Ah, o lixo eleitoral...
É uma expressão interessante, pois
implica (aparentemente) numa só expressão, constatarmos o sujeito e predicado numa
só expressão.
Reconheço, é uma manifestação meio
idealista, sob o ponto de vista da crítica filosófica. Quando o predicado vira
sujeito, é a expressão clássica do idealismo, em que o produto vira produtor e
o produtor (por exemplo, o homem) o produto... Ou seja, Marx me puxaria a
orelha.
O lixo eleitoral, no caso, se aplica
aqui em duas vertentes:
A primeira, é a qualidade daqueles que
se apresentam, quer para o legislativo, quer para o executivo, neste período
eleitoral. E não estou dizendo que bons nomes precisam ter “formação superior”
ou serem “pessoa pública, empresário conhecido, líder religioso forte” que,
simbolicamente, apresentar-se-iam como nomes de qualidade... sérias... de
bem...
Não... há um conjunto de “aterros
sanitários” entre nomes desta expressão (alguns “políticos profissionais”
inclusive).
Falo do lixo eleitoral que, mesmo
representando determinadas categorias, sequer tem ideia do desafio, do compromisso
e do horizonte (executivo ou legislativo) que precisam cumprir. Veem essa vida
como “elevar ganhos” (inclusive com a possibilidade de implantar as
“rachadinhas”), patrimônio e até “estabilidade previdenciária” na vida... Não
se veem, caso eleitos, como “funcionários da cidade” e de seu povo... Mais
ainda, não se veem com a responsabilidade de pensar a vida geral das pessoas. Quando
muito, seus guetos eleitorais, transformando pessoas em eternas “agradecidas
pelo bem que fizeram no nosso bairro”... e só nele.
É um perfil de lixo, o típico “cândida-lixo”...
com fotos em santinhos, com “carreatas”, com “fogos” (que nunca respeitam
animais e pessoas que tem medo ou se incomodam com esses barulhos pseudo
celebrativos), com abraços (em tempos de pandemia????), com maior ou menor
propaganda eleitoral, sejam “os preferidos”, sejam “os laranjas” para cumprir
com coeficiente... É o lixo que faz da política essa tarefa filosófica, humana
e humanizadora o ato tão ou mais odiado por tanta gente.
Mas tem o outro lixo... o “lixo
predicado” que ajuda a revelar o “Lixo sujeito”. Algo como “o lixo do Lixo que
é “candidato-lixo”. E, mesmo na singeleza da invasão de nossas casas com
santinhos jogados em nossos quintais e garagens (pra não mencionar as ruas), revelam o Lixo.
Esses que jogam esses santinhos são
trabalhadores... aquele segmento que sai de casa, vendendo o almoço para
comprar o jantar. Que vai atrás do “cadin de real do dia”, para ir levando a
vida como podem. Até torcendo por seu candidato, na expectativa de um emprego
ou trabalho mais certo (lembrando, claro, do alto risco da rachadinha)... Que
andam debaixo do sol, por ruas e ruas e, nestas todas, as travessas e becos...
sol-a-sol, com uma única “ordem”: coloquem nossa propaganda nas casas.
Não são orientados ao desafio de parar e
conversar com as pessoas, em suas casas, para falar sobre seu candidato e suas
propostas... o que daria algum sentido (para além do dez-mil-réis/dia) para
esse jogar santinhos nos quintais.
Até porque, o Lixo não tem proposta... é
só blá-blá-blá de “pela saúde, educação, segurança pública” (quem em sã
consciência iria dizer “é contra a saúde pública, é contra a educação pública”?),
com pitadas hipócritas de “pela família e por Deus” (e dizem que é a esquerda a
hipócrita).
O Lixo coloca na mão de trabalhadores o
seu lixo.
Bom... por aqui, faço, pelo menos, a
denúncia dos “sujismundos” que por aqui já passaram...
Inclusive da atual gestão... saca a
contradição? É responsável pela limpeza urbana, mas suja a casa das pessoas?
Complicado, hein?
Este picadeiro de terra batida e lona
furada de circo... que anda, à bem da verdade, meio que em silêncio
ultimamente. Sentimento de nossos artistas nestes tempos apreensivos.
Esse picadeiro nunca se escondeu de suas
posições e nunca deixou de tornar público sua escolha e compromisso.
Votamos em Professores... comprometidos
com a educação pública, como direito! Comprometidos com os serviços públicos
como direito...
Aqui, este picadeiro, é Professor Alacid
para prefeito, e Professora Ilmara para Co-prefeita... Somos 50!, em Castanhal.
E somos Mandato Coletivo (50050), como
Rubenixson Farias, Marília Sena, Mônica Aleixo e Matheus Lohan para a Câmara de
Vereadores...
E, mais ainda... continuaremos com a
tarefa histórica de organizar a classe trabalhadora.
Porque eleição não faz revolução!
Venham Todos!
Venham Todas!