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terça-feira, 27 de setembro de 2016

As Eleições – Parte II: Castanhal... mas podia ser qualquer lugar


“Diga-me com quem andas
 E eu te direi quem és...”
(Ditado popular)




– mas se andas com todo mundo, que anda com todo mundo e contigo, mas dizem que não anda, às vezes não anda pra não verem vocês juntos, mas se juntos estivessem não seria incoerente, em que pese ser incoerente dizerem que não andam juntos... então, dá pra dizer quem todo mundo é... ou não (Strovézio).
– É, meu caro palhaço... como diríamos e dizemos vez em quando...
– ... é o tango do branco maluco! (Strovézio)

Pois bom...
Estamos às vésperas das eleições municipais... quase 6 mil municípios a escolher seus/suas prefeitos/as e vereadores/as.
Isso tudo em um ano bastante complicado, complexo, estranho... Mas que dá o tom da coerência e dos absurdos que se farão testemunhar no próximo domingo. Ao nosso perceber, parece-me que mais absurdos do que coerência.
Este picadeiro de terra batida e lona furada de circo vai falar apenas de Castanhal. Mas entende que é perfeitamente comparável a quase todas as demais eleições municipais, de tal maneira que, mesmo que a quantidade de candidatos a prefeito seja diferente.
Castanhal tem mais de 300 candidatos a vereador e cerca de 120 mil eleitores. Isso daria uma média de 400 votos para cada candidato. Claro, haverá candidatos com um quantitativo pífio destes votos, e isso não será por força de uma “campanha fraca” ou “falta de propostas concretas”.
Isso se dará por uma questão que está, de maneira tosca e abominável, se perpetuando no país e em nossos legislativos: o FEUDO ELEITORAL PARLAMENTAR!
Estão na exceção os candidatos às Câmaras Legislativas que tem “PROGRAMAS” de fato, o que chamamos de candidatos com programas. até porque, os Partidos (que deveriam ser os "faróis" programáticos) também não tem mais Programa. Até a imagem abaixo parece perder o sentido:


Candidato com blá-blá-blá de “pela educação”, “pela saúde”, “pela juventude”. Pela comunidade A (mas não as comunidades vizinhas).
Talvez exprimam até aquela “síndrome do tiririca”: não sabe o que se faz na Câmara Municipal, mas vai dizer depois de eleito.
E, por cá, são mais de 300 candidatos.
Acontecerá o que se repetirá em muitos e muitos outros Legislativos Municipais: os mesmos ou “os filhos” dos mesmos, netos dos mesmos, “cria” dos mesmos, numa mistura tosca de “renovação com tradição”.
A Consequência? A mesma política de balcão, de troca de cargos, de favor aqui e ali para que o executivo eleito possa (aff, vai doer digitar isso) trabalhar e o legislativo fingir de legisla, fiscaliza, combate a corrupção e o escambal.


Ah! Mas ainda tem os candidatos a prefeito...
Seus Partidos: PSDB, PPS e PMDB...
Três candidatos que ficam trocando farpas, que apresentam projetos mirabolantes (mas não dizem – nunca o dizem – como serão realizados, executados, mantidos e coisa e tal), a cidade será perfeita ao final de quatro anos... assim como seria (deveria, iria) ao final de quatro anos... atrás.
Seus partidos demonstraram nestes últimos meses o que pior do mais escárnio poderia se esperar de uma legenda política: não aceita derrota nas urnas (PSDB), adora a fisiologia na política brasileira (PMDB), não é expressão de mínima confiança (de novo o PMDB), saiu de um partido para formar outro, querendo proibir o partido anterior de continuar existindo (PPS). E um pouco disso tudo misturado.
Sobre os acontecimentos recentes no governo federal, apoiaram e foram protagonistas o golpe parlamentar mais escroto da história deste país.
E continuam mancomunados com as suas consequências.
Vão fazer e acontecer no município?
Qual a posição destes três candidatos sobre a PEC 241 que congela recursos por 20 anos? O que vão fazer, se os recursos não existirão, e diminuirão ano a ano, COM O APOIO DE SEUS PARTIDOS no Congresso Federal?
E sobre o PL 257, que impede a realização de concursos? Como irão “melhorar” os serviços públicos? As escolas? Os Hospitais e afins?
Qual a posição deles sobre a Reformulação do Ensino Médio (mesmo que seja pouca a incidência do Município nesta modalidade de ensino)?
O que pensam sobre a Reforma da Previdência? Que, aliás, o Governo Federal e a Câmara estão acordando não colocar na pauta agora, para não ser tiro no pé de candidatos e base nestas eleições?
Nestas eleições, em Castanhal (lembrando que não tem segundo turno, como boa parte do país)?

O atual prefeito, Paulo Titan, quer continuar... ao que parece (até agora), há chances desta tragédia acontecer.
O candidato tucano Milton Campos – ex-vice-prefeito de Paulo Titan, que nas eleições passadas dizia claramente “Aprendi a fazer política com Paulo Titan” (com sorrisinho, ”joinha” com o polegar e tudo) – rachou com o mentor e sai de “oposição”.
– Péra aí, que confundiu tudo, Russo!!! (Strovézio).
– Qual a bronca, meu politizado palhaço?
– O Prefeito sai candidato... ele tinha um vice... mas o vice deixou de ser vice e agora é da oposição... mas, mesmo sendo oposição, aprendeu a fazer política com o opositor que ainda é governo...
– Isso, Strovézio.
– Então, candidatou-se pra fazer a mesma coisa?
Tipo isso.
Pois bom...
Vão dizer que tem uma alternativa: Pedro Coelho.
É o candidato do PPS e, portanto, faz parte do mesmo balaio político dos outros dois partidos.
É filho de político de outra geração em Castanhal. Portanto, uma “renovação com tradição” e coisa e tal. Não renova nada.
E, até onde nos consta, se silencia – como a dupla “lé contra cré” acima – sobre os mesmos temas os quais deveriam estar na pauta de hoje.


Ou seja. Não dá pra dizer qual a diferença.
Destes três, deixamos público: VOTO NULO!

Da nossa parte, um alento de esperança para a Câmara municipal, e que tem o nosso voto.
Sinval - PSOL - 50.050

Em tempos tão difíceis, eleições com tão pouca esperança.
Sempre reconsiderando as exceções... Por onde for, que sejam vitoriosas exceções.

Venham Todos!
Venham Todas!




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Marcelo "Russo" Ferreira