“A liberdade de eleições
permite que você escolha
o molho com o qual
será devorado.”
(Eduardo
Galeano)
Hoje, aqui pelas bandas de
Castanhal, pudemos participar de uma ação em defesa do Voto Limpo. Ação
interessante, em que as pessoas presentes estão cientes e conscientes daquilo
que defendem para o momento democrático brasileiro (ainda que burguês) que são
as eleições.
Porém, uma ação que, à bem da
verdade, não conseguiu mobilizar (de mobilizar mesmo) a população. Talvez
porque não tinha dinheiro envolvido, as pessoas iam por adesão. Até mesmo,
entre os candidatos locais, apenas um foi... O que nos dá a impressão de que os
demais não tem o compromisso com o Voto Limpo. Mas, se fossem, não significaria
muita coisa.
Estamos, agora, às vésperas de fato
das eleições municipais. Há perspectivas de segundo turno em muitas capitais...
–
Vai fundo, Rubenixson!!!! Manda ver!!!!
–
Calma, palhaços e malabaristas...
–
Calma nada! É pra valer!
–
ok... também estamos na expectativa aqui em Castanhal... Belém... Rio...
Bom...
há toda uma série de expectativas. Tem aquelas que sempre são muito arrepiantes
(no sentido da emoção mesmo) e que sempre nos levam a vitórias consagradoras
(algumas delas decepcionantes na sequencia, mas não vamos citá-las): Heloísa
Erundina em 1988, em São Paulo; Edmilson Rodrigues em 1996, em Belém; João Paulo
em 2000, em Recife.. vitórias que os jornais tupiniquins burguesas não anunciavam
(muito pelo contrário) e passava a noite pós-eleição quebrando a cabeça para a
manchete do dia seguinte que negava a manchete do dia anterior.
Mas,
nossa última reflexão antes das eleições é bem “brasileira”: Eleições e
Futebol!
É
interessante notarmos que os anos de Copa do Mundo foram (e serão) também os
anos de eleições para Presidente e Governadores (e seus respectivos
legislativos) e sempre esperamos a Copa acabar (ou acabar para o Brasil) para
voltarmos nossas atenções ás eleições. Claro, com o empurrãozinho da mídia
nativa.
O
que me espanta é que essa relação entre Eleições e Futebol, no Brasil (talvez
em outros países peladeiros, também) é a de torcida. Como se tivéssemos que
votar (ou torcer) para quem “tem chances de ganhar”. E transformamos as
eleições – em que pese a representação burguesa de democracia, que não é
profunda e verdadeiramente uma democracia – em um jogo de apostas e de números,
em que a vitória eleitoral é mais importante que a vitória política.
–
O Candidato é bom, aliás, é o melhor, mas não tem chance de ganhar, por isso
voto em Fulano...
É
incrível como escutei essa frase insistentemente (a frase, não eu escutando)
nestes últimos meses.
É
claro que quando escolhemos nosso candidato, com afinco, com alegria, indo nas
ruas defender o voto nele, ficamos na torcida. É evidente que isso acontece.
Choramos em 1989 quando Lula perdeu para o poderio midiático, latifundiário e
industrial/empresarial deste país... Assim como fui às ruas, com a bandeira do
PT (saudoso...) e do MST em 2000, botando p’ra fora “Trabalhadores no poder!”
quando vencemos as eleições em Recife, em 2000.
Esse
não é o problema...
O
problema é quando apostamos naquele que, aparentemente, é o mais forte.
Bom...
se é assim (que bom se não o fosse), lembremos: quantas vezes assististe o jogo
de seu time, na condição de franco favorito, e passaste a noite em claro,
porque perdeste?
Não
façamos isso... que possamos fazer desse próximo domingo a manifestação de maturidade
política que tanto perseguimos e que apostemos na vitória política quando
formos às urnas. E que ela possa ser uma vitória eleitoral...
O
Universal Circo Crítico sabe: isso vale para todos os lados da política, aos
olhos de muitos de nossos freqüentadores.
Mas,
nosso picadeiro, sempre deixou claro de que lado está, inclusive em processos
eleitorais: dos Lutadores e Lutadoras do Povo!
Venham
Todas!
Voto
Limpo e Vida Longa!
Marcelo
“Russo” Ferreira
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ResponderExcluirPrezada Lucy.
ResponderExcluirSeja sempre bem vinda ao nosso picadeiro.
Mas, é interessante sua visita, pois em nada pretendes, aparentemente, contribuir com as reflexões que postamos as vésperas da eleição.
Nosso espaço, em que pese esse apresentador ser ateu, é laico. Não há problema em visitar-nos, seja qual for a expressão religiosa de nossos artistas e público. Esperamos que em próximas visitas possas contribuir com nossas reflexões, ok?
Venham Todos!
Venham Todas!
Vida Longa