RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Circo chora... a luta continua...


Da Página do MST em 8 de setembro de 2010

           "A direção estadual do MST no Pará denuncia ação de grupo armado do fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB), que terminou com o assassinato do trabalhador Sem Terra José Valmeristo Soares, na sexta-feira (3/9).
Abaixo, leia a nota.








          O Movimento dos Trabalhadores Ruarais Sem Terra (MST) vem por meio deste denunciar:
          1- A ação de milícia armada do fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB) - que renunciou ao mandato para fugir da cassação por envolvimento na Máfia das Sanguessugas - resultarou na morte do trabalhador rural e militante do MST José Valmeristo Soares, conhecido como Caribé.
          Por volta de 9h da manhã, dois trabalhadores rurais João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo (o Caribé) se dirigiam a cidade de Santa Luzia do Pará, quando foram abordados por um grupo de três pistoleiro armados no ramal do Pitoró, que os obrigaram a entrar em um carro, onde foram espancados e torturados.
          Após seção de torturas, foram obrigados a descer no Ramal do Cacual, próximo à cidade de Bragança. João Batista Galdino conseguiu escapar para a mata e ouviu sete disparos.
          2- Chegando à cidade de Santa Luzia João Batista denunciou à polícia, que afirmou não poder ir ao local por ser noite e dificilmente achariam o corpo. A direção do MST denunciou à Secretaria de Segurança Pública do Pará, por meio de Eduardo Ciso, que afirmou mandar um grupo de policiais ao local e que conversaria com o delegado para tomar providências. Nada foi feito e por volta de 10h da manhã de sábado, os trabalhadores rurais encontraram o corpo de José Valmeristo Soares.
          3- Os trabalhadores Rurais Sem Terra estão acampados às proximidades da Fazenda Cambará e a reivindicam para criar um assentamento de Reforma Agrária. A Fazenda Cambará faz parte de uma gleba federal chamada Pau de Remo e possui 6.886 hectares de terras públicas.
          O fazendeiro e ex-deputado federal Josué Bengstson possui 1.800 hectares com títulos. A Promotora de Justiça Ana Maria Magalhães já denunciou varias vezes que se trata de terras públicas. Os trabalhadores já haviam denunciado na ouvidoria agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, Delegacia Regional do MDA, Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Pará e Secretaria de Segurança Pública do Pará as várias ameaças de morte sofridas do jagunços e da própria polícia de Santa Luzia e Capitão Poço, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.
          4- Denunciamos ao conjunto da sociedade brasileira mais esse vergonhoso ato de omissão e conluio da Polícia do Pará com os fazendeiros do Estado, bem como a incompetência da Secretaria de Segurança Pública do Pará e do Governo do Estado em resolver as graves violações dos direitos humanos no campo, que fazem o Estado do Pará atingir o triste posto de campeão nacional de violência no campo. Denunciamos também a inoperância do Incra, bem como o Programa Terra Legal do Governo Federal que não tem resolvido os problemas fundiários mesmo aqueles que chegam ao conhecimento público.
          6- Exigimos a prisão imediata dos pistoleiros que assassinaram o trabalhador José Valmeristo Soares, bem como dos mandantes Josué Bengstson e seu filho Marcos Bengstson.
          7- Exigimos também a desapropriação imediata da fazenda Cambará para o assentamento imediato das famílias acampadas no acampamento Quintino Lira.

Belém, 04 de setembro de 2010

Direção Estadual do MST – Pará"

Vida Longa à Luta dos Trabalhadores do Mundo!
À Luta dos Trabalhadores do Campo!
À Luta dos Trabalhadores da Cidade!

O Universal Circo Crítico presta sua homenagem a Josá Valmeristo Soares - o Caribé!

Venham Todos!
Venham Todas!

Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira

3 comentários:

  1. OLá Marcelo...
    A sua escrita me lembrou do que eu ouvi estes dias da minha mãe...Eu disse a ela que tinha muita vontade de conhecer um assentamento, saber como ele funciona etc.Ela me deu um"pito" rss.Desde quando eu era criança escuto as pessoas dizerem coisas sobre o movimento dos sem terra, porém nunca nenhuma delas sabe realmente como funciona um, sabe apenas aquilo que a mídia divulga, de forma deturpada é claro. Já que ela serve aos interesses do grande latifúndio...O que aconteceu nos mostra claramente, pela omisão das autoridades locais, que a própria polícia e as autoridades daquí do Pará tbm são coniventes com isso. É a população se quer se manifesta com medo da "ameaça vermelha"!É esse o pensamento da minha mãe e de milhares de pessoas que,por ignorância,desconhece a lutas dos movimentos sociais no Brasil...
    Há braços...
    A luta deve mesmo continuar!

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  2. Oi,Pat...
    Eu conheço, de certa maneira organicamente, mas mais na militância, o MST a 15 anos e sempre que vejo o noticiário sobre o Movimento, entristeço-me pelo descaramento e, mais ainda, por ver que nossos amigos, alunos, colegas de trabalho e até família, próximos de nós, aceitam este noticiário como verdade absoluta. PRecisamos reforçar a verdade, pois esta é revolucionária.
    Vida Longa!
    abreijos
    Há braços!

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  3. Muito triste, isso precsia ser transformado no Brasil: a elite se acha no direito de tirar vidas desde que chegaram os portugueses.
    Toda injustiça é dolorida.
    Força para curar as feridas e continuar na luta.

    Mvbjs
    Camila

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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira