Quando dou comida aos pobres,
me chamam de santo.
Quando pergunto porque eles
são pobres,
chamam-me de comunista.
(D. Helder Câmara)
Tudo
começou com uma grande explosão... ensurdecedora até, fazendo com que seu
barulho fosse escutado a cerca de 5 mil km de distância. O que provocou esse
estrondo, dizem, que durou cerca de 48 horas, mas que seu efeito se seguiu
durante semanas, meses e até anos.
Não
conhecemos com detalhes como tudo funciona. Sabemos que durante um tempo, fica
lá, quietinho, como se assim fosse ficar eternamente. Mas, de repente, começa a
se inquietar, a se mexer, a temperatura aumenta e tudo que está escondido vem
pra fora.
Ao
sair, tudo o que está a sua volta, todas as pessoas próximas e distantes, são
afetadas. Nada ficará mais no mesmo lugar, nada...
Assim
a natureza agiu a mais de um século, na Indonésia, em Krakatoa, uma ilha em
forma de vulcão, próxima às ilhas de Sumatra e Java.
Do
ponto de vista das consequencias, talvez não fosse a melhor forma de saudar sua
chegada, Pequena Nina Flor. Afinal, a erupção do vulcão de Krakatoa deixou
centenas de milhares de pessoas mortas e um rastro de devastação que, em dias
de hoje (com a comunicação em tempo real), seria impossível imaginarmos como seria
noticiá-la e, também, como agirmos frente a aquela catástrofe.
Mas,
nessa nossa Conversa ao Pé de Ouvido de Nina Flor, e como sempre é
característico de nosso picadeiro, ousamos a ousadia.
Uma possível imagem do Vulcão de Krakatoa |
Em
27 de agosto de 1883, a explosão do vulcão de Krakatoa (que, por sua ação,
riscou do mapa essa Ilha dos mares da Indonésia), deixou uma lição de
humanidade... na perspectiva da natureza.
A
natureza, desde muito antes de nos sabermos por humanidade (e bote “muito
antes” nisso) age sobre si mesma. E sempre que age sobre si mesma, revigora-se,
renova-se e a vida sempre se refaz.
O
que diremos de um dia em que países guerrearam em lugares diferentes e tempos
diferentes? Em que outros lugares deixaram de existir ou passaram a existir? Em
que países cantaram seus hinos ou sua independência?
O
que diremos de um dia em que homens ou mulheres venceram ou perderam? Em que
homens e mulheres foram presos ou perderam sua imunidade? Homens e mulheres,
filósofos/as, músicos ou cantores/as, escritores/as, atletas, compositores/as e
até bispo nasceram ou morreram?
Dizer
que mais importante e impactante neste mundo em um 27 de agosto foram duas
explosões de vida, intensa vida, transformadora vida: a Explosão do Vulcão de
Krakatoa, em 1883 e a sua chegada que, guardada a intensidade e o tamanho de
nossa querida Livinha, também transformou todo e todos às sua volta.
Essa
é uma lição... uma grande lição: o passado de toda a humanidade, até nossos
dias (e o dia de sua chegada) sempre nos deixam lições e não podemos, não
devemos nunca abdicar delas. Não concordemos, até... mas nunca deixemos de escuta-la.
Nesse
dia, 27 de agosto, que também nos levou D. Helder Câmara (com a qual te
saudamos no início de nossa conversa), nos presenteou com um Filósofo e
Pensador que viveu antes do primeiro socialista da história da humanidade
(Jesus Cristo), Confúcio e com a qual te saudamos nesse final de conversa:
Pode-se
induzir o povo a seguir uma causa, mas não a compreendê-la.
Nada
mais significativo na nossa constante aprendizagem de Lutadores e Lutadoras do
Povo.
Chega Nina Flor, nossa
mais nova Pequena Lutadora do Povo, filha, talvez, não apenas de Livia, mas
filha de todos nós que sempre olhamos para o futuro, olhando para o presente e,
por isso, nos fazemos todos/as, Lutadores do Povo de todos os dias e de seus
filhos e filhas.
Vida Longa à Nina Flor!
Venham Todos!
Venham Todas!
Vida
Longa!
Marcelo
“Russo” Ferreira
Eu também ansiava a chegada da Nina Flor porque trabalhei com a Lívia na Educação Especial de Belém e tenho por ela um carinho imenso de uma quase afilhada pelos seus conselhos e companheirismo sempre maravilhosos.
ResponderExcluirE também ansiava pelo pai da Nina, o Rubens, com quem tenho uma relação de mestre-aprendiz-amiga muito forte: ele foi meu primeiro professor de Libras, depois também trabalhamos juntos na Educação Especial e me deu grande força e oportunidade para enveredar pelos caminhos da interpretação da Língua de Sinais. Acompanhei de perto algumas mudanças na vida dele, como só uma amiga é capaz de acompanhar, e estava também mui ansiosa pela chegada da Nina.
Lamento muito, por estar distante, ainda não poder ter dado um cheirinho gostoso naquelas bochechas, nem um abraço fraterno nos dois. Mas não gosto de lamentar, gosto de seguir fazendo o que me cabe: rezando e vibrando de felicidade pelos três, aqui, ali ou acolá.
Vida longa à Nina!
Salve, Salve, queridíssima Silvany...
ResponderExcluirE se o mundo é pequeno, imagina nosso picadeiro e nossa pequena lona de circo furada, hein?
Já é a primeira transformação que Nina Flor provoca à sua volta: pessoas que se descobrem que se conhecem mais do que sabiam...
Vida Nina Flor.
E Viva ao Rubens, o pai de Nina Flor... Esse andarilho não conhecia-o e, como uma grande transformação (em um mundo pequeno) conheceu-o e, assim, saúda-o, por essa chegada!
Vida Longa a Nina Flor!
Vida Longa ao Mundo Pequeno!
Vida Longa!
Que seja muito, muito bem vinda ao mundo está linda flor.
ResponderExcluirVontade grande, imensa de ir a Belém para pega-la no colo, para ver a bela flor-mamãe.
Bjs
Olá, nossa (nossa mesmo) querida artista Suellen.
ResponderExcluirNós sabíamos que neste espetáculo tu não deixarias de se fazer presente.
Faça como nossos mágicos lutadores do povo fazem: feche os olhos, olhe Livinha e Nina Flor, sorria, sinta o sorriso delas, abrace-as e cante sua canção de ninar-Nina preferida...
E se deleite...
Vida Longa
Abreijos
Há braços!
É maninho, o que torna a vida mais cheia de sentido é saber que podemos criar coisas tão lindas como nossos filhos! É saber que o amor existe nos amigos, seus filhos, nossos filhos! Bem vinda Nina Flor, tua chegada é mais um motivo para continuarmos na luta por um mundo melhor! Parabéns Marcelo por mais esta demonstração de amor! Bjs
ResponderExcluirSalve, Salve, nossa querida artista, Lutadora do Povo, mãe, amiga, guerreira e companheira Zaira...
ResponderExcluirNOssos aprendizados de Lutadores e Lutadoras do Povo é, também - e sempre - um aprendizado do real sentido do amor: amor artista, amor Lutador, amor companheiro, como bem dizia o Comandante Che.
Vida Longa!
Abraços
Há braços!
Querido Marcelo,
ResponderExcluirPassei alguns dias para registrar aqui as imagens que construi enquanto lia este presente que tem tudo de critico e de universal e de mimoso e de amoroso, para aquela que agora e' a minha maior-melhor criaçao: Nina Flor.
Ainda assim, nao posso traduzir as imagens em palavras, te digo que foi como um toque no rosto ou melhor, um olhar profundo teu e dela. Essa e' uma das coisas que mais me emociona ultimamente olh'a-la ou vê-la olhar nos olhos...
Estou agradecida, por guardarmos co cuidado e respeito nossa amizade, a despeito de nao nos vermos a tempos, existe uma calor que nos junta a ponto de recoheceres a importancia deste momento para nos,eu e Rubens e, como disse Zaira, e creio nisso com profundidade, o que acontece aqui, reverbera ai, la' em cada um de nossos amigos, pelo amor que nos uni.
Obrigada a sempre carinho da minha afilhada Sil, amigas Su e Zaira, que tambem sabem do meu desejo de ser mae. E de uniao com um companheiro e fato companheiro. cheiros pra vcs, aguardando que, quando puderem, venham conhece-la!
ps. estou sem acentos!
Livinha, nossa querida artista.
ResponderExcluirSó mesmo Nina Flor para mostrar o quanto somos pequenos e próximos nesse imenso Universal, ao conhecermo-nos na amizade e proximidade com Sulvany, ao trazer para perto de nós nossa querida Su - lá do Planalto Central - para vermos as visitas de nossos artistas Lutadores e Lutadoras do Povo, Zaira e Tu.
O Rubens já é celebrado em nossa Lona Furada de Circo Revolucionário e, portanto, ingrediente a mais nas lições que aprendemos com todos/as os que nos visitaram para celebrar Nina Flor: amor e amizade que superam tempo e distância.
Viva Nina Flor!
Vida Longa a Livinha, Rubens e Nina Flor!
Abreijos
Há braços!