RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Dia do/a Professor/a


"Se não morre

aquele que escreve

um livro e planta uma árvore,

com mais razão

não morre o educador

que semeia vida

e escreve na alma"

(Bertolt Brecht)

            Não é apenas por reconhecer que nenhum lugar do mundo faz sentido sem a docência, sem o ato educativo, sem o processo de ensinar e aprender, sem a formação sistematizada (seja lá qual forma for estabelecida essa sistematização).

            Não é apenas por uma conveniência de data (o 15 de outubro), já consagrada e oficialmente estabelecida no imaginário celebrativo brasileiro.

            Não é apenas por expressar chavões como “todo profissional, todo político, toda pessoa humana precisou de um professor”

            Não é por nada disso e por uma outra tuia de “não é apenas por...”



            Ser, fazer, viver, resistir a/na docência, esse ato que traduz o que significa a palavra-sujeito “professor”, em tempos atuais tem sido ato de luta.

            Lutamos para mostrar à sociedade que a Universidade Pública não é inimiga do país...

            Lutamos para mostrar à sociedade que o/a professor/a não é inimiga da família...

            Lutamos para sermos professores/as cada vez melhores, presencialmente...

            Lutamos para mostrar que não somos “prof pop, prof agro, prof tech e prof aquilo-outro” só porque estamos no Youtube, no Instagram, no “Zapzap” e afins...

            Lutamos para mostrar que o mundo precisa sobreviver à destruição que o Capital está proporcionando ao mundo e à humanidade.

            Lutamos para provar que não há neutralidade no ato pedagógico... mas que também não há intolerância ao diferente...

E fazemos da luta nosso ato pedagógico.



            Sou professor... e como a absoluta maioria de meus colegas de categoria, banco, invisto, pago do meu salário os materiais de meu trabalho.

            Sou professor e tenho posição política, pedagógica, científica ante ao que vivemos... mas mais ainda diante do que necessitamos (re)construir.

            O que me faz ser professor é ainda acreditar (por mais que às vezes seja empurrado a desistir) no horizonte de humanidade que persigo. Porque ela, a humanidade, é necessária.

            Sou professor!

– Ei, Russo (Strovézio)...

– Diz aí, meu palhaço revoluça!

– Bota aí uma fotinha de seu “quadro branco” em tempos de aula remota, bota?

– Lá vai!

 

Primeira aula "remota-síncrona" de uma turma de Metodologia Científica

Venham Todos!

Venham Todas!

Viva o 15 de outubro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira