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segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Universal Circo Crítico... Horizonte...

Era 1986...

Já comentei, na última vez que coloquei uma canção por aqui, que é um contexto já relatado em outras passagens: adolescente, com meus 16 anos, no meio do (então) colegial, atleta de remo e o sempre desejo de ter uma banda de rock.

“Horizonte” foi, de certa maneira, uma canção que atravessou os limites da composição silenciosa e fez parte do portifólio do saudoso Afã (que passou a se experimentar apenas em 1989). Uma canção melódica, sem perder a boa tensão do rock, característica da banda.

Mas, o mais interessante desta canção e época é que se trata de uma das primeiras canções bem trabalhadas melodicamente na minha particular relação com o violão. Talvez ainda um pouco ingênua, com poucos acordes, mas bem explorados, vamos assim dizer.

Mas, lembro que foi composta pra uma pessoa à qual recordo seu rosto, sua amizade e a vontade de estar com ela enfrentando a minha incapacidade de “vou beijá-la”... Que viagem!

O contexto desta composição, também, é bastante interessante: O Brasil havia perdido, nos penalts, para a França, na Copa do Mundo do México; à noite, tinhamos um Baile de 15 anos no Salão da Igreja de Santa Terezinha (duas quadras de casa) e um colega (hummm... Cláudio?) era a vontade silenciosa daquela menina, de nome Celina. Saímos do salão, conversando de braços dados e paramos para um abraço. Só um abraço. Até hoje, acho que não era o que ela queria, só um abraço.

No dia seguinte, enquanto a nação brasileira ainda chorava mais uma desqualificação do time de Telê de uma Copa do Mundo, lá estava o velho e bom Di Giorgio de mainha no colo. Sobre Celina, não houve a segunda chance de mais um passeio de braços dados. Mas ela recebeu a canção.

Apresento: “Horizonte”


Mais uma semana se passa. / Olho as horas no relógio, não vejo o tempo passar. / Meu sonho já se perdeu,/ minha mente dissolveu-se em pensamentos./ Minhas palavras são olhos/ que visam você./ Minhas palavras são cerdas atrás/ de um certo ser.

Olho um horizonte sem espaço de mostrar,/ sem maneira de ter algo de novo./ Olho seus olhos vejo mares sem fim./ Vejo deuses sobre mim./ O horizonte já não se mostra mais./ Foi tomado seu direito./ Uma linha, uma quebra de onda fugaz,/ derramada em meu peito.

Olho um horizonte sem espaço de mostrar./ Sem maneira de ter algo de novo./ Olho nos seus olhos, uma maneira de olhar./ Uma maneira de amar sempre de novo.”



Venham Todos!

Venham Todas!


Vida Longa!


Marcelo “Russo” Ferreira


P.S.: Lembrando que as letras estão registradas em cartório comum. Não vale a pena “plagiar”.

2 comentários:

  1. Que sorte e que azar desta Celina... Sorte ela ter recebido uma música tão linda e azar ela ter tido apenas um abraço seu, com certeza ela não queria apenas um abraço!

    Muvabreijos

    P.S.: Uai, (para estar integrada), cadê o palhaço da sua página? Mudou o visual?

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  2. Olá, Camila...
    Mudei, coloquei o Circo... Ando revigorando o perfil do Universal Circo Crítico e, em breve, ficará mais Universal, Mais Circo e Sempre Crítico...
    Obrigado por sua passagem por aqui.
    Muvabreijos

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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
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Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira