“Meu
amor por você chegou ao fim
É tudo
que tenho a dizer
Também
não precisa sair assim
Espere o
dia amanhecer”
(Itamar Assumpção / Naná Vasconcelos)
Quem
conhecia sabe o que ele representa pra música brasileira. Quem não conhecia, e é
uma pena acreditar que há, no Brasil, muitos que não o conheciam...
– Inclusive
músicos... (Strovézio)
– É,
Strovézio... inclusive músicos. E, se não o conhecia, lamentamos.
Bom... Naná
tocou com tanta gente que nem dá pra escrever aqui. De tanta coisa que escutei
dele, San Vicente (uma canção que escutei pela primeira vez com MPB4), com
Milton Nascimento, é expressão do que ele ainda tinha por fazer.
Naná
Vasconcelos foi, digamos assim, um dos tantos músicos que, aos poucos, fez com
que eu me sentisse recebido em terras pernambucanas, quando pra lá me pirulitei
em 1993. Nem imaginava que ser expulso de uma Instituição de Ensino Superior
seria tão bom pra minha vida inteira, inclusive musicalmente.
Por lá,
um rockeiro paulistano foi se transmutando musicalmente e, depois de muitos
anos morando, estudando, trabalhando, militando naquelas terras, aprendi a
abraçar os recantos mais fantásticos da música e que este circo de lona furada
e terra batida irá, este ano, ajudar a difundir.
Das
coisas que dele eu assisti, sempre ficará a imagem (e o coração batendo em ritmo
de Maracatu de Baque Virado), quando junto com a Orquestra Sinfônica de Recife
e centenas de garotos e garotas com suas alfaias, ritmavam a música clássica na
abertura do Carnaval Pernambucano de 2007, em pleno Marco Zero de Recife.
O
Carnaval Pernambucano perdeu seu grande maestro de abertura...
Por
hora, em algum lugar, para a espiritualidade de cada um que curtia Naná
Vasconcelos – inclusive a minha, um ateu que reconhece que “tem alguma coisa invisível por aí” – uma coisa parece-nos certa:
vai ter uma batucada arretada, seja lá onde for. Até não precisava sair assim... Podia esperar o dia amanhecer...
Mas...
Afinal, Lá vai Naná Vasconcelos.
Lá vai um Nego Veio.
E como tal
“Vestiu
camisa vermelha
Lenço
amarelado no dorso
Problema
pra ele é besteira
Que ele
deixou na maré
E agora
nego só quer dançar
Ele quer
dançar pra ver
Muita paz
no seu coração”
Viva Naná Vasconcelos!
Vida Longa!
Venham Todos!
Venham Todas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira