RESPEITÁVEL PÚBLICO!

VENHAM TODOS! VENHAM TODAS!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Sobre forças "proporcionais"...


O Universal Circo Crítico... Sobre forças “proporcionais”...

            Daria uma boa, mas uma boa e longa Tese de Doutorado (inspirado em minhas atividades acadêmicas atuais) uma investigação de radicalização semântica e etimológica da palavra “proporcional”...
            Para o nosso bom e velho “Aurélio” (que serve para reflexões iniciais, nunca acadêmicas – ou “de fato”), proporcional é:
            “Que se encontra em proporção, que possui uma relação idêntica de intensidade, volume, massa, grau etc., com (outra coisa). Em que há hamonia; bem ajustado ou adaptado; harmonioso”.
            Foi, portanto, com essas palavras que o Governo do Estado do Pará (na figura d seu governador, Beto Richa) entendeu a ação de sua Polícia (armada) Militar sobre os atos dos professores, em greve, defendendo seus direitos: proporcional e harmoniosa.
            Fiquei pensando, inicialmente, nos inúmeros “atos proporcionais” que, para um espaço tá humilde quanto o picadeiro deste circo e seus 90 seguidores, caberiam rapidamente mencionar: Corumbiara (RO) e Carajás (PA) e tantos outros contra Sem Terras Brasil afora (inclusive no Paraná); Professores aqui e acolá (PA, SP, GO e, em particular, no PR); Passe Livre em São Paulo; Marchas Populares em Brasília... e claro, as “exceções proporcionais” dos atos golpistas e em defesa da intervenção Militar no país mais recentes. A história da humanidade mostrará muito mais para os que querem – com seriedade – compreender seu lugar no mundo.
            Deve haver – nos comandos estratégicos militares país afora – uma fórmula perfeita, fantástica, infalível para calcular a “proporção harmoniosa” entre os que reivindicam e o Estado que os recebem.
Painho costumava dizer (quando eu era moleque) que eu brincava com números. Realmente eu tinha uma certa lógica matemática bem bacana (não creio que ao ponto de “brincar com números”) e fazia até caminhos próprios para entender algumas lógicas da ciência exata.
Mas, não consegui sacar como seria essa bendita fórmula de “força proporcional”. Talvez porque na escola as variáveis “balas de borracha”, “rasteiras”, “cães’ (adoro cães, registre-se), bombas de gás lacrimogênio nunca me foram apresentados. Eram laranjas, corridas, seno e coseno, apenas.
A prática social, portanto, mostrou-me o contrário... e nem arrisquei a boa e velha “prova dos nove” ou “Prova Real, ou seja, a conta de trás pra frente.
São cenas de violência extrema, de professores apanhando, até no chão...
São cenas de bombas voando, pessoas correndo, gente sangrando...
São cenas que, novamente, mostram a imprensa sendo atingida... Que ironia, até os que estavam no lado “seguro”, atrás das fileiras da PM...
São cenas de UM lado avançando e OUTRO lado recuando (aqui, a proporção é realmente mágica)...
São cenas de pessoas sendo atropeladas... por carros da PM...
São cenas de helicópteros lançando bombas contra os manifestantes (antes que eles avançassem naqueles... pulando... saltando... voando...)...
São cenas de crianças (em creches próximas) chorando no colo de suas mães, “Tô com medo!” – nem preciso dizer que essa proporção é incalculável...
E são cenas da “Assembleia ou Casa do Povo, escondida, acovardada, votando CONTRA o Povo (assim como em outras Assembleias e Câmaras país afora) e rindo do sucesso da ação proporcional...

São cenas... cenas... cenas... incontáveis cenas tanto quanto incontáveis marcas em meu coração.
E são cenas que se espalham mundo afora: estudantes no Chile, Negros nos Estados Unidos, Jovens no Senegal e na Nigéria, Refugiados do Norte da África expulsos do lugar que os explorou por séculos... Índios, ciganos, camponeses, quilombolas, retirantes... Ateus ou religiosos em lugares de fundamentalismo antagônico... Trabalhadores mundo afora com suas perdas e derrotas sofridas para eternização do Capital... Idosos de passado esquecido, adultos sem presente, crianças sem futuro... Mulheres sob violência e homens defendendo que “elas precisam ficar no seu lugar”... A justiça cega apenas aos pobres, pois ela é cara... muito cara...
Mas, entre nossos Artistas e Público, debaixo da lona furada e o chão de terra batida, a única pergunta que me ocorre é: onde estão o “Somos Todos Professores?”
Em 2013, vimos nas ruas o maior “Tango do Branco Maluco” ocupando as várias capitais, médias e pequenas cidades brasileiras. “Sem Partido” gritavam ufanistas, achando que eram revolucionários defendendo o Brasil (nem entendiam seus discursos fascistas). “Fora Médicos de Cuba” ao lado de “Saúde padrão FIFA” (sem entrar na irônica contradição desta “bandeira”) em caixas e cartazes. Polícias Militares e Civis sendo flagrados infiltrando-se nas manifestações para criar o caos e justificar a “violência proporcional”. Imprensa sendo alvo justamente deste aparato militar, mas apenas quando uma maluquice irresponsável de manifestantes custou a vida de um jornalista da Band isso virou fato jornalístico relevante para nossa imprensa corporativista (até então, eles apenas se feriam e “tá tudo bem”, siga cobrindo).
Queria, agora, ver em todas as Capitais, grandes e pequenas cidades, as multidões de volta às ruas.
Mas, desta vez, poderiam ficar em silêncio, um silêncio ensurdecedor!
Sem ninguém falando “comecem!” ou “obrigado!”...
Um dia inteiro de silêncio, em frente às Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e Federal, Senado...
Em frente aos Palácios de Justiça...
Em frente às residências de Deputados/as, Senadores/as, Prefeitos/as, Governadores/as, Presidenta (sim, ela também), Juízes...
Em frente à casas de Ministros, Secretários, Diretores...
Se não escuram de outra maneira, escutem o silêncio... Ele, o silêncio, os/as obriga a olhar nos olhos... ou a baixar, envergonhadamente, a cabeça.
Nossos artistas e nosso pequeno público Circo, de pequena repercussão, pouco lido e tanto pouco visitado (talvez por isso, vez em quando, muito tempo ausente) está de LUTO, um luto quase indescritível... como tantas outras vezes ficou. Mas mantém-se firme.

Porque nossa indignação e esperança são proporcionais.

E que o 1º de maio seja um dia de Luta! Porque se for para “festa”, que seja apenas para celebrar ela, a Luta!

Venham Todos!
Venham Todas!


Vida Longa aos Professores Revolucionários do Mundo... 

sábado, 18 de abril de 2015

Um filme numa tarde de frio...

"O Evangelho de S. Mateus, em Latim,
que acabamos de escutar
fala sobre o milagre da
multiplicação dos pães e peixes.
Toda uma multidão...
centenas, milhares de
homens, mulheres e crianças,
ricos e pobres,
haviam seguido Cristo durante todo o dia,
para escutar suas palavras. 
Quando começou a anoitecer,
os apóstolos disseram a Jesus:
“diga para esta gente ir até às vilas
para que possam comer e dormir”. 
Cristo lhes disse:
“e por que vocês não dão comida?”.
E eles responderam:
“só há comida para nós,
só temos cinco pães e dois peixes”.
Cristo disse para a multidão sentar-se,
pegou os pães e os peixes,
olhou para o Céu,
abençoou e entregou aos discípulos
para que repartisse entre os presentes.
Havia mais de 5.000 pessoas.
Todos comeram,
e ficaram satisfeitos e
ainda sobraram 12 cestos de comida.”



Trata-se da passagem de “Daens – um grito de justiça”, filme produzido pelos idos de 1993 (só esses dias o conheci) e que fala sobre a vida do Pastor belga Adolph Daens... Não vou contar a história. Outro blogs já o fazem. Basta, aqui, dizer que conta a história deste Pastor em fins do século XIX e início do século XX, em pleno avanço do Capitalismo e de profunda exploração dos trabalhadores em fábricas à época.
No filme, a passagem de S. Mateus é contada por outro padre em Latim.
Na igreja, a burguesia belga, donos das Fábricas de Tecelagem de Aalst/Bélgica e Trabalhadores e Trabalhadoras, jovens, crianças... pobres e famintos/as. Devidamente separados... inclusive homens e mulheres.
“O povo grita: Tenho fome! Em alto e bom som!”, declama o personagem Pastor Dasns.
Após a tradução feita pelo Pastor Dasns, suas reflexões questionam o silêncio dos patrões e da burguesia ante a fome de seus operários (que era conhecida por aqueles), a exploração do trabalho de crianças a partir de 5-6 anos de idade e a Igreja, que rezava a Missa em Latin, como se não fosse prudente os pobres trabalhadores compreenderem as palavras da Bíblia e de Cristo.
Um ato, talvez, revolucionário... Alguns diriam (apenas) Cristão.
Por parte de Cristo, dar para todos os que lá estavam, à sua volta, o pão e o peixe que ele e seus apóstolos tinham.
Por parte do Pastor Daens, traduzir aquilo que a Igreja não lhes traduzia e questionar a fome que seus patrões lhes impunham.
Mas, dar o que se tem, não o que sobra, nestes tempos... em minha humilde e circense opinião (que, facilmente poderia ser contestada pelos cristãos que aqui, vez em sempre – ou não – vagueiam, já que sou ateu), é algo pra lá de raro. E quando muito, ainda que continue sendo o que sobra, é dado por pena... Não por solidariedade.
Mas, o que destaco do filme – e mantendo o diálogo que fizemos a partir de nosso último texto – “Entre o ceticismo e a esperança” – lembrei-me da palavra correta que sempre acompanha a “Esperança”... e que, reconheçamos, passou desapercebida nesta postagem.
O que, parece-me, moveu Pastor Daens, ao traduzir a homilia de S. Mateus em Latim e a presença da burguesia naquela casa (a Igreja) foi, no final das contas, a indignação.
E é a indignação que move, que dá força à nossa Esperança, que a torna concreta e permanente.
Por isso esse Picadeiro, essa Lona Furada é comprometida com a indignação e a esperança de Sem Terras, de Sem Tetos, de Sem Direitos mundo afora. E por nos indignarmos com o que leva, cada vez mais, a Classe Trabalhadora a condições cada vez mais (vale a pena a repetição do termo aqui) degradantes de sobrevivência... por nos indignarmos com a morte de jovens (negros e pobres e favelados em sua maioria), índios, camponeses, quilombolas, ao mesmo tempo que perdem seu direito a moradia... continuaremos a nutrir nossa Esperança.
Um dia após o outro, e entendemos que o ceticismo não cabe em nosso Circo, não conduz a arte de nossos artistas, não emociona os aplausos de nosso pequeno público.
Um filme, numa tarde fria e chuvosa, em Salvador... É... não foi nada mal...
Venham Todos!
Venham Todas!
Vida Longa!


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Lá vai Galeano...





“A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos,
ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos
e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe,
jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso:
para que eu não deixe de caminhar.”

             
          Hoje, em que pese celebrarmos o dia de “cumpleaños” de alguns camaradas valiosos e sempre bem vindos neste nosso picadeiro, nossos artistas e público acordaram tristes...
            E ficamos tristes como já ficamos com nomes ver-da-de-i-ra-men-te importantes na história de nossa Lona Furada (alguns dos quais, lamentavelmente, não nos pronunciamos... tempos silenciosos de nosso Circo).
            Assim foi também com pessoas talvez nem tão conhecidas assim, mas que também faziam parte de nosso público.
            Hoje, celebramos Eduardo Galeano, que nos deixa “ainda moço” para celebrar sua obra com Saramago, Sócrates, Chaves, Mercedes Sosa e uma tuia de gente pai d’égua, arretada valendo...
            O Universal Circo Crítico sempre teve neste escritor uruguaio, defensor profundo e radical da luta da América Latina contra a opressão, os resquícios da colonização e o fato de ainda vivenciarmos a sombra do Imperialismo norte-americano que insiste em ver nossa gente e nosso lugar como seus escravos e seu quintal.
            Galeano nos presenteou em textos sobre Mulheres, sobre os/as Lutadores do Povo, sobre as celebrações... Galeano se fez presente em nossos discursos de Formatura...
            E ontem, neste final de domingo, ao invés das Revistas dominicais desta nossa mídia pé-de-chinelo, que insiste em, cada vez mais, emburrecer nossa gente, nossa juventude, nossas crianças... eu estava a ler “De pernas pro ar – a Escola do Mundo ao avesso”...

            Justo ontem... na última noite de nosso bravo Eduardo Galeano...

            Hoje, o dia foi mais triste...
            Mas, aprendemos também com ele que a Luta sempre continua...

            Eduardo Galeano, PRESENTE!

            Vida Longa a Galeano!

            Venham Todos!
            Venham Todas!

                         Vida Longa...


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Entre o ceticismo e a esperança...


            Algumas vezes fiquei pensando: por que será que nosso circo, esse picadeiro que, mesmo no chão de terra batina, uma humilde e colorida lona furada, andou em silêncio esses tempos?
            Com tanta coisa, com tanta energia (de todos os tipos e antagonismos) presente, com tantas ideias reinantes e provocantes... Os caminhos foram sempre se segundo, na militância e na canção, nos estudos e nos inúmeros diálogos com alunos, orientandos, trabalhadores, militantes outros...
            Se nada parou, se as coisas que o Universal Circo Crítico celebra (assim como, lamentavelmente, aquelas em que nossos artistas e público chora) continuam a acontecer. Se pessoas partem (“Lá vai...”) e Pequenos/as Lutadores/as do Povo chegam (“Conversa ao pé de ouvido...”)... o que aconteceu com nosso Picadeiro?
            Ele foi terceirizado?
            Não... e nem será. Mas, como ter esperança com um Congresso que manda mais do que qualquer coisa neste país? Que está, na sua história recente – pós redemocratização (hein?) após o período de Ditadura Civil-empresarial-militar – com a composição mais conservadora e reacionária que já testemunhamos? Que, além de votar des-ca-ra-da-men-te a favor da fragilização dos já frágeis direitos do trabalhador, ainda esmagará e achincalhará com demais Direitos (de adoção de crianças por casais de mesmo sexo, de regulamentação de terras indígenas, de regulamentação da homofobia)? Que manterá em berço esplêndido da Regulação desta Mídia estúpida e poderosa (descobriu que continua poderosa no último dia 15 de março)? Que não dará um passo sequer em direção a taxação das grandes fortunas? Que continuará servil dos interesses Latifundiários, Banqueiros, Empreiteiros, Mineradores etc.?
            Povo nas Ruas? Desde 2013?... Não sei... vi inúmeras notícias sobre os atos que já comentei aqui. Se em 2014, a tentativa da celebração dos 50 anos da Marcha com Deus pela Liberdade puxada pela TFP, O Globo, Militares e a ala religiosa mais conservadora de 1964 foi um fiasco, este ano, se esconderam atrás de um tal de “#Vemprarua” e “Movimento Brasil Livre” – de estupidez e vazio político e histórico impressionates – de nos mostraram jovens pedindo a volta da Ditadura Militar, o fim de Paulo Freire nas escolas (quando começou? Assim, valendo mesmo...) e até cartazes em defesa do Feminicídio... Defesa do Feminicídio????? Que P... é essa?
            – Calma, Russo! Nunca falaste palavrão aqui!!! (Palhaço Strovésio)
            – Não dá..., mas, releve... a tensão entre ceticismo e esperança é “du canário” pra segurar.
            Vão pras Ruas “contra a corrupção e tudo isso que tá aí!” (aff!) mas escolhem qual corrupção condenar? Sei lá quantas mil pessoas com a Camisa da Seleção Brasileira... ou, melhor explicando: com a Camisa da CBF, protestando contra a corrupção???? “Só Contra a Petrobrás!”... Metrô, USP, FURNAS, HSBC... essas podem!
Mundo afora, vejo pessoas, muitos jovens, defendendo as ações imperialistas sobre Iraque, Irã, Afeganistão, Líbia, Egito... Acabou as Ditaduras de Muammar al-Gaddafi! Liquidaram Osama Bin Laden, Prenderam e condenaram a morte o ditador Saddan Hussein... Mas e Israel e seu genocídio permanente contra a Palestina? Arábia Saudita... alguém aqui acha que tem eleições por lá?
            Viva a Liberdade de Expressão!!! Viva, portanto, a Liberdade de Imprensa!!! “Je suis Charlie!”... Ninguém aqui (ali, acolá, na casa da caixa prego!) pensou em colocar em suas redes sociais “Je sui 147 Professores Assassinados no Kenya!”? (foto ao lado) Ou “Je suis Amarildo?”... Uma imprensa que até o reino mineral sabe mente, que sabota, em inverte, que omite fatos, falas, notícias? Será que 2013, a primeira semana de protestos na Paulista e o desmascaramento desta imprensa não foi suficiente??? Não foi...
            Nos Jornalões Brasileiros (mídia e impressa): “Brasil não atende metas da UNESCO para a Educação nos últimos 15 anos”... E greves de professores no PR, SP, PA (só para citar as que estou acompanhando) contra a precarização das condições de trabalho, escolas deterioradas, falta de segurança, não pagamento de piso, plano de carreira fragilizado... Agora??? Terceirização aprovada???? Terceirização do contrato de professores... Isso já acontece, maquiadamente, no Ensino Superior Privado... pesquisem a Anhanguera, em São Paulo.
            Nós... Essa semana, prestei bem atenção no site do UOL, que é onde está meu e-mail. Nele, tem um campo em destaque, que indica (e, portanto, sugere) as cinco notícias mais lidas... Hoje, duas eram sobre o BBB. Ontem (08 de abril) eram três. Três entre cinco notícias entre as mais lidas...
            Bom... Pessimista na análise, otimista na ação. Uma expressão que aprendi como sendo de Gramsci.
            Continuo acreditando nos Lutadores e Lutadoras do Povo! Aqui, nesta lona de circo, à bem da verdade, são mais do que eles mesmos sabem. Estamos sempre presentes em lugares e tempos de formação constante.
            E, no exercício presente e de esperança que sempre guiou este picadeiro, esta lona furada de circo, seguiremos contando a Esperança!
            Pois esse Congresso escroto e o que tem majoritariamente lá dentro. Essa mídia suja continue a navegar sem sentir uma mínima cócega de risco de regulação. Esses grupos reacionários que estão se organizando e se fortalecendo país afora. Esses saudosistas da Ditadura... Eles não passarão...
            Eles não passarão... e não venceram a Esperança dos Lutadores e Lutadoras do Povo!
            Por isso, dizemos!
            Venham Todos!
            Venham Todas!

            Vida Longa!

P.S.: pedimos desculpas da única imagem ser tão dura... Também o é para nós...