“Quer conhecer o homem,
dê poder a ele”
(Abraham
Lincoln)
O
problema de nossa democracia, representativa (e burguesa) é que sempre
delegamos a outros o poder de decidir sobre nós. E essa relação e bastante
complexa, porque são muitos mas muitos mesmo que delegam a poucos, poucos
mesmo, esse poder.
As
eleições são, portanto, a maneira de delegar a poucos o poder de decidir o que
teremos, enquanto qualidade de vida, políticas públicas, serviços públicos e
afins.
A
leitura que faço abaixo é local, mas não temos dúvida que se repete Brasil
afora. E acreditamos que é nessa leitura que, mesmo local, conseguiremos
provocar reflexões decisivas em nosso público... mesmo que seja um público
pequeno.
O Poder Econômico
estabelece, inquestionavelmente, a tônica decisiva de nossas eleições, sejam
municipais, sejam estaduais sejam do Governo Federal. Esse Poder Econômico,
aliado a uma boa estratégia marqueteira, atua no sentido de dizer quem é bom e
quem não é, nos pleitos eleitorais.
Até aí,
em se mantendo um debate democrático (inclusive na perspectiva de denunciar
essa relação entre Poder Econômico e “Marqueting”), podemos seguir, debatendo
idéias, concepção de Cidade, de qualidade de vida, de coletividade.
Mas
quando o Poder Econômico começa a atuar numa postura de Força Econômica (como
se fosse possível isso não acontecer), realmente nos preocupamos, como bons
aprendizes de Lutadores e Lutadoras do Povo que ousamos ser.
Quando
um governador afirma: “Com Fulano na Prefeitura, eu faço o Hospital, a Estrada,
a Escola”, a Força Econômica e seu parceiro Força Política estão avisando: se
não elegerem ele, não tem Hospital, Estrada ou Escola. É o Poder Econômico à
vontade para chantagear todo um povo.
Quando a
Imprensa (que sempre terá seus candidatos prioritários) estabelece uma
estratégia de “pesquisa e intenção de votos” com algumas informações estranhas
(candidato ainda pouco conhecido com enorme rejeição?!?!?! Péra aí!),
favorecendo Ciclano, como candidato quase imbatível, comprando os jornais do município
para distribuí-los gratuitamente à população, isso é mais do que chantagem. É o
Poder Econômico se sentindo à vontade para amedrontar o povo.
E quando
há o reconhecimento, por parte de Fulano e Ciclano, de que há um terceiro candidato
sem poder econômico à altura (talvez nem o queira), com poucas inserções na TV
e com pouco tempo no horário político? E se estabelece o velho chavão “Ele é
bom, mas não tem chance! Então, volta daquele que tem chance” – e com o
reconhecimento do Poder Econômico da campanha. É esse Poder Econômico dizendo
que só podemos votar em quem tem muito dinheiro (privado e até desviado de
recursos públicos) na campanha? Ameaça maior ainda ao nosso direito de escolher
o que entendemos ser o melhor, não o mais poderoso economicamente.
E quando
os comícios fazem “Concurso de Treme-treme” para colocar em seus programas
eleitorais?
E os
bandeiraços com homens, mulheres, idosos, jovens e até menores de idade nas
esquinas, praças, avenidas? Apenas segurando, sem qualquer ânimo (mas pensando
no din-din que ganhará no final do dia por esse trabalho... serviço...
atividade sem qualquer sentido)?
E os
inúmeros carros, com caixas de som, tocando insistentemente suas vinhetas,
músicas (embaladas nos sucessos – eca! – das novelas globais), narradores
gritando pelos seus candidatos?
E a
ameaça à expressão da verdade, dos acontecimentos inclusive públicos, de
gestões anteriores? “Manda avisar que está falando demais!”
Aqui,
onde está nosso bom e velho Universal Circo Crítico, é assim... E não nos
curvamos.
Não
curvem-se também, público e artistas Brasil afora!
Venham
Todos!
Venham
Todas!
Aqui, já
decidimos! O Universal Circo Crítico vota Rubenixson para Prefeito de
Castanhal, nº 50!
Vida Longa!
Marcelo
“Russo” Ferreira
PS.: Aqui, apenas usamos "Fulano" e "Ciclano" para darmos o tom nacional que defendemos desde o início deste tema. Mas, em Castanhal, Fulano é Márcio Mirando e Ciclano é Paulo Titan.
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira