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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Deu na Carta Capital... Anos de Chumbo...

"A semana
No Chile não tem conversa: a história manda prender torturadores.
No Brasil, uma parcela minoritária das Forças Armadas e da opinião pública consegue, de tempos em tempos, o menor indício de avivamento do debate em torno da responsabilização legal dos envolvidos nas torturas, desaparições e assassinatos cometidos por representantes do Estado, durante a ditadura que vigorou no País entre 1964 e 1985. No Chile, a história se desenrola de outra maneira.
Na quarta-feira 2, a Justiça chilena expediu a ordem de prisão de 131 ex-militares e policiais envolvidos em ilegalidades de natureza semelhante, na maior ofensiva até aqui registrada contra aqueles que participaram da repressão promovida pelo regime do general Pinochet. No total, aproximadamente 500 ex-militares são objeto de investigação e poderão ter o mesmo destino dos 131.
Algumas dessas violações aos direitos humanos foram cometidas em casos envolvendo a colaboração dos regimes de exceção que vigoraram, na década de 1970, em vários países da América do Sul, empreitada batizada por seus partícipes de Operação Condor. Como se sabe, a repressão chilena, a essa altura dispôs da decisiva colaboração de militares brasileiros para levar adiante os seus crimes."
(Carta Capital - nº 562 - 09 de setembro de 2009 - pg 24)

Vire e volta, o tema toma corpo.
O que é intrigante (e a matéria de Carta Capital é perfeita nessa análise – e nem é tão grande assim) é que ainda vivemos no mundo da parcela minoritária ditando o ritmo.
Não convence mais a idéia de que seria um perigo à soberania do país abrir os arquivos, colocar no banco dos réus os responsáveis pelas atrocidades cometidas contra muitos brasileiros e brasileiras nos anos de chumbo nada brandos da ditadura militar deste país. E devemos fazê-lo, inclusive, pelo bem da história do País, pela memória, pela soberania deste povo.
Como exemplo, basta verificarmos que nossa juventude hoje sequer consegue diferenciar o que foi o movimento “Diretas Já”de 1984 do que aconteceu em 1992, com os chamados (sempre desconfiei deste elogio da imprensa nativa, principalmente Veja, Folha, Isto É etc.) “Catas Pintadas”. Afinal, como a juventude engole Fernando Collor de Melo não apenas ser Senador, mas inclusive ocupar a Academia Alagoana de Letras?
Ainda temos muito o que registrar...
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Marcelo "Russo" Ferreira

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