RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

segunda-feira, 9 de maio de 2016

O gigante...

artista pástico Marcelo Tolentino - A Arte Nunca Esquece


“As vítimas da tragédia
 de Mariana
 não podem
 ser esquecidas”
 (Projeto “A Arte Nunca Esquece”)


Mariana... 5 de novembro de 2015!
Todos nós sabemos do que se trata.
Mas, à luz de nosso modo de estudar a realidade e a história da Humanidade, muito tranquilamente podemos dizer: VOCÊS NÃO SABEM NADA!
Não sabem, porque continuam a “esperar” a notícia, as informações, os fatos até vocês, como se fosse assim, deste jeito que, unicamente, a gente conhece. Mal sabemos relacionar o que sabemos com nossa condição vital.
Condição Vital significa, portanto, condição de vida, de existência, de sobrevivência. Se não conhecemos, estamos a mercê de nossa contra vida.
Pois bom...

Em março deste ano, duas sessões (uma delas em 12 de março) da Comissão Parlamentar da Câmara dos Deputados (Câmara, esta, que trabalhou num domingo, dia 17 de abril, em defesa de Deus, família e o escambal) foram canceladas... por falta de quórum. Não conseguira reunir o número mínimo de deputados (impressionantes ONZE deputados) para tratar do objeto destas sessões: discutir o Caso Mariana, que iria investigar como as empresas envolvidas na tragédia prestavam ajuda aos atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão.
No Legislativo brasileiro, a história morreu... só faltava ela em Mariana/MG.

Mas, voltando um pouco no tempo, em 20 de novembro de 2015, período em que não faltaram atos públicos em diferentes partes do país contra a SAMARCO e a Vale, Professores, Estudantes, Militantes de diferentes lutas fizeram um ato em Marabá, na Estrada de Ferro Carajás, de propriedade da Vale. Um ato que não interrompeu o fluxo de trens, pois, afinal, ele conduz toneladas de minérios.

Dentre as cerca de 100 pessoas que lá estavam, o camarada da UNIFESSPA, Evandro Medeiros.
No mesmo dia 20 (ou seja, com provas sem investigação policial, apenas os registros dela mesmo... no mesmo dia dos atos), a Vale apresenta ao Juiz de Direito da Comarca de Marabá/PA, uma queixa crime “em desfavor de EVANDRO MEDEIROS, professor, de qualificação ignorada, podendo ser encontrado no Campus da Universidade do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA”.

– Qualificação ignorada?
– Isso, Strovézio...
– Que empresa desinformada...

Segundo a queixa, o nosso camarada Evandro liderou um grupo de alunos “sob o pretexto de promover um ‘ato de solidariedade e defesa dos direitos do povo de Mariana”, ocupando a Ferrovia da Vale.

– Deixa ver seu eu entendi. O Evandro está sendo “queixado” por atos de solidariedade ao povo que mora na região que a Vale destruiu, em MG? (Strovézio)
– Ao povo, ao meio ambiente, à fauna...
– Este Circo tá lascado... Solidário que somos o tempo todo...
– Não duvido...

Mas a “melhor” parte é o crime:
“Exercício Arbitrário das Próprias Razões”, quando tenta-se punir alguém que tenta obter pelo próprio esforço e com as próprias mãos, algo que considera justo. O que nos daria ao entendimento que haviam naquele ato de 20 de novembro, em Marabá, cerca de 100 pessoas no Exercício Arbitrário das Próprias Razões... coletivas.
Pra fechar (modo de dizer) a história, no último dia 5 de maio, rolou a audiência com a presença da Vale e do Evandro, e seus respectivos (e antagônicos) advogados. A Vale propôs multa e/ou trabalhos sociais/comunitários como forma de compensação.
Claro, a multa foi negada e o trabalho comunitário Evandro já faz muito tempo... mas não para enaltecer a Vale. Segundo as palavras de nosso camarada:
“Não preciso ser forçado pela Justiça a realizar ações em benefício de comunidades carentes e setores populares. A mineradora Vale sim, e mesmo assim não atende plenamente as reivindicações dessas comunidades”.



Enfim...
Já falamos por aqui sobre o crime da Barragem do Fundão em Mariana/MG. E também da hipocrisia elevada a “n” potência com a propaganda em horário nobre de televisão, quando funcionários da SAMARCO/VALE diziam ser responsáveis pelo acontecido.
Mais ainda, o silêncio hipócrita e covarde de quem bate panela e come filé mignon em frente a FIESPE na Avenida Paulista e seus correlatos Brasil afora.
Mariana/MG é a expressão mais dolorida e real do quanto este país e seus donos (mídia, empresários, Bancos, Políticos achacados e o escambal) é realmente um exemplo de má fé e inescrupuloso.
Evandro Medeiros é uma das expressões vivas e fortes de que ainda temos um povo lutador.

E é nestas horas, em textos assim, que lamentamos sermos um Circo de Picadeiro tão pequeno.
A Revista on-line da Carta Capital referiu-se a este processo com o seguinte título: "A Gigante Vale contra o Professor do Pará".
Gigante, nesta história, certamente não é a Vale.


– SOMOS TODOS EVANDRO! (Strovézio).
– É isso, meu caro palhaço... Diria até mais: Somos todos/as quem Evandro Medeiros é e representa!

Viva, Evandro!
Lutador do Povo!

Venham Todos!

Venham Todas!

Outdoor da Campanha "A Arte Nunca Esquece"


PS.:
O Universal Circo Crítico também assina seu manifesto em solidariedade ao camarada Lutador do Povo Evandro Medeiros!

E que façam o mesmo os que passarem por este picadeiro de terra batida e lona furada.

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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira