Em algum
canto do mundo, em dias de hoje, para algum tempo da história.
Me
mandaron uma carta
Por el
correo temprano
Y em esa
carta me dicen
Que cayó
preso mi Hermano
Y sin
lástima com grilos
Por la
calle lo arrastraron, si...
(...)
Por
suerte tengo guitarra
Para
llorar mi dolor
También tengo
nueve Hermanos
Fuera
del que se engrilló
Los
nueve son comunistas
Com el
favor de mi Dios, si
(La
carta – Violeta Parra)
Prezad@ camarada.
Saudações
Espero
que esta carta @ encontre seguindo os caminhos caminhantes. Afinal, como diria
Joan Manuel Serrat, o caminho se faz ao caminhar.
Muito
bom poder escrever essa carta a ti, pois significa que este caminho caminhado
foi realizado com partilha e acolhimento e sempre com a expectativa de revê-l@
em tempos adiantes.
Numa
carta, falamos do dia-a-dia. Algo como “[...] aqui na terra tão jogando
futebol, tem muito samba, muito choro e rock’n’roll. Uns dias chove, noutros
dias bate sol. Mas o que eu quero é te dizer...” (Salve Chico e Hime).
Os
tempos, por aqui, são difíceis... E uso “são”, não “estão”, porque o combate,
em que pese sendo feito, ainda não conseguiram de fato mudar as estruturas de
desumanização da humanidade que se instalaram em nosso país. Estão difíceis não
apenas pelo “Presidente de direito” que temos (o eleito, a ignorância humana
com faixa presidencial), mas principalmente pelo presidente “de fato” (vulgo “posto
Ypiranga”) que vem conduzindo e ratificando todas as decisões neste país, à
esteira do que veio conduzindo o capacho-do-capital que o antecedeu.
A
verdade é que ele está não apenas desenhando, mas estruturando o futuro deste
país e precisamos, de fato, retomar o futuro para nossas mãos.
Isso
também te faz sentido?
Mas (e
por este entender) continuo tomado por uma clara expressão e prática de humanidade
humanizando-se e humanizando-me e, portanto, as condições, fatos e
principalmente atos (a nossa prática como critério de verdade) é o que definem o
nosso horizonte.
E, por
mais redundante que lhe possa parecer, o horizonte necessário que vislumbro é o
de humanidade.
E assim,
meu/minha camarada querid@, é o que gostaria de, nesta carta, presenteá-l@. E
nesta, enquanto síntese de minhas palavras e sonhos, quero estabelecer o meu
mais profundo exercício humano e comunista (porque humano) que constrói e
sedimenta meus caminhos como homem, professor, militante, “tocador de viola” e
construtor de humanidades outras... Porque a ousadia é o que dá sentido à vida
e ouso construir humanidades.
Nesta,
quero mais do que plantar, semear, às vezes podar, outras tantas regar e por
outras observar, e no seu conjunto consequente colher e saborear os frutos,
quero, por tudo isso, ver a semente sempre forte, viva e completa.
Neste presente,
quero expressar meu testemunho e coração e dizer-te que estamos do lado certo.
O lado que nos fazem “bons” e não precisamos dizer o que fazemos para termos
essa certeza. E justamente por não dizermos – apenas fazermos –, assim o somos.
É nesta
carta, em tempos de celebrações que aglutinam tantos adjetivos, muitos
contraditórios, quero simplesmente desejarmo-nos Feliz Humanidade!
Que ela
nos guie, nas celebrações e nas lutas!
Que ela
nos alimente, nossos corações e dos outros!
Que ela
nos sensibilize, inclusive nossas intolerâncias e impaciências.
Que ela,
enfim, cumpra com sua própria humanidade e nos humanize!
Abraço a
tod@s que estão aí, à sua volta!
E meu
abraço forte, fraterno e edificador!
Vida
Longa!
Seu...
Marcelo Russo
PS.: Nossos artistas deste picadeiro de terra batida e lona furada estão bem, e arrumando suas artes e artimanhas... é a saudade de ver o Universal Circo Crítico novamente atuante. O Mágico das Lutas Trabalhadoras, os Equilibristas da Paciência, a Bailarina da Alegria Arrancada do Futuro, nossos palhaços da Esperança (singularmente o Strovézio), os/as Malabaristas da Utopia, os Motociclistas da Roda da Vida e o Homem Mais Fortemente Apaixonado pela Humanidade do Mundo
PS.: Nossos artistas deste picadeiro de terra batida e lona furada estão bem, e arrumando suas artes e artimanhas... é a saudade de ver o Universal Circo Crítico novamente atuante. O Mágico das Lutas Trabalhadoras, os Equilibristas da Paciência, a Bailarina da Alegria Arrancada do Futuro, nossos palhaços da Esperança (singularmente o Strovézio), os/as Malabaristas da Utopia, os Motociclistas da Roda da Vida e o Homem Mais Fortemente Apaixonado pela Humanidade do Mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira