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sábado, 16 de julho de 2016

Sonhos não voam...

... Jovens não voam...
 
http://vovomoina.blogspot.com
Voar, voar / Subir, subir
 Ir por onde for /
 Descer até o céu cair /
 Ou mudar de cor /
 Anjos de gás /
 Asas de ilusão /
 E um sonho audaz /
 Feito um balão...”
 (Sonho de Ícaro / Biafra)

Parece que os caminhos que seguimos “em nome da humanidade”, a cada dia que passa, deixa rastros e caminhos à frente cada vez mais... desesperançadores...
Muito temos assistido pelas redes e a imprensa sobre os atos terroristas na Europa, Golpes (com tanques ou com a “legalidade constitucional”) a estados eleitos democraticamente (democracia burguesa, mas...), torcidas que choram, torcidas que celebram.
Ok... é verdade... um mundo com mais de 7 bilhões de habitantes, não deve ser nada fácil à nossa imprensa, selecionar o que vai e o que não vai ser notícia.
Mas, este picadeiro de terra batida e lona furada de circo, definitivamente, não acredita em meras coincidências. Afinal, vivemos tempos de legislativos em franco avanço reacionário (de municipais ao Congresso Nacional) de tal ordem que sentenciam os debates de gênero à morte e, ao mesmo tempo, golpeiam às famílias um estatuto conservador-religioso (Estatuto da Família).
Assim, quando assistimos às notícias de “fulano/a, homossexual, apanhou até a morte”, colocamos em tal estado de “natural”, que não percebemos o quão profundo e sem volta é o buraco o qual estamos nos metendo.

Pois bom... ou, talvez soasse melhor “pois mal”...

Saulo de Assis Lima. Um jovem de 23 anos, de Porto Velho/Rondônia, se joga de uma torre de telefonia... Ele era homossexual, sua família deu-lhe às costas (em princípio, por questões também de ordem religiosa) e o mundo parecia tornar-se pequeno para ele.
Ao assistir à cena, nossos artistas deste humilde picadeiro se perguntam:

– Mas, ele era tão jovem... Por que não voou?
 
http://manicomunicacao.blogspot.com

Homens não voam, diria a biologia.
Jovens não voam, diriam os experientes.
Sonhos não voam, diriam os realistas.
Talvez, tentasse Saulo voar... mesmo após várias horas angustiantes no alto de uma torre de telefonia e, portanto, já bastante cansado.
Caiu o corpo, seus sentimentos e sua história.
E ao cair, parece-me que o que voa cada vez mais para longe de nós a nossa humanidade.
Não conhecíamos Saulo... Mas nada nos tira a certeza de que ele voava dentro de si, de seus sonhos, de seus amores e de suas alegrias.
“Do alto Coração /
 Mais alto Coração...”

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Venham Todas!

Cena do Filme: Sonho de Liberdade

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Marcelo "Russo" Ferreira