aquele que escreve
um livro e planta uma árvore,
com mais razão
não morre o educador
que semeia vida
e escreve na alma"
(Bertolt Brecht)
Não
é apenas por reconhecer que nenhum lugar do mundo faz sentido sem a docência,
sem o ato educativo, sem o processo de ensinar e aprender, sem a formação
sistematizada (seja lá qual forma for estabelecida essa sistematização).
Não
é apenas por uma conveniência de data (o 15 de outubro), já consagrada e
oficialmente estabelecida no imaginário celebrativo brasileiro.
Não
é apenas por expressar chavões como “todo profissional, todo político, toda
pessoa humana precisou de um professor”
Não
é por nada disso e por uma outra tuia de “não é apenas por...”
Ser,
fazer, viver, resistir a/na docência, esse ato que traduz o que significa a palavra-sujeito
“professor”, em tempos atuais tem sido ato de luta.
Lutamos
para mostrar à sociedade que a Universidade Pública não é inimiga do país...
Lutamos
para mostrar à sociedade que o/a professor/a não é inimiga da família...
Lutamos
para sermos professores/as cada vez melhores, presencialmente...
Lutamos
para mostrar que não somos “prof pop, prof agro, prof tech e prof aquilo-outro”
só porque estamos no Youtube, no Instagram, no “Zapzap” e afins...
Lutamos
para mostrar que o mundo precisa sobreviver à destruição que o Capital está
proporcionando ao mundo e à humanidade.
Lutamos
para provar que não há neutralidade no ato pedagógico... mas que também não há
intolerância ao diferente...
E fazemos da luta nosso ato pedagógico.
Sou
professor... e como a absoluta maioria de meus colegas de categoria, banco,
invisto, pago do meu salário os materiais de meu trabalho.
Sou
professor e tenho posição política, pedagógica, científica ante ao que vivemos...
mas mais ainda diante do que necessitamos (re)construir.
O
que me faz ser professor é ainda acreditar (por mais que às vezes seja
empurrado a desistir) no horizonte de humanidade que persigo. Porque ela, a
humanidade, é necessária.
Sou
professor!
– Ei, Russo (Strovézio)...
– Diz aí, meu palhaço revoluça!
– Bota aí uma fotinha de seu “quadro branco” em
tempos de aula remota, bota?
– Lá vai!
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Primeira aula "remota-síncrona" de uma turma de Metodologia Científica |
Venham Todos!
Venham Todas!
Viva o 15 de outubro!
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Marcelo "Russo" Ferreira