“O
conhecimento nos faz responsáveis”, dizia Che!
“Seria
uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma
de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças
sociais de maneira crítica”, afirmava Paulo Freire!
Darcy
Ribeiro disse uma vez: “Fracassei em tudo que tentei na vida. Tentei
alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não
consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o
Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas
vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu!”
Um
dos mais importantes educadores brasileiros da atualidade, Prof. Demerval
Saviani nos ensina que “o papel da escola não é o de mostrar a face visível da
lua, isto é, reiterar o cotidiano, mas mostrar a face oculta, ou seja, revelar
os aspectos essenciais das relações sociais que se ocultam sob os fenômenos que
se mostram à nossa percepção imediata”.
O
grande e intrépido revolucionário Leon Trotsky sentenciava: “expor aos
oprimidos a verdade sobre a situação é abrir-lhes o caminho da revolução”
E
Rosa? Nossa Rosa Luxemburgo? O que queria nos ensinar quando nos dizia que “quem
não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”?
Alguns
talvez aqui não conheçam Anísio Teixeira (ou nunca tenham entendido o que é o
INEP – o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira).
Mas, nestes tempos de atenção com a Educação Pública, ele afirmava já há
algumas décadas atrás que “só existirá democracia no Brasil no dia em que se
montar no país uma máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a escola
pública”.
Confúcio
(Mestre Kong), um filósofo chinês lá das bandas dos anos 500... antes de
Cristo, já dizia: “Se quiseres prever o futuro, estuda o passado”...
–
Dois mil e quinhentos anos depois, ele certamente diria assim: “Eu te disse,
não te disse?” (Palhaço)
–
Taí, gostei, Strovézio...
E
por aí vai. Uma tuia de gente na história falou ou fala alguma coisa sobre
educação... Até o idiota do “Olavão”...
Se
tem uma pessoa, um “personagem” da história que segue os séculos e sempre está presente,
é o professor e a professora. Em que pese A ProfessorA ser uma baita maioria.
E
hoje, então?
O
que não faltou foi expressões de carinho e reconhecimento sobre “Valeu! Fessor!”,
“Viva! Fessora!”... Fotos nas redes sociais, cumprimentos aqui e ali, nos
corredores da Universidade. Nos sites de notícia? Bom, não encontramos muita
coisa não...
–
A Política anda quente... (Palhaço)
–
E muito mal educada, Strovézio...
Celebramos,
então, 15 de outubro... Celebramos, mas estamos atentos ao que este dia NÃO
representa também...
Deem
um passeio no google. Coloquem “15 de outubro” e abram as imagens. O que
encontramos? Quadros com os dizeres “Dia do Professor”...
Bom,
arriscaria tranquilamente meus cachos em aposta: a maioria mais que absoluta de
nosso público teve, em sua vida escolar, mais ProfessorA, do que professor...
Mas,
nestes tempos e neste dia, em que é sempre possível, celebrar, também
celebramos.
Celebramos...
Os
e As Professores/as das Escolas Públicas estaduais do Paraná, do Pará, de São
Paulo, de Goiás, do Rio Grande do Sul que entraram nos noticiários nacionais de
2015 (não apenas) machucados, surrados, com marcas de bala-de-borracha no
corpo... E dos demais estados que este humilde picadeiro de terra batida esteja
desatento em lembrar.
Celebramos...
Os
a As Professores/as das Universidades Públicas Federais e algumas estaduais que
vem sofrendo com a precarização da carreira, das condições de trabalho, com os
cortes na Pesquisa & Desenvolvimento e ainda tem que suportar parte de seus
alunos com bandeiras individualistas de “Queremos aula”, porque estão preocupados com o Mercado de Trabalho.
–
Bandos de Idiotas, na acepção mais filosófica do termo (Palhaço)...
Celebramos...
Os e As Professores/as
que estão ameaçados com as Leis estapafúrdias de nosso Congresso Nacional, de “Escola
sem Partido” e “Lei contra o assédio ideológico”.
Celebramos...
Os e As Professores/as
que assistem o desmando da educação pública neste país, ainda que resistentes.
Um país que já fechou nos últimos 10 anos mais de 40 mil escolas do campo. QUA-REN-TA
MIL! Que em São Paulo tem um governo que A-NUN-CI-A que vai fechar escolas e
bota a polícia para reprimir os alunos, os que estão defendendo a escola
pública... E que a defendem de maneira firme, mas também muito expressivas.
Celebramos...
Os e As
Professores/as que lutam, todos os dias, dia após dia, por uma educação que verdadeiramente
transforme a vida de nossas crianças, de nossa juventude, de nossos adultos e
idosos que “perderam” seu outro tempo de estudar...
Celebramos
estes e muitos tantos que não sabemos, que não conhecemos, mas que lutam por e
como nós lutamos.
Como
Professor, agradeço aos abraços, pessoais e virtuais, recebidos... às ligeiras,
singelas e verdadeiras homenagens...
E que
possamos, neste e todos os dias, celebrar nossa capacidade de lutar e continuar
lutando...
Não é
este Picadeiro de terra batida e lona furada que trará, neste dia, as melhores
palavras para celebrar o Dia do Professor e da Professora. Nem queremos... Porque
educação não é constituída de meritocracia... Educação é constituída de sonhos,
solidariedade e transformação... E isso tudo não se faz sozinho!
Viva os Professores e Professoras, Lutadores e Lutadoras do Povo!
Venham
Todos!
Venham
Todas!
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O Universal Circo Crítico abre seu picadeiro e agradece tê-lo/a em nosso público.
Espero que aprecie o espetáculo, livre, popular, revolucionário, brincante...! E grato fico pelo seu comentário...
Ah! Não se esqueça de assinar, ok?
Vida Longa!
Marcelo "Russo" Ferreira