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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Escutei por aí... Dom La Nena...

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“Meu processo criativo
começa na rua.
Eu sou Criola”
(Criola... brasileira, grafiteria, feminista).



Faz alguns dias, em meio a estes tempos que insistem em ser tempestuosos (e, parece-nos, assim continuarão) que assisti ao curta abaixo. Infelizmente, não conseguimos baixar o vídeo.

https://vimeo.com/160036002Criola – Sesc Palladium.

Ainda não descobrimos Criola. Tem um coletivo no Rio de Janeiro, que é dirigido por mulheres negras, em defesa e luta pela promoção de direitos das mulheres negras.
Claro, não vamos negar que trata-se de uma luta mais do que justa, ainda que desigual, numa sociedade hierarquicamente branca e machista (pra ficar só no branca e machista) e com um nível de fascismos e expressões de toda ordem preconceituosa se espalhando Brasil e mundo afora. Mas, ainda entendemos que a melhor luta é aquela que em no seu horizonte a emancipação humana e que as lutas por direitos numa sociedade de classes é, portanto, tático. Não é pouco.
Mas, ao assistir a arte de Criola, neste vídeo, nós sempre temos uma tendência a “observar” o que está musicado. E, um pouco antes da segunda metade do curta, começamos a escutar uma canção gostosa, batucada, daquelas que qualquer caixinha de fósforo nas mãos rapidamente vira instrumento de percussão.

“Na minha pele, minha cor.
No meu sorriso nasce flor.
Minha alma está no teu tambor.
Ao longe vibro ao teu fervor.
Batuque brasileiro, na roda tem pandeiro
Bate meu coração no ritmo da canção”

Nos créditos desta canção: Dom La Nena...



E eis que vou buscar esta “novidade” que já tem estrada sólida na música mundial. Coisas que só a nossa idiotizante indústria musical proporciona: artistas fantásticos, reconhecidos, com um trabalho incrível... e anônimos ao grande público.
Dom La Nena, nome artístico da jovem Dominique Pinto, 26 anos. Uma gaúcha fora do país com um violoncelo, uma voz de menina e canções simples.
– Traduz “canções simples”, Russo (Strovézio).
– É simples, Strovézio... são canções completas, com letras com conteúdo. Mesmo o conteúdo mais simples como “La Lena Soy yo” (ou, La Lena sou eu).
– Aaaaaahhhhh...!!!! Então não estamos falando dos refrões vazios que viram hits por essas e outras terras, certo?
– Certíssimo...
Aliás, é meio por isso que começamos esta viagem que NÃO É CRÍTICA MUSICAL. É apenas dividir com nosso pequeno mas estimado público, neste picadeiro de terra batida e lona furada de circo coisas que “escutei por aí...”. E que achamos tão massa, que não queremos guardar em nosso HD para dizer “eu tenho, você não tem!”.
A Música, a cultura expressa nas melodias, notas, canções, cantorias não é patrimônio privado de seu-ninguém, ainda que tenhamos que conviver com coisas bem estranhas, como “Direitos Autorais” – que podem ser comprados e vendidos – e Ordem dos Músicos do Brasil.
Não sabemos se Dom La Nena aceitaria o convite pra vir tocar aqui em nosso picadeiro. Um espaço que meche com o tempo de nosso aprendizado de Lutadores do Povo.
Mas, o convite está lançado a ela.
Ao nosso público e nossos artistas, apresentamos Dom La Nena... Mais uma coisa bacanérrima que escutei por aí.

Dom La Nena... Ela e Danças Ocultas.



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