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terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Universal Circo Crítico... Sonho...

Era o ano de 1989... Quase longínquo, quase 20 anos.

Naquele ano, precisamente em fins de 88 e início de 89, passei por cerca de 08 vestibulares. Cinco deles em faculdades particulares (passei em todas, algumas quase no topo) e três em universidades públicas (não passei em nenhuma, mas a história foi positiva, mesmo assim).

Optei por escutar os comentários sobre uma faculdade em São Caetano do Sul (ABC Paulista), que estava adequando o currículo para uma formação mais ampliada, atualizada e coisa e tal. Era, inclusive, longe de casa: ônibus (quando não a pé), Metrô, trem e ônibus (quando, também não, a pé).

Nesta, conheci uma pessoa que, nos ano e meio seguinte, passou a ser minha namorada, talvez a primeira de fato. Dela, lembro realmente muitas coisas: dançava muitíssimo bem, já era professora de ballet e jazz e já era dona de academia, morava um pouco mais longe do que a faculdade e tinha uma vida de classe média alta.

Foi uma grande relação, com seus altos e baixos. Como jovem que era, o final do relacionamento (já em 1990) me levou a, digamos, apagar e/ou me desfazer de todas as marcas que foram construídas entre e por nós dois. Quer dizer, quase todas.

Naquela época, mesmo com os ainda limites técnicos com o violão e a guitarra (foi o período do Afã), já era mais criterioso, mais detalhista musicalmente, explorava mais as notas, mesmo quando eram mais simples. E, neste período, veio talvez a primeira verdadeira canção de amor, uma canção para alguém. É verdade que, na minha adolescência e pré-juventude, outras foram escritas, mas essa, significativamente, foi bem escrita: letra simples e, ao mesmo tempo, repleta de uma viagem visionária incrível (e lá está o palhaço), pois, além de tudo, representava experiências até então não vividas em um relacionamento.

A banda não chegou a experimentá-la (tínhamos outra canção amorosa, um dia a apresento), mas, lembro que em conversas com o baterista, o fantástico “Neil Peart brasileiro” Eduardo Marcelo Vidilli, a imaginávamos na banda, devido à sua acústica e melodia... uma bela balada que possuía uma incrível capacidade musical para se transformar num belo rock’n’roll. Ficou em minha memória.

Apresento, “Sonho”.

“Tenho um sonho / mil velas entrando no mar / Tem nas ondas um som / Vejo meus olhos em teus olhos / canta poemas / Não importa! / Não tem o que significar.
Se é que pode escorrer dos meus olhos / Se é que me saem da boca / palavras de amor / Deixe-a falar / Deixe contar aos teus ouvidos / Deixe falar a tua mudez / eterna nudez de paixão / Se sou um palhaço ou não / Dane-se! / Sou um palhaço...
Tem em meus olhos um palco montado/ onde vejo nossas mil velas entrando no mar./ Tem nas ondas um novo som./ Gemem como geme uma virgem./ Gemem como virgens de amor/ Deixe gritar!/ Deixe chegar ao infinito,/ um folhetim de Liberdade.
Sonha como sonha um palhaço.”



Venham todos! Venham todas!

Vida Longa!


Marcelo "Russo" Ferreira
Ps.: esta, como outras canções, estão registradas em cartório de ofícios...

Um comentário:

  1. Ficou com um ar de primeiro capítulo de novela...hihihi!

    Ahhh, olha o que eu achei "Nesh é um distrito da província de Uruzgan, no Afeganistão" no Wikipedia!!!!!!\o/
    Vou ve se acho a história desse lugar. E o "Lin" veio do nada mesmo...eu acho!
    uhhuhu
    Beijooos

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Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira