RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

terça-feira, 21 de junho de 2016

Vai ter Reitora!!!!!


“A sociedade brasileira vive um processo profundo de crise oriunda do modelo de desenvolvimento adotado, que tem priorizado o pagamento da divida externa, demandando assim a realização de ajustes fiscais, com o objetivo de ‘fazer’ o superávit primário. A opção por este tipo de modelo tem rebatimento direto nos aspectos políticos, tendo como consequência o desemprego, a inflação e o crescimento econômico negativo. Coroando esta imensa crise econômica na qual o país está mergulhado, está também instalada uma crise ética e moral, o que vem desestabilizando o país e trazendo insegurança à população, sobretudo a mais vulnerável socialmente.

[...]
As Universidades enquanto formadoras de pessoas, produtoras de conhecimento (ciência e tecnologia) e socializadora dos resultados de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, tem como função primordial neste contexto tumultuado no qual está mergulhado o Brasil. A conjuntura atual exige da instituição Universidade um papel fundamental”
(Programa – Chapa Mudança e Ousadia para a UFPA)

Vez em quando é assim...
O picadeiro de terra batida e lona furada de circo convida nosso pequeno e estimado público a temas mais pontuais.
Assim o fazemos quando falamos do famigerado “Dia do Profissional de Educação” e a corja que o celebra (e não falamos daqueles que apenas celebram seu trabalho, mas a corja que celebra a entidade por traz da data), um tema mais claro – nem sempre – para quem é da área.
Assim o fazemos quando falamos da greve nas Universidades públicas, ainda que um tema mais amplo, por entendermos, também, que sua relação é com toda a sociedade.
E, justamente por falarmos em universidade, a UFPA (Universidade Federal do Pará, minha casa profissional) está vivenciando um intempestivo e extemporâneo (porque não estava na agenda oficial... surgiu nela) processo eleitoral. Teremos, de maneira forçosamente antecipada, eleições para a Reitoria da UFPA.
Isso aconteceu porque o último reitor resolveu sair candidato à prefeitura de Belém... tinha que renunciar para poder concorrer ao executivo municipal da capital paraense.
– Sem contar que tinha que filiar-se a uma sigla partidária, né não, Russo?
– Sim, isso é importante... e em tempos tão complexos, nebulosos, em que a sujeira de grandes partidos políticos e seus senhores de Casa Grande estão com ficha cada vez mais suja, nosso ex-reitor escolheu um Partido que pudesse realmente significar um outro futuro para a população sofrida de Belém...
– E qual Partido ele escolheu para este nobre desafio?
– O PMDB... 


Pois bom...
Professores, Técnicos Administrativos e Estudantes da UFPA irão eleger quem ocupará a Reitoria da maior universidade pública federal da região norte brasileira, no calendário mais corrido que já vimos nos últimos tempos.
– Irão eleger, mas com pesos diferentes, né Russo? (Strovézio).
– Exato Strovézio... é a velha fórmula de dar a um voto de estudante 1/3 (ou menos) de seu valor.
– Eita povo que tem medo de estudante, vigi!

São cinco chapas (número surpreendente para uma eleição organizada às pressas).
Quatro chapas Homem-Homem, tipo “FulanO e SiclanO” (ah!, este ser alfa.. aff!)
Uma chapa Mulher-Mulher. Aliás, não são apenas duas mulheres que formaram uma chapa. São duas Mulheres VA-LEN-DO, de Luta, de Compromisso com a Universidade Pública, Gratuita, Laica e de Qualidade, socialmente referenciada.


Vera Jacob e Sandra Helena.

Figurinhas arretadas, Vera e Sandra não encaram apenas quatro chapas deveras masculinas. Encaram toda uma cultura de opressão contra minorias em luta e direitos conquistados. São duas mulheres que encaram muito mais do que “apenas” quatro chapas masculinas.
– Hei, Russo, nâo parece que o temer já foi deixando lições de poder e gestão em tão pouco tempo de interino-golpista: “Só homens sabem fazer o trabalho”?     
– Sempre atento, nosso Strovézio...

Nestas eleições, de muitas certezas e impressões, uma nos é essencial: o DNA do PMDB. De maneira in-ques-ti-o-ná-vel, em pelo menos duas chapas (ambas "geradas" pela gestão que renunciou)..
Ajudando a compreender: michel temer, romero jucá, jader e helder barbalho, eduardo cunha, josé sarney (como já dissemos, nada de letras maiúsculas para estes) e seus asseclas oportunistas vindos do DEM, PSDB “recém” partícipes do atual governo interino.. tá bom ou quer mais? Isso para não falar do que fez questão de se tornar o PT, quando percebeu (aos seus olhos) que o poder é bom e vale os conchavos para lá continuar.
Isso nos é claro, haja vista o reitor que saiu (por vontade própria, para concorrer à Prefeitura de Belém nas eleições deste ano... pelo PMDB), deixou candidato oficial. Aliás,  deixou “dois” candidatos oficiais, já que são ex-pró-reitores dele. Arrumadinho político arretado. Fora o fato de as outras duas chapas, digamos assim, se preservem bastante.
Além do DNA político, a “força” para estabelecer as frentes de campanha. A violência, aliás, se expressa de inúmeras maneiras.
Um passeio pelos diferentes locais da UFPA (na capital paraense ou no interior) são uma boa demonstração disso.
Não basta a disputa contra duas mulheres de luta.
Não basta a disputa com o apoio de velhos caciques da política (poderosos e endinheirados).
Não basta o “papo furado” de campanha pra conquistar voto, dizendo que farão ou defenderão o que nunca fizeram ou defenderam.
Tem que impedir que as pessoas saibam que tem Candidata de Luta!





É assim... sacou?

O fato é: temos uma candidatura que é de Ousadia e Coragem. Que é de Coragem pra mudar esta nossa Universidade. E mudando esta, teremos mudança em outras Universidades.
Não à toa, Vera Jacob e Sandra Helena e toda sua base de apoio entre professores, técnico-administrativos e estudantes definiram o nome da chapa: Mudança e Ousadia.
– Já dizia Lenin: A ousadia é o que dá sentido à vida. E se a vida segue com ousadia, ela se transforma. (Strovézio).
– Perfeito, Strovézio!



Não somos ingênuos.
Mesmo na Universidade, local (em tese) que temos uma concentração de pessoas esclarecidas (pelo menos tem acesso a), com capacidade de análise conjuntura, à esquerda ou até mesmo à direita (são poucos, neste lado, os que valem um bom debate), ao mesmo tempo que testemunhamos a mesma política do conchavo, da desinformação, da “troca de favores” ou “cobrança por favores antigos”, do balcão etc. se fazem presente também.
O oportunismo, então, nem vale a pena comentar.

– Tais referindo-se ao Levante Popular da Juventude e a UJS, né Russo? (Strovézio)
– Bando de incoerentes e oportunistas, às ruas denunciando o golpismo do PMDB no Governo Federal e apoiando candidato do PMDB pra Reitoria.

Mas, de tantas perguntas ou compromissos que aqui poderíamos mencionar, ousamos um mais simples, humilde.. como é o nosso picadeiro de terra batida e lona furada de circo.
Em tempos mais obscuros, com o mendoncinha do DEMo como ministro da educação e um Secretário de Ensino Superior representante das Instituições Privadas de Ensino Superior na cadeira ao lado, pergunto-me:
O MEC irá respeitar o resultado destas eleições na UFPA?
Irá usar o artifício da lista tríplice? E nomear aquele que lhe convém?
E os candidatos, irão defender que o Ministro da Educação nomeie quem for eleito pelo voto na Universidade Federal do Pará?
O Cartório Lúdico do Universal Circo Crítico aceita registrar as manifestações.

Este picadeiro tem candidata!
É Vera Jacob reitora e Sandra Helena vice-reitora!



E, com a palavra... nossas candidatas!


Venham Todos!
Venham Todas!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Avenida Paulista...

www.ebbilustracoes.blogspot.com

“A cidade submersa /
 em sorrisos perfeitos /
 A cidade submersa /
 em sorrisos desfeitos /
 na Avenida Paulista”
 (Capital Inicial)





Morei em Sampa até meus 23 ½ anos de idade... Ou seja, estou para completar e-xa-ta-men-te metade da minha vida FORA de Sampa. Claro, nos primeiros tempos, o vínculo com as terras paulistanas era forte, o que faz desta matemática apenas um número sem tortura.
Nos últimos anos em terras paulistanas, trabalhei em alguns lugares diferentes e, dentre eles, a Avenida Paulista. Trabalhava bem ao lado do MASP, mas reconheço que fiz poucas visitas por lá, mesmo sendo eu um “vizinho funcional”.
Ainda assim, a Avenida Paulista era, naqueles inícios de anos 90 do século passado, uma avenida de trabalho. Não lembro, mesmo quando por lá passava nos finais de semana (sempre a caminho de algum outro lugar), de tê-la visto para além de um lugar onde a cidade não podia parar.
Minhas últimas andanças, antes de mudar-me para o Nordeste, foi nos tempos tensos de 1992, na linha dos “Caras-pintadas” e que, em meu espaço específico de estudo (em São Caetano do Sul), resultou em um convite para que em 1993 eu não mais me matriculasse naquela Faculdade (à época, UNIFEC).
– Russo... (palhaço)
– Diz aí, Strovézio.
– Diz logo aí, pow! Tu foi expulso da Faculdade, isso sim...
– Pelo menos foram “educados” hehehe.. mas, valeu a pena, e muito (inclusive pelas dificuldades) encarar a mudança de estado.

Pois bom...
Voltei à Av. Paulista dias destes.
A ida a São Paulo foi, na verdade, por conta de um evento sobre a Vala de Perus, onde também nos anos 90 do século passado, foram encontradas centenas de ossadas em Perus, Região Metropolitana de São Paulo. Tudo indica que haviam desaparecidos políticos nela. Conversas para outro espetáculo.
Em uma tarde “livre” do evento, resolvi ir a uma Livraria na Avenida Paulista. Sabia que a caminhada seria razoável, já que eu estava na Brigadeiro Luis Antônio e a Livraria localizava-se perto da Consolação.
O que parecia uma caminhada numa Avenida Paulista longa e vazia de sábado, transformou-se numa certa surpresa.

Tinha tudo quanto era coisa e gente na Paulista.
Tinha barrigudo com seu cão.
Idoso com seu cão.
Mocinha com cão.
Crianças com seu cão.
E tinham cães passeando com sua matilha (que achava que eram seus donos).

Tinha Carros e ônibus na Paulista.
Tinha Bicicletas na Paulista.
Tinha gente correndo...
Tinha gente de skate, patinete, patins...e nas calçadas, Uau!

– Tinha carrinho de rolimã? (Strovézio)
– Isso não tinha... Mas a paulista é plana, num dá, né, Strovézio?

Havia artistas na Paulista... e de todo tipo.
Cantor solitário e seu violão.
Banda de Rock e seus cabeludos.

– Toca Rauuuuuuul! (Strovézio).

Tinha metais tocando A-há!
Tinha moça acompanhando moça na voz.
Tinha até roda de jovens simplesmente cantando, com um violão no colo.
E não tinha couver artístico na cara Paulista.

do google...

 Tinha cabelo de todo tipo. Até cabelo sem cabelo.
– Tinha cabelo de uma cor?
– Tinha, Strovézio.
– Aquele ali tem DUAS cores!
– E não é, meu caro?
– Eita, uma com cabelo com TRÊS cores...
– E a pois.
– Hi! Um, duas, três, quatro... cinco... Xi! Perdi a conta!

Tinha Palhaços na Paulista, e suas caixas de giz desenhando nas calçadas e pintando o 7 com quem passava.
Palhaços brincando com crianças.
Adultos brincando com Palhaços.
Tinha estátua que se mexia.
Tinha sombras e mímicas na Paulista.

Essa foto daí fui eu quem tirou

Tinha protesto, também.
Filet Mignon de um lado... o lado FIESP.
Cuspes em fotos de corruptos (que o lado da FIESP admira) do outro...  lado MASP.
É preciso reconhecer... debates vazios de um lado, e até consistentes do outro.
Deve ser influência das siglas: FIESP X MASP... faz sentido!

FIESPE X MASP... um conflito eterno na Paulista
Vendiam camisas na Paulista? Vendiam!
Vendiam livros na Paulista? Vendiam!
Vendiam adereços? Vendiam!
E gente de tudo quanto é lugar vendendo e comprando.
Lá estava eu, comprando uma camisa de duas moças da Paraíba, ainda no meio da refeição delas (já no meio da tarde de sábado).

Viria a noite.
Esta, igual, ainda que mais movimentada, dos tempos outros.

É... parece que a Paulista mudou bastante.
Algo como “há algo de humanizante no meio do concreto”.
Dizem que os domingos é tanto quanto melhor, pois agora é fechada e se transforma numa grande praça.
Lembro de muita gente que, em matérias jornalísticas, reclamavam...
Coisa de paulista/paulistano, acho. Se o concreto, a fumaça e o barulho não são senhores dos destinos diários paulistanos, está errado.
Fica pra uma próxima.

Mas, ainda assim, não nos iludimos.
A Paulista ainda pareceu-me branca, rica, plutocrática, poderosa, elitizada e justiceira (mesmo com o MASP).
Mas, os tempos fora de Sampa já não me permitem ser tão duro. Tanto pela distância, quanto pelo que fui construindo em minha vida.

De um lugar à qual não tenho pretensões CEPianas, ainda posso guardar as lembranças de tudo o que contribuiu para o que sou.
Por lá, passei em frente de minha última residência paulista, na Saudosa (e arborizada – hoje não mais) Rua Augusto Tolle.

Antes, uma casa: morei dos 10 aos 23 anos

– kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!!!! (Strovézio).
– Que foi Strovézio....
– Putz! Virou Academia de Ginástica? Sério?
– hummmm...

Passei pela rua onde inúmeras tardes (e algumas manhãs) foram preenchidas com futebol, taco, garrafão, pegas, escondes, pipas (estas, eu só assistia) e papos aforas. E, na esquina desta, a Casa da Dona Jô, local de ensaios do também saudoso Afã, a banda de rock mais progressivo de Santa Terezinha, nos anos 90.

Afora a placa "Vende-se", a casa continua igualzinho aos tempos do Afã
Não houve nostalgia...
Satisfeito que estou com o meu lugar de hoje e as pessoas as quais compartilho este lugar.

Mas, que a Paulista tá diferente, tá.

Venham Todos!
Venham Todas! 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Tentado explicar...

www.estadodedireito.com.br



“[...] quando excepcionalmente se chega a reconhecer o nexo interno entre as formas de existência sociais e políticas de certa época, via de regra isso acontece no momento em que essas formas já passaram da idade e estão em decadência” (F. Engels)




Pensamos nestes dias em que tudo acontece rápido e mais ainda silenciosamente (e os porões da ditadura civil-empresarial-militar já nos mostraram que coisas assim, em silêncio, é sempre perigoso) em tentar fazer uma síntese, pra ver se até a gente entende melhor e mais o que está acontecendo.
Está mais ou menos assim...
Um certo dia a democracia representativa brasileira entra em festa. Destas festas que tem muito dinheiro, muita música, muitos artistas, muitos políticos (claro, é pra eles a festa) e muito dinheiro...

– Russo... já tinhas falado “muito dinheiro”... (Palhaço)
– É que a festa teve dinheiro que se sabia e muito dinheiro que não se sabia, Strovézio.
– Ah! Saquei...

Pois bom.
No final da festa, teve presidentA que voltou ao cargo que já ocupava, mais uma tuiazinha de senadores, uns 500 e tantos deputados federais e outros trocentos estaduais Brasil afora, mais um pouco mais de duas dúzias de governadores. Registre-se: o pior que poderíamos imaginar de baixa qualidade.
Empreiteiras, Empresários, Bancos, Mineradoras, Latifundiários e uma dezena e meia – elevada a alguma potência (matemática e financeira) – ficaram aparentemente satisfeitos, afinal, bancaram deus e o diabo... Ou, como diria o bom e velho Engels, agiram publicamente com uma mistura da “inocência da pomba e a prudência da serpente”.
Mas, havia um detalhe nesta mistura: a pomba faz sujeira pra dedéu (e dizem até que faz mira) e a serpente... ah! a Serpente...


Quem não ganhou ficou p. da vida e quem ganhou ficou fumado, uma manifesta sensação de “ganhou e não levou”.
Daí, a coisa ficou assim:
A Presidenta não presidia, porque o Presidente da Câmara era mais poderoso que ela.
O presidente da Câmara era mais sujo que pau de galinheiro e como no Congresso o que não falta é galo, tava bem servido e acompanhado.
Os que não levaram, mas estavam bem acomodados politicamente fizeram “mimimi”, porque reclamaram da derrota “em casa” (aquela, em MG, na qual o ex-governador “mais bem avaliado” levou dois “sabãos” nas urnas).
Disseram: “dane-se! Vou aprofundar o conflito!”... e mandaram ver.
Daí, teve um tal de “estelionato eleitoral”, ou seja, os que votaram é que não levaram... Ah! Os Bancos, Empreiteras, Latifundiários, Mineradoras entraram na onda e se juntaram ao “top” dos Empresários para cobrar a fatura do que sabia-se e do que não sabia-se.
A imprensa? Ah!, a imprensa a gente já sabe, né?
Mas aí, juntou um povo fãzérrimo de futebol e intolerante com a corrupção. Encheram as ruas (teve dia que nem encheram tanto assim) sempre aos domingos. Povo trabalhador, sabe? Durante a semana não dá.
Vermelho? Passou a ser cor odiada... Internacional/RS, América/RJ ou América/RN, Náutico/PE, CRB e sei lá quantos times de futebol ficaram preocupados com essa onda... só pra ficar no futebol.
Daí, uma parte da tuizinha, dos 500 e tantos e aqueles que bancaram a festa foram pra cima.
Tentaram recontar votos... não deu, ideia natimorto.
Tentaram anular a chapa que ganhou (e não levou)... ops, metade da chapa é “parcêra, aí, ó!”. Banca até o pau de galinheiro (que vive lotado).
Tentaram umas cinquenta denúncias de impeachment... Mais de cinquenta!!!
Daí, o parcêro dono do pau de galinheiro vira réu. E transforma a presidenta em ré no dia seguinte.
A imprensa anunciou a primeira situação... e não falou mais no assunto no dia seguinte, com a segunda situação. Esta, passou a ser matéria jornalística de todos os dias!
Imagina você escutar, todos os dias: “Você é chato!”... Uma hora as pessoas acreditam, visse?
Entaum...
O réu primeiro vai prum tal “Conselho de Ética”... novela mexicana... e não acabou ainda.
A ré segunda é impinchada... até Deus mandou ela descansar 180 dias (ou menos)
– E andar de bicicleta, né, Russo? (Strovézio)
– ... de bicicleta? Ela já não fazia isso, Strovézio?
– Sim... mas, tipo assim... bicicleta, pedalar... dar umas “pedaladas”, sacou? Hein? Hein?
– Eita...

Pois bom...
Daí, o vice assumiu.
Colocou advogado do PCC e o terror dos estudantes secundaristas paulistas na Justiça...
Colocou um mendoncinha-fantoche na Educação, que abriu a educação para o que existe de pior no conservadorismo brasileiro; colocou representantes de todos os níveis da educação privada brasileira; acabou com os programas de formação EJA, do Campo etc.; mudou os rumos do debate da base curricular nacional para a educação básica; passou a régua no Fórum Nacional de Educação... e ainda vem uma tuia de coisas.
No Ministério da Ciência e Tecnologia... ops! Não tem mais... Pra que, né? Coisa supérflua “du canário”.
Saúde? Política Pública para ampliação do Placebo e a distribuição de livros de fé a médicos de todo o Brasil. É o Programa “Mais Médicos com Fé e Placebo”... E o SUS, que já ia mal, vai pro espaço...


– E ainda vai botar o mosquito da dengue na linha, pois anda muito indisciplinado (Strovézio).

Mas isso não é tudo.

O tal “combate a corrupção” foi a maior piada pronta da história recente do país...
Latifundiários? Mas quando... tem até uns que são parlamentares e respondem a processos por trabalho escravo. Só não sei por que não “caiado” ainda...
Empresários? Aff.... estão aí, caladinhos e tramando para o fim absoluto dos Direitos Trabalhistas (já tão atacados no país e no mundo).
Bancos? Feliz da vida. Nunca deixaram de lucrar e, agora, com o DNA do Itaú (aquele, da Marina Silva candidata) no Banco Central.
Mineradoras???
Eita que merece até parágrafo próprio.
Acabaram com a fauna e a flora ao longo do Rio Doce, de Minas ao Espírito Santo, matou gente, destruiu cidades e, depois de mais de 7 meses, seguem em banho-maria acerca da responsabilização da Vale... Ganham flexibilização nas normas de licenciamento para mais e novas explorações e ainda perseguem professor no Pará!

– Viva Evandro Medeiros! O Gigante!

A mídia? Essa é covarde... não merece muitas explicações.

Mas, tem mais...
A justiça brasileira dando um de seus piores e mais parciais exemplos de atuação. Não sei... e olha que já tivemos tempos de justiça apenas nos quartéis e nos porões do DOI-CODE (que já eram um terror em si)...
Vaza gravações de um lado da política: nada de errado!
Vaza gravações de outro lado (que é o mesmo “lado”): um absurdo!
Hoje, a sujeira tá pior do que estava e o silêncio é ensurdecedor... o tal michel temer não fez um mês e já rodou uns tantos ministros (que continuam sob “proteção” de poderosos e, portanto, com poder contínuo).
O golpe? Não dá nem pra dizer mais que não teve (mas continuam dizendo).

Tava complicado... e tá pior e mais rápido agora.
E ainda tem o que acontece, todo dia, no submundo da política e suas nefastas relações com os endinheirados daqui e alhures.

Mas, como dissemos: como tentar contar toda essa história sem muita cerimônia? O que há, no final das contas, por trás disso tudo?

Bom...
Deixamos para o “velho barbudo”, nossa principal referência neste picadeiro de terra batida e lona furada:


“Veio, enfim, um tempo em que tudo aquilo tornou-se objeto que, outrora, os homens consideravam inalienável tornou-se objeto de troca, de tráfico, podendo alienar-se. Trata-se do tempo em que as próprias coisas que, até então, eram transmitidas, mas jamais trocadas, oferecidas, mas jamais vendidas, conquistadas, mas jamais compradas – virtude, amor, opinião, ciência, consciência etc. –, trata-se do tempo em que, finalmente, passa pelo comércio. O tempo da corrupção geral, da venalidade universal ou, para expressá-lo em termos de economia política, o tempo em que todas as coisas, morais ou físicas, tornando-se valores venais, devem ser levadas ao mercado para que se aprecie o seu mais justo valor” (Karl Marx)



Venham Todos!
Venham Todas!