“Cada
vez que se comete
um ato de violência
que
coloca em risco a integridade
de um
grupo social indígena,
se
esfacela sua cultura,
seu modo
de vida,
suas
possibilidades de expressão”
(Fernanda Sanchez –
Professora e Pesquisadora
da UFF)
A
sensação é a de que já sabíamos.
Por
mais que tenhamos, na história recente da humanidade, jovens, educadores,
pesquisadores, militantes os mais diversos, artistas e tantos outros VENCENDO
(hasta La Victória!) a luta contra seu opressor, que, invariavelmente, se
utiliza do aparato bélico – travestido de Segurança Pública (sic!) – para
defender interesses privados, nós ainda vemos o opressor vencer mais.
Vimos
o povo boliviano em Cochabamba vencer a luta contra a privatização da Água,
entre 1999 e 2000. Nossa imprensa medíocre informava que era apenas uma
manifestação contra o aumento das taxas quando, na verdade, era para
reestatizar um serviço – então privatizado – que ameaçava de prisão pessoas que
colocassem baldes nos quintais de casa para pegar água da chuva.
Vimos o povo às ruas em 2002, na Venezuela,
quando a Imprensa Privada daquele país (que, à época, correspondia a 98% da
imprensa venezuelana), com apoio dos EUA deu o golpe de Estado em Hugo Chavez e
teve que assistir, em silêncio e constrangida, o povo e as Forças Armadas
reconduzirem seu presidente ao seu devido lugar.
Vimos jovens estudantes às ruas no Chile
(Revolução dos Pinguins, iniciada em 2006 e que voltava com força em 2011),
contra o aprofundamento da já aprofundada presença do capital na educação
básica daquele país que, mesmo depois da “redemocratização” e fim (?) da era
Pinochet, ainda proibia constitucionalmente que professores tivessem um
sindicato.
Vimos os Índios Guarani-Kaiowás, em 2011,
enfrentarem a justiça branca, urbana, ”ocidental-civilizatória”, latifundiária
brasileira e, portanto, os fazendeiros do Mato Grosso do Sul. Muitos mudaram
seus “sobrenomes” no facebook (eu não consegui), mas, no início, chamamos de
genocídio o que era, na verdade, um “lutaremos até morrer! E o faremos em
nossas terras!”.
Egito, Tunísia, Portugal, Espanha, Grécia...
jovens, trabalhadores, educadores, militantes sociais às ruas. “Não podemos
ceder! Se cedermos, morremos”.
Algumas dessas e outras histórias tiverem
desfechos vitoriosos na sua continuidade. A maioria não.
Mas, a sensação é que lutaram. Numerosamente
lutaram! E se a morte fizer parte da luta, que ela venham. “Não temos medo!”...
“Não tenho tempo para ter medo” diria Marighela.
Nosso Circo, nossos artistas, nosso
Picadeiro... Temos muitos Lutadores e Lutadoras do Povo por aqui, mais até que
este apresentador aprendiz!
- Nós rimos e lutamos! (os palhaços)
E sempre lutarão...
Venceu
a FIFA. Venceu CBF. Venceu a Imprensa Escrota deste país! A mesma jornalista da
Globo que mentiu em suas matérias escancaradamente sobre outras tentativas de
“reintegração de posse” e sobre a Aldeia Maracanã cobriu, em tempo real, a
desocupação! A remoção! O Estado defendendo, militarmente, o capital! Venceu o
Capital????
Por que não mais as palavras de
ordem?
Por que não mais as lutas nas ruas?
“Queremos mais, queremos o impossível!”
Por que não mais o enfrentamento da
ditadura do capital até as últimas conseqüências? Até as últimas
conseqüências!!!
Por que não mais as canções de
Lutadores do Povo?
“Vem, vamos embora,
que esperar não é saber!
Quem sabe faz a hora,
não espera acontecer”.
A Aldeia Maracanã a, evidentemente, teve
representada uma luta. Estavam lá, além das etnias indígenas ali presentes
(cercadas desde as 3:00 da madrugada de sexta para sábado, por gases
lacrimogêneos, gás de pimenta, bombas de efeito moral... nas mãos do estado),
estudantes, jornalistas sérios, militantes, professores, comitês populares
(inclusive da Copa) e organizações de defesa dos Direitos Humanos. O povo de
fato, não a elite beneficiada em qualquer tempo.
Venham Todos!
Venham Todas!
Precisamos estar presentes!
Vida Longa à Aldeia Maracanã!
Vida Longa!
Marcelo “Russo” Ferreira
Querido Marcelo,
ResponderExcluirAo ler seu "Da arquibancada: viva o Maracanã!" não pude deixar de lembrar de DE "V INTERNACIONAL"
Eu
à poesia
só permito uma forma:
concisão,
precisão das fórmulas
matemáticas.
Às parlengas poéticas estou acostumado,
eu ainda falo versos e não fatos.
Porém
se eu falo
"A"
este "a"
é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
Se eu falo
"B"
é uma nova bomba na batalha do homem.(tradução: Augusto de Campos.
Vida longa para seu espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante! que, como a poesia de Maiakóvisk diz nos alimenta o olhar para uma visão crítica do cotidiano que tentam permanentemente banalizá-lo, assim cada letra dos seus escritos acabam por funcionar como "uma trombeta-alarma para a Humanidade".
Com ternura!
Lu
Olá, Lucília, querida camarada!
ResponderExcluirSaudações Circenses!
AS palavras de Maiakóvsky honram nossa Lona de Circo Furada e nosso picadeiro de chão batido!
Agradecemos sua bela homenagem!
Vida Longa!
Abreijos
Ha braços!