Da esquerda para a direita: Hércules, Kaia e Janis Joplin |
“Au au au / hi-hó hi-hó!
Miau miau miau / cócóricó!
O Animal é tão bacana,
mas
também não nenhum banana!
(...)
Mas
chega um dia... chega um dia.
Que o
bicho chia... o bicho chia...
Bota pra
quebrar, eu quero ver quem paga o pato.
Pois vai
ser um saco de gatos”
(Bicharada / Saltimbancos
Chico Buarque)
Certo
dia, lá pelas bandas de junho – ou seja, nos aproximando das festas juninas,
Fogueira, quadrilha e FOGOS – uma postagem de uma ONG me chamou a atenção. Era
a EcoDesenvolvimento.org e a foto de uma manifestação canina “Contra os Fogos
de Artifício!”.
Foto: EcoDesenvolvimento.org |
A foto
postada pela Entidade (uma Organização Educacional) só tinha cães. Mas, claro,
sabemos que outros animais também sofrem. Em casa, há quem tenha gato que
reclama (e os/as gatos/as também).
Ou,
há muitos que falam o quanto fogos e artifícios matam passarinhos... inclusive
em nossas praças, como por exemplo, no Círio de Nazaré, em Belém. Periquitos e
outros pássaros de vivem no Centro Arquitetônico de Belém morrem aos montes com
o “tradicional” espetáculo de encerramento da festividade, com queima de fogos.
Só para falar do lugar em que estou e acompanho de perto.
Foto: www.anda |
O
Universal Circo Crítico também tem seus companheiros caninos: Kaia, Hércules e
Janis Joplin... E, naquela oportunidade, publicamos a foto que abre este texto e somamos nossa
solidariedade pela campanha, dizendo: “Por Kaia, Hércules e Janis Joplin”. Ficamos sensibilizados,
pois, por um lado, foram muitas as manifestações como as nossas e, por outro,
muitos “curtiram” a foto de nossos amigos caninos.
Houve um
tempo em que talvez nem nos preocupávamos muito com isso. Fogos eram bacanas,
muitos deles bonitos, coloridos e tals... Fogos e Artifícios reúnem centenas,
milhares de pessoas em determinadas circunstâncias...
... como
as festas de Fim de Ano.
Mas, já
faz um bom tempo que este picadeiro celebra estas festas de fim-de-ano com
outra perspectiva, com manifestações que giram por outro entendimento de
celebração. Reconhecemos, exercício difícil de fazer em um circo não pequeno.
De certa medida, ainda participamos de celebrações “tradicionais”... mas
fazemos nosso exercício de caminhar caminhos diferentes. Fizemos (ou tentamos)
isso em: http://ouniversalcircocritico.blogspot.com.br/2011/12/natal.html
Este
ano, fazemos nossa campanha natalina (e de virada de ano) também em
solidariedade aos nossos muito amigos de muitos que os tem como amigos. Cães
pequenos, médios, grandes. Gatos e
gatas, manhosas, preguiçosas e “da night”.
– Nós gatos já nascemos pobres! Po-rém... já
nascemos livres! (Palhaço)
– O
Strovézio só na cantoria!
Passarinhos,
inclusive aqueles que ainda são deixados em gaiolas... E, possivelmente, muitas
outras espécies, domésticas ou não. Sofrem, e muito, porque queremos preservar
a tradição... Não me parece, sinceramente, sensato.
Ainda
assim, perguntei a todos/as aqueles que, ainda em junho, também apoiaram a campanha. Com a autorização de seus "donos" (amigos, pais etc.), o nosso Picadeiro de terra batina e longa furada de circo abre espaço e dá voz a eles...
Hã... dá o
latido...
Ou,
talvez, a miada...
A
cantoria?
Por outras formas de celebrar, sem fogos!
Por Juba e Gobi...
Por Dudinha...
Por Malu e Kyra...
Por Dudu...
Marcelo, parabéns pelo texto, pelo blog e pela iniciativa em apoiar os peludos que tem medo de fogos! Abraço. Paola
ResponderExcluirOlá, Paola.
ExcluirGrato pela visita ao nosso picadeiro de terra batida e lona furada... E que em meio a tantas lutas de todos os dias, que possamos celebrar, em breve, o fim dos fogos...