artista pástico Marcelo Tolentino - A Arte Nunca Esquece |
“As
vítimas da tragédia
de Mariana
não podem
ser esquecidas”
(Projeto “A Arte Nunca Esquece”)
Mariana...
5 de novembro de 2015!
Todos nós
sabemos do que se trata.
Mas, à
luz de nosso modo de estudar a realidade e a história da Humanidade, muito
tranquilamente podemos dizer: VOCÊS NÃO SABEM NADA!
Não
sabem, porque continuam a “esperar” a notícia, as informações, os fatos até
vocês, como se fosse assim, deste jeito que, unicamente, a gente conhece. Mal
sabemos relacionar o que sabemos com nossa condição vital.
Condição
Vital significa, portanto, condição de vida, de existência, de sobrevivência.
Se não conhecemos, estamos a mercê de nossa contra vida.
Pois
bom...
Em março
deste ano, duas sessões (uma delas em 12 de março) da Comissão Parlamentar da
Câmara dos Deputados (Câmara, esta, que trabalhou num domingo, dia 17 de abril,
em defesa de Deus, família e o escambal) foram canceladas... por falta de
quórum. Não conseguira reunir o número mínimo de deputados (impressionantes
ONZE deputados) para tratar do objeto destas sessões: discutir o Caso Mariana,
que iria investigar como as empresas envolvidas na tragédia prestavam ajuda aos
atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão.
No
Legislativo brasileiro, a história morreu... só faltava ela em Mariana/MG.
Mas,
voltando um pouco no tempo, em 20 de novembro de 2015, período em que não
faltaram atos públicos em diferentes partes do país contra a SAMARCO e a Vale,
Professores, Estudantes, Militantes de diferentes lutas fizeram um ato em
Marabá, na Estrada de Ferro Carajás, de propriedade da Vale. Um ato que não
interrompeu o fluxo de trens, pois, afinal, ele conduz toneladas de minérios.
No mesmo
dia 20 (ou seja, com provas sem investigação policial, apenas os registros dela
mesmo... no mesmo dia dos atos), a Vale apresenta ao Juiz de Direito da Comarca
de Marabá/PA, uma queixa crime “em desfavor de EVANDRO MEDEIROS, professor, de
qualificação ignorada, podendo ser encontrado no Campus da Universidade do Sul
e Sudeste do Pará – UNIFESSPA”.
– Qualificação
ignorada?
– Isso,
Strovézio...
– Que empresa
desinformada...
Segundo
a queixa, o nosso camarada Evandro liderou um grupo de alunos “sob o pretexto
de promover um ‘ato de solidariedade e defesa dos direitos do povo de Mariana”,
ocupando a Ferrovia da Vale.
– Deixa
ver seu eu entendi. O Evandro está sendo “queixado” por atos de solidariedade
ao povo que mora na região que a Vale destruiu, em MG? (Strovézio)
– Ao
povo, ao meio ambiente, à fauna...
– Este
Circo tá lascado... Solidário que somos o tempo todo...
– Não
duvido...
Mas a “melhor”
parte é o crime:
“Exercício
Arbitrário das Próprias Razões”, quando tenta-se punir alguém que tenta obter
pelo próprio esforço e com as próprias mãos, algo que considera justo. O que
nos daria ao entendimento que haviam naquele ato de 20 de novembro, em Marabá,
cerca de 100 pessoas no Exercício Arbitrário das Próprias Razões... coletivas.
Pra
fechar (modo de dizer) a história, no último dia 5 de maio, rolou a audiência
com a presença da Vale e do Evandro, e seus respectivos (e antagônicos) advogados.
A Vale propôs multa e/ou trabalhos sociais/comunitários como forma de
compensação.
Claro, a
multa foi negada e o trabalho comunitário Evandro já faz muito tempo... mas não
para enaltecer a Vale. Segundo as palavras de nosso camarada:
“Não preciso ser forçado pela Justiça a
realizar ações em benefício de comunidades carentes e setores populares. A
mineradora Vale sim, e mesmo assim não atende plenamente as reivindicações
dessas comunidades”.
Enfim...
Já
falamos por aqui sobre o crime da Barragem do Fundão em Mariana/MG. E também da
hipocrisia elevada a “n” potência com a propaganda em horário nobre de
televisão, quando funcionários da SAMARCO/VALE diziam ser responsáveis pelo
acontecido.
Mais
ainda, o silêncio hipócrita e covarde de quem bate panela e come filé mignon em
frente a FIESPE na Avenida Paulista e seus correlatos Brasil afora.
Mariana/MG
é a expressão mais dolorida e real do quanto este país e seus donos (mídia, empresários,
Bancos, Políticos achacados e o escambal) é realmente um exemplo de má fé e
inescrupuloso.
Evandro
Medeiros é uma das expressões vivas e fortes de que ainda temos um povo
lutador.
E é
nestas horas, em textos assim, que lamentamos sermos um Circo de Picadeiro tão
pequeno.
A Revista on-line da Carta Capital referiu-se a este processo com o seguinte título: "A Gigante Vale contra o Professor do Pará".
Gigante, nesta história, certamente não é a Vale.
– SOMOS
TODOS EVANDRO! (Strovézio).
– É
isso, meu caro palhaço... Diria até mais: Somos
todos/as quem Evandro Medeiros é e representa!
Viva,
Evandro!
Lutador
do Povo!
Venham
Todos!
Venham
Todas!
Outdoor da Campanha "A Arte Nunca Esquece" |
PS.:
E que façam o mesmo os que passarem por este picadeiro de terra batida e lona furada.
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira