RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

sábado, 21 de maio de 2016

Os golpes após o Golpe nos golpes... A Comunicação Pública.




“A Imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas intelectuais, e idealiza suas formas brutas” (Karl Marx).


Este é um tema espinhoso...
Principalmente porque expressa um paradoxo: claro, defendemos a liberdade de Imprensa, e o fazemos (como a epígrafe expressa) por uma fundamentação explicitamente marxista. E a defesa da Liberdade de Imprensa se expressa, também, pela Liberdade de Expressão... que muitas vezes, por aí, nos assustam, como aquelas expressões referentes a “Volta da Ditadura Militar” ou “Bolsomito” e outras excrescências. E há piores.
Mas o elemento mais paradoxal (e, à bem da verdade, fundamento da expressão de Marx – que também era editor de Jornal) é que a luta pela Liberdade de Imprensa se dá, hoje mais ainda, porque temos uma Imprensa (e Mídia em geral) extremamente concentrada, no Brasil e no Mundo. E esta Imprensa também arroga-se o seu direito de “Liberdade”.
Ou seja, no final ao cabo, ao defendermos a Liberdade de Imprensa, os que mal ou pouco passam por este picadeiro de terra batida e lona furada já expressam seus gritos de (pseudo) indignação quando fazemos nossas ácidas críticas a Veja, Globo, Estadão e o escambal de meia dúzia de famílias que controlam 90% da mídia brasileira. Um algo superficial “Tá vendo? Mas critica a Globo! Fala mal da Veja!...”

– Mas vai falar bem destes aí como, Russo? (Strovézio).
– Nem por dó, né Strovézio?

Não era esta a manifestação de Marx. À bem da verdade, ele pode ser considerado um precursor da Imprensa Livre na história da humanidade, construindo uma imprensa vital para a organização proletária de seu tempo. E seu tempo tinha, no “berço” do capitalismo (a Inglaterra), um proletário analfabeto, inclusive entre aqueles que trabalhavam nas prensas de jornais e livros.
E por isso (também) Marx era um revolucionário. E a Imprensa hegemônica e burguesa de sua época expressão clara do que deixou, historicamente, de herança aos dias de hoje. Em síntese, onde não existe liberdade de imprensa, todas as demais liberdades são meras ilusões.
Ainda que aqui, nossa preocupação é com o que o governo interino michel temer está fazendo com a EBC (mais abaixo), bom lembrar nosso pequeno público: em 2015, jornalistas corriam mais perigo na Síria e no Iraque (com os conflitos bélicos encomendados por EUA e Europa – tá dando no que vemos na França, também entre os mais perigosos, com a conta do atentado ao jornal Charlie Hebdo) e no México (com um pesado conflito às voltas com o narcotráfico e o Estado). O Brasil terminou o ano em 5º lugar mais perigoso.
A imprensa tupiniquim se apressou em comentar a violência a jornalistas por estas terras, exemplificando-a com a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade, em 2014. E, nesta pressa, silenciou-se ante à violência do Estado (principalmente das Polícias Militares estaduais) contra jornalistas em exercício da profissão. 
Sobre isso, vai matéria da própria EBC – Agência Brasil.


Também se apressa, essa nossa imprensa de meia tigela, a apresentar como “exemplo de violência” os atos públicos em frente às emissoras (principalmente a Globo), ato bastante corriqueiro nas estranhas Jornadas de Julho, em 2013. Uma expressão, segundo a própria, da intolerância à liberdade de Imprensa.

Pois bom.
Se 2015 foi um ano que, por tantos outros motivos, não tivemos muito o que celebrar, 2016 – o ano em que o Brasil ratificou sua caricatura de “República de Bananas” – não deixa por menos. A violência contra jornalistas continua, e pelos mesmos agentes do Estado.
Mas a violência se amplia de maneira muito mais perigosa quando o Estado – na figura tosca de michel temer – desrespeita a Constituição, exonera o Presidente da EBC Brasil (que não é cargo de confiança do executivo), e a imprensa hegemônica hurguesa tupiniquim silencia.
De mais um ato fruto do golpe e de um governo de meia pataca (e com poder), talvez nem nos surpreenderíamos. Apenas acusamos as consequências. Mas da imprensa optar pelo silêncio cumpliciado contra os seus próprios, inclusive com clara expressão de ataque (mais um) à constituição?
A presidência da EBC, dentre outras características que a fazem pública e independente, tem mandato de 4 anos, e que não coincide com o mandato do/a presidente/a. O meia-pataca do temer, nomeando novo presidente, além de agir com o mesmo toma-lá-dá-cá político – que nossa imprensazinha de merda chama de “arrumação técnica e política” – o faz infligindo flagrantemente a Constituição e, pior ainda, cerrando a última trincheira de mídia televisiva independente deste país (porque a TV Cultura de São Paulo já foi para o espaço faz tempo).
Segue a matéria... dos tempos (não mais agora) de independência da EBC.
É assim...
Assistimos estes dias a forte organização do mundo artístico frente ao cerramento das portas do Ministério da Cultura (que virou pasta nas mãos do DEMo), da vã tentativa de colocar uma mulher à frente da nova secretaria (com a vampira da Marta Suplicy de agente de convocação... e só levou fora) e das ações que o segmento está fazendo Brasil e mundo afora (como no tapete vermelho – comunista? – de Cannes)



O temer, por temer não conseguir manter a decisão, voltou atrás.A coisa tá resolvida? O mesmo movimento que venceu este capítulo continuará avançando?
Já não basta uma imprensa golpista, manipulatória, comercial e de capital privado? Esta imprensa já não está sendo suficiente para os sabores e festança de uma das mais hipócritas manifestações públicas e estatais de combate a corrupção, com sua colaboração e cumplicidade? E que compõe o que temos de pior do lixo cultural que se fabrica por aqui?
Ainda querem acabar com o que temos de melhor e mais independente no Jornalismo televisivo brasileiro?
O que mais ainda vai acontecer?

– Será que vão bater na nossa porta, hein Russo?
– Porque bateriam, Strovézio? Somos tão pequenos... terra batida, lona furada, público restrito (porque somos poucos conhecidos)...?
– Justamente por sermos pequenos...
– Hummmm... faz sentido.
Da nossa parte, deixamos as lições de ousadia e alegria de jovens secundaristas de São Paulo que fazem a reportagem da Globo correr... Nada como testemunhar uma jornalista com medo de expor opinião... e a justificativa tosca (e mentirosa) de que está lá apenas para cobrir, com isenção e neutralidade, os fatos.


Nosso convite é para reforçarmos a defesa da Empresa Brasil de Telecomunicações, assinando o abaixo-assinado que segue.
ASSINEM!!!!!!!!!!



Se funcionou com o MinC, há lutas mais a lutar.

A Imagem vale para SBT, RECORD, BAND... os canais religiosos...

Venham Todos!
Venham Todas!


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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira