péraí, Russo... (Strovézio).
– Diz aí, Strovézio...
– Por falar em justiça, quero entender uma coisa... até para poder dizer “justiça seja feita!”.
– Ok... vamos lá...
– Dilma, nas eleições de 2014, dizia que ia fazer uma tuia de coisa e não ia fazer outra tuia, porque esta outra tuia era a proposta do Aécio, certo?
– Certo...
– Quando passou as eleições, a coisa degringolou, com uma forcinha do Congresso Nacional. Daí, veio Terceirização, Lei Antiterrorismo, Arrocho Salarial, cortes na Educação, na Pesquisa e o escambal, certo?
– ok...
– Daí, acusaram ela de “estelionato eleitoral”. Chegou até a ser pauta de impeachment, entre os 50 processos encaminhados de 2014 pra cá. Ou seja, ela tava fazendo o que ela acusou que Aécio iria fazer... certo?
– Isso...
– Daí... tiraram ela... E quem assumiu (o michel temer, que estava na chapa que dizia que não iria fazer o que o governo estava fazendo) está fazendo exata e mais duramente aquilo que não foi aprovado nas urnas em 2014, inclusive com as siglas derrotadas...
– Correto...
– Intaum...

É... o Palhaço é sério...

Ministério da Justiça:

Aqui, neste picadeiro de terra batida e lona furada, vamos falar algumas obviedades, acho. Mas, como diria o velho ditado, quando a obviedade é deixada em silêncio, sequer entendemos suas contradições e, principalmente, o porquê de ser tão óbvio.
Comecemos pelo que vem sendo apresentado constantemente sobre a estrutura deste novo Ministério da Justiça que recebeu de presente a demanda de algumas Secretarias do Governo anterior.
Todos sabemos, porque esteve bem público (menos nos jornalões tupiniquins) que Secretaria das Mulheres, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria de Direitos Humanos vão pro brejo. E suas políticas irão junto...
Da Secretaria das Mulheres (em uma equipe ministerial masculina – lembrem-se das palavras de miriam leitão e o esculacho de alexandre garcia), parece-me claro que a política que se pretenda a partir de agora será mais bela, recatada e do lar. O que significa o risco, dentre outros, de afirmar o velho preceito “briga de marido NA mulher, o Estado não mete a colher” (claro, preceito adaptado).
Se pensarmos nas questões afetas a Política de Promoção da Igualdade Racial (em uma equipe ministerial branca), além do que o conluio agora fortalecido do governo interino com o congresso nacional sobre a questão das titulações de áreas quilombolas (além das indígenas), é possível que teremos uma Política MiMiMi. Ou seja, parem de vitimismos e trabalhem, pois é isso, independentemente da cor-da-pele, que faz a vida melhorar.
Por fim, ao olharmos para a Secretaria dos Direitos Humanos, em tempos de votos que homenageiam torturadores, fico pensando o que acontecerá não apenas com a tardia Comissão da Verdade (que Lula não teve coragem de entabular) mas, e mais ainda, no que acontecerá com o legado documental que foi possível resgatar e registrar sobre os porões e outros lugares de tortura da ditadura.
Para os três temas, pelo menos nos últimos tempos temos um registro bastante denso, o que nos permite acreditar que a militância destes setores e seus simpatizantes, terão muito o que contar ainda.
Mas, algo passou em silêncio nesta reorganização. Cadê a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência?????
Não tem.

– Mas tem indicação de “Não-Secretário” da “Não” Secretaria... (Strovézio).
– É mesmo, Strovézio?
– Sim. Indicação deste movimento sem obstáculos aqui, ó... Já falaste sobre ele:



Governo temer atendendo as demandas de setores organizados.
Se a coisa já parece complicada, feia, sem qualquer horizonte que alivie nossas tensões nestes tempos de “Políticas de Choque”, eis o nome de Batalhão de Choque que assumiu o Ministério da Justiça: Sr. (isso eu posso deixar) alexandre moraes. Como já dissemos aqui, o terror dos estudantes secundaristas de São Paulo.
É São Paulo, o Governo do Estado (e a Secretaria de Segurança Pública) que já atingiu o estágio de desocupar escolas SEM mandato de reintegração. Vai lá, desce o cacete na molecada e pronto.
Afinal, por mais que a molecada esteja defendendo a Educação Pública (talvez até a escola dos filhos dos policiais que vão lá, bater neles), o governo paulista não a defende e a Segurança Pública paulista precisa defender o que a Educação Pública paulista quer... faz sentido.
Não importa a opinião pública para este governozinho de meia pataca (e muito poder), se o dito-cujo de pouca “moraes" já advogou para o PPC. Se até mesmo fez acordos com o PPC para o sangue parar de correr em São Paulo, como ocorreu em 2012 (com o silêncio ensurdecedor da imprensa nossa de cada dia).
Se o que vínhamos acompanhando em relação à forma como o Estado Brasileiro vinha atuando nos conflitos (como os casos dos guarani-kaiowá’s), somado à Lei Antiterrorismo assinada por Dilma, o cacete está sendo lustrado nos “porões do Ministério da Justiça”. Afinal, de um novo ministro que não se importa com as inúmeras denúncias de excesso (pra dedéu) da segurança pública em seus recentes tempos paulistas e que ganha um Ministério com uma Lei ba-ca-na no colo... quero nem pensar.
Uma Política Pública de Segurança Nacional que “coloque” a mulher “em seu lugar”, meritocrática, para “humanos direitos” e “normais”... E não reclamem, que sabemos colocar as coisas em ordem.

– Fico com as imagens de resistência, Russo. Aquelas ao lado das palavras do Comandante (Strovézio).
– Elas nos fortalecem...

Justiça é palavra cara... É palavra que vai além de uma instituição.
Justiça é palavra revolucionária e só faz justiça de verdade quem tem amor à humanidade. Por isso da epígrafe neste texto.

Nossa luta?
Sempre à esquerda.
Esquerda de verdade!

– Russo! Russo!
– Opa... diz aí Strovézio...
– Por falar em justiça, deixa eu pedir pro nosso público me ajudar aqui...
– Ajudar com o que?
– Procurar o Moro! Ele sumiu!!!!!



Venham Todos!
Venham Todas!

PS.: o ritmo é tão maluco, que no Ministério da Educação, por nós já passeado, vai tão rápido que um gestor de Instituições Privadas de Ensino Superior irá comanda a pasta que cuida das Instituições Públicas de Ensino Superior... Sacaram?


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