Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!
Antônio Conselheiro, todos os Panteras Negras!
Lampião,
sua imagem e semelhança!
Eu tenho certeza, eles também cantaram um dia!
(Monólogo
ao pé de ouvido – Chico Sciende e Nação Zumbi)
Salve,
Salve... Salve, muito, Pequeno Aquiles.
Nosso
mais novo Pequeno Lutador do Povo. Filho amado de duas pessoas tanto quanto. Só
o teu pai, nosso camaradíssimo Deybe, esse já é uma figuraça... Ah! Vais ter
muita história e emoção na sua vida...
Chegas
em um dia em que já celebrávamos Vida Longa à nossa grande companheira, Elisa. Evidentemente,
irás conhece-la em breve. Ou seja, no meio de nossa celebração, tu chegas,
Pequeno Grande Aquiles, e deixa esse dia mais celebrativo.
E
tenho algumas boas razões para recebe-lo, em nosso Picadeiro, em nossa pequena
Lona Furada de Circo. Outras, bem coerente com a história da humanidade, um
pouco mais doloridas.
Afinal,
é dia 18 de maio, e sempre temos, na história da humanidade, razões para festejar
e razões para refletirmos profundamente nossa existência, nossos caminhos,
nossa luta.
Mas,
não faremos muito, faremos apenas o essencial neste dia, de maneira que
celebrar sua chegada sejam lições não apenas para ti, mas para todos nós.
Duas
pessoas, dois nomes importantes na história, eu gostaria de destacar e que tem
relação direta com sua chegada:
O
primeiro é de Algusto César Sandino. Ou somente Sandino, que também nasceu em
um 18 de maio (1895).
Um
revolucionário de primeira linha, em um pequeno país da América Central
(Guatemala) lutando, como se faz até hoje, contra o Imperialismo Americano.
Mas, também, um homem de paz e que se inclinava, após a luta (e a vitória) a
acenar em defesa da paz. Em defesa da soberania do país, aceitou estabelecer um
Acordo de Paz com a oposição (que era apoiada pelos Estados Unidos) mas acabou
traído e assassinado. Após esse ato, a Nicarágua entrou em um período de mais
de 4 décadas de ditadura alinhada (sempre é assim) aos interesses
norte-americanos.
O
legado de Sandino não se perdia... Ideias são a prova de bala! De sua história
e luta, aquele pequeno país testemunhou a formação e organização da Frente
Sandinista de Libertação Nacional (FSLN). Organização dos trabalhadores,
formação e alfabetização e a retomada da soberania nacional foram bandeiras que
levaram à vitória contra a Ditadura ali estabelecida.
Mas,
a história nunca para e é aqui, Pequeno Grande Aquiles, nossa primeira lição. É
sempre comum usarmos “Vida Longa” para nossas lutas e nossos Lutadores do Povo.
E por que? Porque mesmo na vitória, nunca podemos descansar... Temos que
continuarmos firmes, determinados, nunca esmorecer. Porque nunca está
finalizado. A História não permite isso... Faça de cada dia, Aquiles, a continuidade
de todos os seus dias.
Não
acho que cabe aqui, meu caro Pequeno Aquiles, contar muito dessa história...
Nos basta dizer: ela envolve uma criança... de pais pobres (uma mãe talvez
vacilante)... de Jovens Ricos Paulinho Helal e Dantinho Michelini – os diminutivos
dos nomes talvez fosse para tentar faze-los passar por “jovens inocentes”),
filhos de pessoas poderosas no Espírito Santo (Constanteen Helal – comerciante/fazendeiro
e maçom – e Dante Michelini – exportador de café e brigão nas horas vagas)...
uma polícia (feita de homens) corrupta e uma justiça (idem) tanto quanto... uma
morte violenta, um caso prescrito na justiça... Uma morte violenta e o poder
intocável...
E um
cachorro chamado Radar...
Tá
vendo, Aquiles... Temos que lutar desde cedo. Talvez não pareça justo... Acho
até que não é. Mas sou daqueles que acredita piamente que lutando a gente
brinca, brincando a gente luta. Ou, como diria nosso saudoso José Saramago, “a
criança, podendo ser, cresce” (adoro essa frase).
Brinque,
brinque e faça amigos, muitos amigos, Aquiles... Tantos quantos seus pais sabem
fazer. Tanto quanto os amigos e amigas, companheiros e companheiras, camaradas
de seus pais tenham e continuarão a ter.... Porque farão parte de sua vida e de
suas alegrias e, mais ainda, de todas as lutas que a humanidade ainda precisa
se empenhar para defender o óbvio: não deveria sequer E-XIS-TIR esse Dia de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual seja lá de quem for, o que dizer de
Crianças e Adolescentes... Esse dia não deveria existir como “Dia da Rua”. Mas tem...
Aqui,
a nossa humilde segunda lição: nunca deixe que qualquer sombra de desumanização
se aproxime de ti e de todos os seus...
São
grandes lições, eu sei... nós sabemos... e por isso, e por serem lições, sempre
seguiremos firmes em seu aprendizado.
No
mais, querido Aquiles, a música (ufa! Que bom que ela sempre está presente)
também lhe saúda. E em dois estilos bem particulares.
Lá
pelos idos dos anos 40 (já na virada da década), nascia um dos mais espetaculares
tecladistas da história do Rock’n’roll mundial: Rick Wakeman... Mágico, Mago,
completo... O cara era “a tampa de crush”
–
Vigi! É do arco-da-velha no baixo-da-égua essa tampa, hein?
Ah!
Esse nosso palhaço!
Enfim...
nada mal ter uma referência VA-LEN-DO de rock em nossos dias de celebração...
Mas,
também, é o dia da Fundação de Caruaru (1857), a terra do Forró. E, aqui,
lamento muito quem acha ultrapassado, mas estou falando do forró pé-de-serra:
Zabumba, Triângulo e Sanfona... Forró de verdade, nada de “feito para vender
mais”.
Então,
Aquiles, dance muito e ouça muita música. Não tenho dúvida que quanto a
qualidade, estás em boas mãos.
Dance
com sua mãe, dance com seu pai, dance com os dois juntos...
Dance
com seus amigos, com suas amigas, com sua família... E, mais tarde, dance com
sua professora, com a merendeira, com o moço da portaria, com a diretora da
Escola...
Dance,
dance, dance... Porque celebrar é sempre bom, e dançando é melhor ainda.
Vida
Longa, Pequeno Aquiles!
Vida
Longa!
Caraca!!! Vida Longa ao Aquiles!!!
ResponderExcluirCaraca!!! Vida Longa ao Aquiles!!!
ResponderExcluirVida Longa também à nossa presença e história de Aquile, Magna!
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